Prepare o confete e a serpentina. Vista a sua fantasia! O primeiro “grito de carnaval” do Bloco da Imprensa “TipiCamente: para não esquecer do que é nosso”, neste sábado (20/01), a partir das 18h.
O evento acontece no Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Maranhão (Ceprama), na Madre Deus, no Centro Histórico de São Luís.
A programação em homenagem ao Reinado de Momo inicia às 18h com o Samba Tamarineira, seguida das apresentações do Bloco Tradicional Vinagreira Show, às 19h; Confraria do Copo, às 20h; Bateria “Fabulosa” da Escola de Samba Flor do Samba, às 21h; Vagabundos du Jegue, às 22h, e, encerramento a programação, às 23h, show de Gabriel Melônio, além da participação especial do Blocão do Fofão, uma das marcas mais emblemáticas do Carnaval maranhense.
Este ano, seguindo o propósito de resgatar tradições culturais do Carnaval do Maranhão e homenagear personalidades maranhenses por sua luta pela cultura, o Bloco da Imprensa terá três grandes concentrações no Ceprama. Todos os eventos a partir das 18h.
Com uma programação diversificada e com os sons e batidas tipicamente maranhenses, a folia vai rolar nos dias 20 e 27 de janeiro e no dia 3 de fevereiro.
Neste ano, serão homenageados artistas e profissionais da comunicação como Nelson Brito, Joãozinho Ribeiro, Helena Leite, Juarez Souza, Zezé Arruda, Herberth de Jesus Santos, César Teixeira, Guto Bogéa, Américo Azevedo, Gil Maranhão e Antônio Nelson Faria.
“Estamos homenageando jornalistas, pessoas que lutaram e defenderam as nossas tradições, a nossa cultura. É essencial celebrar essa luta pela manutenção das nossas raízes”, disse Célio Sérgio, um dos organizadores do bloco.
As criações das logomarcas do Bloco da Imprensa são do design e poeta Caoca Cruz. A criação e inspiração do tema são do designer Célio Sérgio.
São mais de duas décadas de tradição no pré-carnaval da capital maranhense. O bloco tem apoio do governo do Maranhão, por intermédio da Secretaria de Cultura. A entrada é gratuita.
Programação
Dia 20/01/2024: 18:00 – Grupo de Samba Tamarineira 19:00h – Bloco Tradicional os Indomáveis 20:00h – Banda Confraria do Copo 21:00h – Bateria da Flor do Samba 22:00h – Banda Vagabundos do Jegue 23:00h – Show de Gabriel Melonio
Dia 27/01/2024: 18:00h – Grupo Samba Ceuma 19:00h – Bloco Tradicional Príncipe de Roma 20:00h – Banda Makina do Tempo 21:00h – Bateria da Império Serrano 22:00h – Banda Amigos do Samba 23:00h – Jegue Folia
03/02/2024: 18:00h – Show de Samba de Nivaldo 19:00h – Bloco Tradicional Os Brasinhas 20:00h – MaraBloco 21:00h – Favela do Samba 22:00h – Grupo de Samba TodiMais 23:00h – Mararitimos
Sinalização turística transforma paisagem nos municípios integrantes da Rota das Emoções. Segunda fase de instalação vai contemplar Araioses e Tutóia
Em uma iniciativa que promete adicionar ainda mais charme à Rota das Emoções, os primeiros letreiros turísticos indicativos das cidades que integram o circuito, foram instalados e entregues, no último dia 11, nos municípios que compõem esse cenário paradisíaco. Santo Amaro do Maranhão, Barreirinhas e Paulino Neves foram os primeiros a receber as estruturas, que prometem, não apenas atrair olhares, mas também eternizar momentos por meio de fotografias e, ainda, conquistar os corações dos visitantes que passam por esses destinos.
Os letreiros, com aproximadamente cinco metros de largura por três metros de altura, foram estrategicamente instalados em locais de ampla movimentação turística, marcando a chegada dos visitantes e proporcionando uma transformação positiva na estética urbana das cidades, beneficiando a comunidade local. Essas imponentes estruturas não apenas se tornam pontos de destaque, mas também promovem uma revitalização urbanística, contribuindo para elevar a autoestima da população local.
Essa é mais uma ação do Sebrae em parceria com os municípios e a Instância de Governança da Rota Delta e Lençóis (IGR) para a valorização da Rota. “É uma importante ação de parceria e esse processo foi pensado para o fortalecimento da Rota das Emoções, gerando locais instagramáveis e que, principalmente, facilitem o acesso dos turistas e permitam que as comunidades se sintam pertencentes desse projeto”, afirmou o presidente do IGR, Patrick Araújo.
