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O sentimento humanitário de Lula

O primeiro discurso de Luís Inácio Lula da Silva (PT) após a decisão do ministro Edison Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulando os processos no âmbito da Lava Jato, tem várias singularidades.

Uma delas chamou atenção quando o ex-presidente disse não ter mágoas nem rancores diante de tudo que passou ao longo da trama lavajateira que resultou na sua condenação e encarceramento: a morte da sua esposa Marisa Letícia, a proibição de ir ao funeral do seu irmão mais velho (Genival Inácio da Silva, o Vavá), a perda do seu neto Arthur Lula da Silva, de 7 anos… entre outros dramas.

O raciocínio de Lula foi baseado na situação do país, no contexto da pandemia. Como ele poderia ter mágoas diante do sofrimento de tantas pessoas morrendo, em luto pela perda de parentes, amigos e pessoas próximas?

“O sofrimento do povo brasileiro é infinitamente maior do que eu passei na prisão”, comparou o petista.

Nessa analogia, Lula revela um profundo sentimento humanitário e cristão, no sentido de se colocar no lugar do outro, ao perceber a dor do irmão e da irmã muito mais necessitados de acolhida.

Essa é uma qualidade essencial de um líder emanado de coletivos progressistas, formado nas lutas por direitos, com profundo conhecimento da vida real do povo.

Lula falou não como candidato a presidente, mas como um militante de esquerda, incorporando o sentido pleno do conceito de companheiro.

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