A legalização de um partido nazista no Brasil, defendida pelo podcaster Monark, reacendeu o debate sobre liberdade de expressão e manifestação do pensamento.
Monark foi demitido da plataforma onde trabalhava e sua atitude foi rechaçada nas redes sociais.
O episódio foi pedagógico e serve de alerta para eventuais posturas de comunicadores que ocupam espaços privilegiados no que se convencionou chamar “mídia”.
Sua atitude – a defesa da legalização de um partido nazista – ocorreu no contexto da onda conservadora fomentada pela ultradireita que já vem disseminando ódio e intolerância contra negros, mulheres, comunidade GLBTTQUIA+, ambientalistas, quilombolas e tantas outras formas de sociabilidade.
Se o ódio e a intolerância já estão disseminados, imagine isso fomentado por um partido?! Nazismo é um regime totalitário que matou 6 milhões de judeus. Estimular a legalização de uma legenda com essa natureza é uma fala no mínimo irresponsável.
A demissão de Monark foi uma atitude correta e vai servir de exemplo e referência para outros comunicadores sem formação profissional que se destacam nas redes digitais.
Ficam, portanto, as lições:
Liberdade não é autorização para difundir política de ódio, caluniar, difamar ou injuriar.
Liberdade só faz sentido com responsabilidade sobre o que falamos ou escrevemos nos meios de comunicação.
Comunicadores são educadores também e precisamos ter responsabilidade sobre o conteúdo.
Monark está em suspensão. Que o mau exemplo dele sirva de alerta para evitar outros equívocos.