Em relação à iniciativa, Mauro Borralho, diretor Técnico do Sebrae, destaca a importância como elemento catalisador do turismo, “trata-se de uma ação do projeto Rota das Emoções e seus Novos Desafios, executado em 2023 pelas unidades do Sebrae no Maranhão, Piauí e Ceará e parceiros. Muito além de elementos visuais, que foram trabalhados para serem usados de forma integrada com a paisagem natural, a sinalização representa um esforço de orientação ao turista que circula pela Rota e um convite para explorar e vivenciar a riqueza cultural e natural do território, que é detentor de belezas e atrativos únicos”, pontua o diretor.
A secretária Municipal de Turismo e Desenvolvimento Social de Barreirinhas, Mari Lençóis, também compartilha dessa visão sobre o impacto dos letreiros na região: “Além de serem marcos turísticos, os letreiros contribuem para a renovação estética das cidades, atraindo ainda mais a atenção de visitantes e fortalecendo a identidade turística da Rota das Emoções,” destacou ela.
Já o prefeito municipal de Santo Amaro, Leandro Moura, ressaltou a importância do letreiro para o município. “Significa muito para nós santo-amarenses, pois sela e afirma que nosso município está na Rota. A parceria com o Sebrae é muito forte em nosso município e vamos continuar juntos e firmes”, comemorou.
A iniciativa de produção dos letreiros é do Sebrae Maranhão, atendendo a sugestões vindas do empresariado de cada uma das localidades beneficiadas. A expectativa é que a segunda etapa das entregas, abrangendo os municípios de Tutóia e Araioses, aconteça na primeira quinzena de fevereiro. A entrega dos letreiros se soma a outras iniciativas recentes do Sebrae na Rota das Emoções, como a consolidação do ‘Pacto para uma Rota Mais Segura’ no estado do Maranhão, reforçando o compromisso com o desenvolvimento sustentável e a promoção do turismo seguro na região.
Imagem destacada / Em Santo Amaro, estiveram na entrega o prefeito Leandro Moura, secretários municipais, vereadores, representantes do Conselho Municipal de Turismo e da Instância de Governança Lençóis e Delta.
Na quinta matéria sobre mercado de trabalho formal dos jornalistas no Brasil, os números mostram participação do Setor Público, notadamente o Municipal, como empregador da categoria
A maior parte dos 47,9 mil jornalistas brasileiros empregados com carteira assinada em 2021 estava alocada em estabelecimentos/empresas no Setor Privado (62,5%), embora parcela significativa estivesse exercendo suas atividades no Setor Público (23,1%), com maior concentração no Serviço Público Municipal (15,9%). Também merece destaque as Entidades Sem Fins Lucrativos (11,6%).
Os dados são da pesquisa inédita realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a pedido da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Para o primeiro secretário da Fenaj e presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia, Moacy Neves, a significativa participação do setor público municipal como empregador da categoria é resultado do trabalho dos sindicatos em busca de regularizar contratações de terceirizados por parte de Prefeituras e Câmaras Municipais. “Aqui mesmo em nosso estado, temos visitado e oficiado as câmaras municipais e as prefeituras do interior para que garantam melhores condições de contratação de jornalistas em vagas terceirizadas”, comenta.
Em 2021, os trabalhadores do Jornalismo contratados formalmente estavam distribuídos nos seguintes setores, segundo agrupamentos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAEs): 25,2% em Rádio e TV; 19,1% na Administração Pública; 10,3% em Jornais e Revistas; 3,8% em Edição de Livros; 3,4% em Tratamento de Dados, Hospedagem na Internet (Provedores e Portais) e outros serviços na Internet; 3,3% no Ensino Superior (graduação e pós); 2,0% em Produção Cinematográfica, de Vídeos e para Programas de Televisão Independentes; 1,8% em Agências de Publicidade; 1,7% em Associações de defesa de direitos sociais; 1,3% em Desenvolvimento e Licenciamento de Programas de Computador; e 28,0% em outras atividades econômicas diversas.
Concurso público e carreira específica são ideais
A presidenta da Fenaj, Samira de Castro, lembra que a Campanha Salarial Nacional Unificada 2024 tem, entre os seus princípios, a defesa de concurso público para a contratação de jornalistas pelos entes das administrações públicas em todas as esferas. “Sabemos que muitos colegas são terceirizados fora da nomenclatura da função para burlar direitos”, comenta, acrescentando que a situação é comum na contratação de Assessor de Imprensa como Analista de Comunicação.
