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Amapá: migrações, depredação da Amazônia e o rádio ligando as pessoas

Texto e imagens: Ed Wilson Araújo

O apagão no Amapá revela as contradições do modelo de desenvolvimento predatório na Amazônia. Com tanta água, sol e outros recursos naturais abundantes, falta logo energia?!

Essa região do Brasil vem sendo depredada pela busca insana de lucro dos “investidores” interessados unicamente na expropriação das riquezas, desprezando os modos de vida e a sobrevivência de brasileiros muito especiais.

Em 2010 viajei de barco no trecho Belém – Macapá. Foram 27 horas navegando pelos rios a Amazônia. Nessa aventura fiz uma reportagem sobre a migração de maranhenses para a Amazônia. Leia aqui

Barco navega 27 horas num mar de água doce
Chegada ao porto de Santana, no Amapá

Muitos desses migrantes são “rodados” nas fazendas do Maranhão e do Pará, trabalhando no roço da juquira e em tantas outras atividades, algumas em condições análogas à escravidão.

Nas embarcações que diariamente cruzam as águas amazônicas há muitas histórias, a exemplo dos irmãos personagens dessa reportagem que se conectaram depois de 20 anos desgarrados.

Francisco, a sobrinha e Miriam:
cartas e o rádio reconectaram a família

Ao longo da viagem muitas cenas da exploração de recursos naturais podem ser observadas, como a extração e transporte de madeira e a atuação de empresas de capital transnacional operando no território amazônico.

Nas águas dos rios amazônicos é possível observar
como a economia se movimenta nos lugares remotos

Em meio a tanta água e riqueza, a história de muitas famílias revela o Brasil profundo, marcado pela violência contra o meio ambiente, condições de trabalho degradantes e a interferência direta do capital internacional na soberania do nosso país.

Na próxima reportagem sobre a minha viagem ao Amapá vou escrever sobre as belezas da capital Macapá, localizada na beira do rio Amazonas.

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