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Disputa em São Paulo é teste para a unidade da esquerda em 2022

A definição da pré-candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) para o Governo de São Paulo animou mais o debate sobre a convergência dos partidos do campo democrático-popular nas eleições de 2022.

Boulos vem turbinado pelo desempenho na eleição de 2020, quando concorreu à prefeitura paulistana e chegou ao segundo turno com um desempenho surpreendente de 41% dos votos, embora tenha perdido para Bruno Covas (PSDB).

Naquele ano, o candidato do PSOL desbancou o petista Gilmar Tatto, que não chegou ao segundo turno.

Tradicional reduto do PSDB, o estado e a capital São Paulo servem de referência eleitoral nacional.

A rivalidade entre o PT e os tucanos foi subitamente abalada pelo desempenho de Boulos em 2020, dando ao PSOL as condições de sentar na mesa para dialogar sobre candidatura própria.

Em 2020, no entanto, Lula estava acuado pelas condenações da Lava Jato e ameaçado de inelegibilidade. Todos os fatos novos envolvendo a liberdade e a inocência do maior líder do PT a partir de 2021 serão postos nas negociações entre os partidos do campo democrático-popular.

O PT estuda lançar a candidatura de Fernando Haddad ao Governo do Estado e não fazer aliança com o PSOL no primeiro turno.

A tática pode ser interessante no sentido de pulverizar no início para somar depois, derrotando os tucanos de longo mando nos palácios de São Paulo.

O discurso da unidade das esquerdas para derrotar o inimigo maior – a extrema direita liderada por Jair Bolsonaro – terá um teste relevante após a confirmação da pré-candidatura do PSOL.

Imagem destacada / Lula declara apoio a Guilherme Boulos (PSOL) na campanha pela prefeitura de São Paulo em 2020. Foto: Ricardo Stuckert

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