“Precisamos instituir a carreira de Jornalista no serviço público, levando em conta o respeito à carga horária de 5 horas diárias de trabalho, que é um dos direitos mais aviltados”, completa a dirigente sindical.
O secretário de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral da Fenaj e presidente do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce), Rafael Mesquita, acrescenta que o objetivo da carreira é garantir uma política de remuneração adequada e de evolução salarial permanente para jornalistas servidores públicos de órgãos municipais, estaduais e federais. “Tal política deve ser estruturada fundamentalmente pela realização de concursos para as várias funções de jornalista no serviço público, seja para veículos públicos de comunicação vinculados às três esferas ou para estatais e autarquias”.
O dirigente sindical diz ser fundamental a garantia de instalação de mesas de negociação permanente com a participação dos Sindicatos de Jornalistas e da Fenaj, nas respectivas unidades federativas e cidades brasileiras. “Enfatizamos, ainda, a necessidade de inibir práticas fraudulentas em concursos, como a utilização inadequada de nomenclaturas, a exemplo de analista de comunicação”, completa Mesquita.
Para Gleisi Hoffman (foto), “concentração de renda ultrapassou o insuportável”. Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), de 2017 a 2022 a renda do 0,01% mais rico da população cresceu três vezes mais que a dos 95% mais pobres. “A reforma tributária precisa avançar sobre essa distorção”, advertiu a líder petista.
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu, nesta quarta-feira (17), que a reforma tributária em curso no Brasil acabe com uma injustiça histórica: o não pagamento de impostos por super-ricos graças à isenção sobre a distribuição dos lucros e dividendos de suas empresas.
“A reforma tributária precisa avançar urgentemente sobre essa distorção, que praticamente só existe no Brasil. E também para tirar dos trabalhadores e dos mais pobres o peso maior dos impostos”, defendeu Gleisi, em postagem na rede social X.
“A redução da desigualdade é um compromisso do PT, e o Brasil estava nesse caminho quando veio o golpe, com sua política econômica neoliberal, aprofundada criminosamente por Paulo Guedes e Bolsonaro”, completou.
Gleisi amparou sua análise em estudo do economista Sergio Gobetti divulgado pela FGV (Fundação Getulio Vargas). A pesquisa (leia mais sobre ela aqui) mostra que, entre 2017 e 2022, nos governos Temer e Bolsonaro, a renda das 15 mil pessoas mais ricas do país cresceu até o triplo do restante da população.
Enquanto esse 0,01% da população teve crescimento médio da renda de 96% (quase dobrando seus ganhos), os 95% mais pobres não avançaram mais do que 33% (pouco acima da inflação do período, que foi de 31%). E na raiz dessa distorção, aponta o estudo, está justamente a isenção de impostos para os ricos.
“A concentração de renda no Brasil, que sempre foi indecente, ultrapassou o insuportável nos governos do golpe e de Bolsonaro. Não há sociedade que se sustente com tamanha disparidade. Não há como falar em justiça e democracia quando a elite se apropria da riqueza do país com voracidade descarada”, afirmou a presidenta do PT.
Leia a seguir a íntegra da postagem de Gleisi Hoffmann:
“A concentração de renda no Brasil, que sempre foi indecente, ultrapassou o insuportável nos governos do golpe e de Bolsonaro. 15 mil pessoas, 0,01% da população, tiveram a renda dobrada entre 2017 e 2022, segundo estudo do economista Sergio Gobetti divulgado pela FGV. Isso é 3 vezes mais que a recomposição da renda de 95% da população, praticamente a inflação do período. Não há sociedade que se sustente com tamanha disparidade. Não há como falar em justiça e democracia quando a elite se apropria da riqueza do país com voracidade descarada. O estudo aponta que na raiz da injustiça está um sistema tributário que isenta os super ricos de impostos sobre a distribuição dos lucros e dividendos de suas empresas. A reforma tributária precisa avançar urgentemente sobre essa distorção, que praticamente só existe no Brasil. E também para tirar dos trabalhadores e dos mais pobres o peso maior dos impostos. A redução da desigualdade é um compromisso do PT e o Brasil estava nesse caminho quando veio o golpe, com sua política econômica neoliberal, aprofundada criminosamente por Paulo Guedes e Bolsonaro.”
