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Mais armas, menos democracia

A série de quatro novos decretos do presidente Jair Bolsonaro, publicados recentemente, com o objetivo de facilitar o acesso a armas e munições, é mais um sinal de que o bolsonarismo radicaliza o discurso para o seu público fanático.

Entenda-se também o cumprimento de promessas de campanha, pautadas no discurso de que o “cidadão de bem” precisa se armar para defender a família, a honra e a propriedade privada.

Os novos decretos vão ampliar muito a circulação dos dispositivos letais nas mãos dos brasileiros.

O que isso quer dizer?

Não se trata apenas de coerência entre o discurso da campanha e medidas efetivas para cumprir suas promessas.

Jair Bolsonaro está inflando efetivamente o sentimento de ódio na população, especialmente no seu séquito insano, disposto a tudo para defender o “mito”.

Nas digitais dos decretos há o indicativo de que a disputa eleitoral de 2022 terá dois ingredientes.

Um deles já circula faz tempo: a falsa acusação sobre a segurança da urna eletrônica.

O outro é a vasta oferta de armas e munições.

Não nos espantemos se, derrotado em 2022, Jair Bolsonaro siga o mau exemplo de Donald Trump e insufle a sua ralé a invadir o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e outras instituições.

A falsa versão sobre a fraude na eleição já está pronta. Falta só apertar o gatilho na hora certa.

E os fanáticos, dispostos a tudo, se estiverem armados, podem ser ainda mais perigosos.

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