A rotina de diferentes profissionais foi alterada durante a pandemia de Covid-19 e boa parte das informações sobre a doença foram apresentadas aos brasileiros por meio da imprensa. Enquanto a expressão #fiqueemcasa foi difundida à exaustão, profissionais de comunicação estavam nas redações ou saíam às ruas em busca de fatos que pudessem ser transformados em notícia. Porém, pouco se sabe sobre a percepção dos próprios jornalistas sobre seu trabalho durante a pandemia.
Pensando nisso, a Fiocruz Brasília, por meio de sua Assessoria de Comunicação, inicia este mês uma pesquisa sobre as percepções de jornalistas brasileiros, com o objetivo de compreender os desafios e possibilidades do jornalismo nacional durante a emergência sanitária e identificar como a doença alterou o cotidiano desses profissionais.
Para participar do levantamento, o profissional deve ter feito pelo menos uma cobertura jornalística sobre a Covid-19, seja em veículos de mídia ou em assessorias de comunicação, e ser maior de 18 anos.
A pesquisa está organizada em duas fases. Inicialmente, os dados serão coletados por meio de um formulário online, com questões que abordam o perfil do jornalista, sua saúde e sua rotina profissional durante a pandemia. As perguntas, em sua maioria, são objetivas: o preenchimento do questionário leva cerca de 15 minutos.
A segunda fase da pesquisa consiste em entrevistas online para que seja possível compreender mais profundamente as dinâmicas de produção das notícias no período, o relacionamento com as fontes jornalísticas, e a forma como os fatos objetivos sobre a pandemia se configuraram em notícias, além dos desdobramentos da emergência sanitária no dia a dia e na saúde do jornalista.
O preenchimento do questionário on-line não obriga à participação na segunda fase da pesquisa, que será realizada somente com os profissionais que manifestarem interesse e disponibilidade para as entrevistas on-line.
A expectativa é que os resultados forneçam um panorama sobre o processo de trabalho dos jornalistas brasileiros que atuaram ou ainda atuam com o tema da Covid-19 durante a pandemia. Esses resultados podem também subsidiar estratégias institucionais voltadas à promoção da saúde desses profissionais, bem como favorecer estratégias inovadoras para a cobertura jornalística em outras situações de emergência sanitária, sem comprometer a saúde dos jornalistas.
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Fiocruz Brasília e está registrada sob o número 36016720.1.0000.8027. O pré-teste dos instrumentos para coleta de dados foi realizado em setembro.
Para ter acesso ao questionário on-line da pesquisa O risco de quem comunica o risco: percepções de jornalistas brasileiros durante a pandemia de Covid-19, acesse o link :
Fonte: Fiocruz Brasília (por Mariella de Oliveira-Costa)