Imagem: Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, durante a assinatura de sanção do PL 7/2023, no Palácio do Planalto. Brasília – DF. Foto: Ricardo Stuckert/PR
A sanção do Projeto de Lei 7/2023 (Lei 14.812/24) pelo presidente Lula, nesta segunda-feira (15/1), é mais um ponto no placar da concentração da mídia no Brasil. A lei ampliou os limites de concessões de rádio e TV por grupo econômico ou empresa de seis para 20, no caso das rádios, independente da modalidade de frequência (ondas médias, curtas ou tropicais), e de dez para 20 no caso das emissoras de TV.
O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação atuou intensamente com campanha nas redes sociais e junto ao governo pelo veto presidencial, tentando alertar o governo sobre a contrariedade do texto à Constituição Federal, que estabelece em seu Art. 220 que “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”.
O presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço Brasil), Geremias dos Santos, faz duras críticas à sanção da lei. Representante do FNDC no Conselho de Participação Social do governo Federal, ele relata que o órgão havia recomendado ao presidente Lula que vetasse a matéria. “Infelizmente, o presidente não atendeu a essa que foi também a primeira recomendação do Conselho e preferiu ficar com os coronéis da mídia”.
O TEXTO DESSA LEI TRAMITOU EM CARÁTER DE URGÊNCIA E EM TEMPO RECORDE NO CONGRESSO NACIONAL, SEM NENHUM DIÁLOGO COM A SOCIEDADE, E O RESULTADO SERÁ UM SISTEMA DE MÍDIA AINDA MAIS CONCENTRADO E VERTICALIZADO. O BRASIL DEVE CAMINHAR PARA COIBIR A CONCENTRAÇÃO NAS COMUNICAÇÕES E NÃO A FAVORECER”.
Geremias enfatiza que a lei, articulada pela Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert) e a bancada evangélica, com apoio da imensa maioria dos deputados e senadores, potencializa “um futuro golpe” na democracia brasileira. Santos, que é secretário de Políticas do FNDC, lembra que projetos importantes de alteração da lei de rádios comunitárias (são mais de 30 projetos) dormitam na comissão de comunicação da Câmara dos Deputados nas mãos da bancada evangélica e da Abert.
“Para se ter uma ideia da vergonhosa situação, o primeiro projeto de alteração da lei de rádios comunitárias foi protocolado no dia 4 de dezembro de 1998 pelo deputado de direita Arnaldo de Sá, que era um fervoroso defensor das rádios comunitárias. Pois bem, esse deputado já faleceu e esse projeto nunca foi apreciado e apresentado um relatório na antiga Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, hoje apenas Comissão de Comunicação.
Admirson Junior (Greg), coordenador-geral do FNDC, também critica a sanção da lei. Ele lembra que o FNDC tem uma luta histórica contra a concentração no setor das comunicações e, por isso, a entidade lamenta profundamente que o governo não tenha atendido aos apelos da sociedade civil organizada. “O texto dessa lei tramitou em caráter de urgência e em tempo recorde no Congresso Nacional, sem nenhum diálogo com a sociedade, e o resultado será um sistema de mídia ainda mais concentrado e verticalizado. O Brasil deve caminhar para coibir a concentração nas comunicações e não a favorecer”.
A Coordenação Executiva reafirma a disposição e empenho da entidade para a continuidade da luta pela democracia nas comunicações.
O Sesc Maranhão lançou seletivo para contratação de professor da Educação Infantil para a Unidade Sesc Sesc Deodoro, em São Luís. Os interessados em concorrer às vagas deverão enviar ficha de inscrição (disponível em www.sescma.com.br/seletivos), currículo atualizado (de acordo com o modelo) e comprovante de entrega de 1Kg de alimento não perecível, que será destinado ao Programa Mesa Brasil Sesc, para o e-mail selecao@ma.sesc.com.br nos dias 22 e 23 de janeiro.
O alimento, de preferência arroz, deve ser entregue na Unidade Sesc Administração, localizada no Condomínio Fecomércio/Sesc/Senac, na Avenida dos Holandeses, das 08h às 17h, no período da inscrição. Ao doar, o candidato receberá um comprovante que deve ser enviado no anexo do e-mail selecao@ma.sesc.com.br, com os demais documentos listados no edital.
