A disputa pelo controle da Famem (Federação dos Municípios do Maranhão) acentuou os sinais de um racha na base do governador Flávio Dino (PCdoB).
O senador Weverton Rocha (PDT) saiu vitorioso com a reeleição do seu candidato, Erlânio Xavier (PDT), prefeito de Igarapé Grande.
Laureado também está o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), que, apesar de ser filiado à legenda do governador, apoiou Erlânio Xavier.
A outra candidatura, derrotada, tinha o prefeito de Caxias Fabio Gentil na cabeça, alinhado ao vice-governador Carlos Brandão, ambos do Republicanos, vinculados ao Palácio dos Leões.
É fato concreto que a vitória de Weverton Rocha põe querosene na fogueira da candidatura dele ao Governo do Maranhão, liderando uma frente descolada do governador Flávio Dino, até agora.
Por óbvio, as duas candidaturas na Famem cultivaram torcidas organizadas em torno dos seus preferidos.
No mais, prefeito é prefeito. 99% querem apoio do governador ou governadora de plantão. Os eleitores da Famem hoje abraçam Erlânio & Weverton, mas amanhã, dependendo de quem tiver a chave do cofre do Palácio dos Leões, mudam de lado.
Os números da eleição apontam um resultado apertado. Xavier ganhou com 112 votos contra 96 de Gentil. Uma diferença de apenas 16 sufrágios no universo de 214 prefeitos votantes.
Sobre o vai e vem dos prefeitos, vale lembrar o governo Jackson Lago (PDT), um municipalista assumido, defensor da descentralização administrativa. Logo ele, quando estava perto de ser golpeado, já era abandonado pelos prefeitos que abraçavam Roseana Sarney.
É óbvio que a eleição na Famem reflete grande importância eleitoral. É a prévia da eleição de 2022. Serve para animar a tropa e sinaliza um racha na base do governador.
Mas é cedo para tanta torcida. Quase todos os prefeitos querem convênios com qualquer governador(a), independente da coloração partidária ou opção política.
Na Famem, com pouquíssimas exceções, todos os gatos são pardos.
Imagem destacada / divulgação / senador Weverton Rocha ganhou a Famem contra o vice Carlos Brandão e o governador Flávio Dino
Uma resposta em “Na Famem (quase) todos os gatos são pardos”
E os gastos são opacos.