Para concorrer à vaga de professor de Educação Básica é necessário ter formação completa em Pedagogia e experiência mínima de 06 (seis) meses em sala de aula com Educação Infantil. Conhecimento e/ou experiência nas áreas de música, artes, inclusão e tecnologia são um diferencial. Com carga horária de 40 horas semanais e remuneração de R$ 4.957,89, o futuro funcionário receberá os seguintes benefícios: vale transporte, refeição subsidiada, auxílio alimentação e seguro de vida em grupo.
O processo seletivo se dará por análise curricular, prova de conhecimentos, prova prática com avaliação de plano de aula e entrevista. A prova de conhecimentos será aplicada no dia 4 de fevereiro, das 09h às 12h, em local a ser divulgado no site institucional, enquanto o resultado está previsto para o dia 5 de fevereiro, às 16h. A prova prática, onde o candidato(a) apresentará o tema trabalhado no plano de aula, acontecerá de 7 a 9 de fevereiro em data, local e horário de realização a serem divulgados no site institucional.
O Maranhão tem atualmente uma Lei que facilita a usurpação de terras públicas. Ela é fruto de um projeto do deputado estadual Eric Costa (PSD-MA) e foi criada em 19 de dezembro de 2023.
A iniciativa facilita o roubo de terras, isto é, enseja uma apropriação indevida. A lei favorece a grilagem. E todos nós sabemos que grilagem é crime.
A Lei é um combo de violências. De imediato, ela prejudica diretamente inúmeras comunidades, agricultores familiares, quilombolas, povos tradicionais. Existem posseiros que utilizam terras públicas para viver e trabalhar.
E além de direitos forjados e invasão de territórios, o assunto está diretamente relacionado à miséria social, fome, assassinatos, êxodo rural, desastre ambiental, aquecimento global e racismo.
Sim, o racismo está presente neste processo legislativo. É o povo negro que está sendo prioritariamente atacado. E este tipo de descriminação é outra atitude criminosa!
E a questão vai muito além do Maranhão! A Lei escancara a possibilidade de devastação de áreas verdes que precisam ser preservadas. A iniciativa favorece o aquecimento global, indo na contramão de qualquer interesse civilizatório.
Sangue no Cerrado
O Maranhão é hoje o estado brasileiro onde existe mais violência contra comunidades camponesas. A informação vem de pastorais da Igreja Católica. A lista de lideranças assassinadas recentemente é indignante. E as milícias rurais estão em plena atividade.
Esta Lei de Terras – que qualquer estudante de Direito observa que é inconstitucional – faz parte de uma guerra que está em curso no Maranhão, provocando sucessivos massacres.
Os invasores querem as terras do Cerrado. Estamos falando de um setor da sociedade brasileira que inclui a extrema direita, gente já bastante conhecida por seus métodos.
No ano de 2023, o Maranhão foi o Estado brasileiro com maior devastação do Cerrado. A informação é do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A nova Lei beneficia exatamente esse tipo de gangster que liquida o meio ambiente, incluindo empresas e fazendeiros envolvidos nas execuções de lideranças populares.
Brasília e sociedade civil
Às vésperas do Natal de 2023, o projeto “de Eric Costa” foi aprovado por ruralistas que dominam a Assembleia Legislativa do Maranhão, em regime de urgência! E, logo em seguida, foi sancionado por Carlos Brandão (PSB), o atual governador do Estado.
A deputada Iracema Vale (PSB), a presidenta da Assembleia, foi uma espécie de madrinha da Lei. Ela colocou o projeto em votação, dando aval para a ação dos extremistas.
A repercussão de tudo isso está sendo péssima, inclusive em Brasília.
Logo após a Lei ser sancionada, foi publicada ainda em dezembro uma nota do Governo Federal, vinda do Ministério de Desenvolvimento Agrário.
A referida nota, feita na Capital Federal, diz que a Lei dos grileiros no Maranhão “não se compatibiliza com as diretrizes da Constituição Federal”.
A mesma nota afirma que a iniciativa tem o potencial de “fomentar uma verdadeira corrida pela grilagem de terras, inclusive mediante o uso da violência”.
Antes disso, no Maranhão, uma nota pública assinada por 257 organizações sociais solicitou ao governador Carlos Brandão que ele vetasse a Lei absurda…
Revoga já!
A mobilização das organizações sociais vem aumentando, desde dezembro. Sucessivas reuniões vêm ocorrendo.
Diante do escândalo, o PCdoB entrou imediatamente com uma ação na Justiça maranhense, tratando da inconstitucionalidade, ainda em dezembro. E o partido faz parte do governo Brandão.
Na sexta-feira, dia 12 de janeiro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) também entrou com outra Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), no Supremo Tribunal Federal (STF).
Além da judicialização, as reações sociais e políticas serão ainda maiores.
A Lei é inaceitável. Legislar para que terras públicas sejam entregues para notórios delinquentes é intolerável. Estamos diante de um descaramento. É inadmissível, sob todos os aspectos.
A violência em forma de homicídios, degradação da natureza, flagelo, junto a grilagem, cria uma situação hedionda, com contornos de crise humanitária.
A revogação desta Lei criada no Maranhão é uma prioridade política. É complicado falar em democracia no Brasil, entregando o Maranhão ao matadouro.
Nosso estado já padeceu com este mesmo drama, logo após o AI-5, a partir de 1969, no governo de José Sarney. Na ocasião, uma onda de desgraças também partiu de uma Lei estadual de terras…
Agora, a Lei recente é uma nova tentativa de formalização da barbárie, com absoluta falta de pudor e bom senso.
Estamos em 2024. E falar de democracia no século XXI tem alguns pressupostos.
Como o Brasil vai receber a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em 2025, na vizinha Belém do Pará? Como falar em vida na Amazônia, com o Maranhão sendo premeditadamente arruinado, arquejando num Pelourinho?
A revogação da nova Lei da Grilagem no Maranhão é uma exigência ética e moral.
O IFMA inaugurou, no Campus Barreirinhas, nesta semana, o Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual Karla Mascarenhas Watkins (NUGEDS KAMAWA).
Jornalista e produtora cultural, Karla Mascarenhas incentivou a luta em defesa dos direitos das mulheres e de grupos LGBTQIA+, dentro e fora do Maranhão. Faleceu em setembro passado, aos 47 anos.
Vários grupos que defendem os diretos das mulheres e de grupos LGBTQIA+ e que Karla Mascarenhas incentivou estão apoiando a iniciativa, entre os quais Baque Mulher, Safeira e Leia Mulheres.
O apoio vem, também, da iniciativa de empreendedorismo social OCA Maranhão, sua principal fonte de atuação e inspiração, da qual era uma das coordenadoras. A OCA é um laboratório de marketing social que utiliza diversas linguagens de comunicação e arte para ajudar a promover o rico patrimônio biocultural do Maranhão, estimulando o empreendedorismo social e ambiental entre mulheres e jovens.
Neste 11 de janeiro celebra-se o aniversário do cantor e compositor Geraldo Azevedo, nascido em 1945, em Petrolina, nas beiradas do rio São Francisco.
Entre tantas canções do artista, vale esta em homenagem a São Luís:
TERRA À VISTA
San San San São Luís do Mará Mar mar mar Mata virgem Té té té Terra à vista Ilha bela bela Margarida vida O aroma tua cara Tua pele tua brisa Tropicana linda Flor do babaçu Tua dança tua saia Boi de fita seda azul Tropicana linda Flor do babaçu Tua dança tua saia Boi de fita céu azul
Mas tropicana linda Flor do babaçu Tua dança, tua saia Boi de fita, céu azul
Sã Sã Sã São Luís do Mará Sã Sã Sã São Luís do Mará Sã Sã Sã São Luís do Mará Sã Sã Sã São Luís do Mará Mar mar mar Mata virgem Té té té Terra à vista
Ana Caroline Sousa Campêlo, de apenas 21 anos, foi assassinada em 10 de dezembro de 2023, no município maranhense de Maranhãozinho.
Há suspeita de crime de ódio, por ela ser uma mulher lésbica. De acordo com a Polícia Militar do Maranhão (PM-MA), Ana Caroline foi sequestrada quando saía do trabalho. Seu corpo foi encontrado com sinais de tortura e mutilações brutais que chocaram o Brasil.
Para falar sobre esse assunto, o Jornal Tambor de quarta-feira (10/01) entrevistou Dayana Gusmão.
Ela é fundadora da Coletiva Resistência Lésbica da Maré, no Rio de Janeiro; integra o Ocupa Sapatão e a Coordenação da Casa Resistências no Complexo da Maré, na mesma cidade.
(Confira no vídeo, ao final desse postagem, a entrevista completa de Dayana Gusmão)
Um mês após a este crime perverso o caso permanece impune e sem respostas. A família da jovem e movimentos LGBTQIAPN+ de todo o Brasil pedem a resolução do caso e ações efetivas do Estado no combate a toda forma de violência contra a população LGBT+.
O caso gerou indignação, mobilizações e twittaço (na rede social Twitter) com a hashtag #justiçaporcarolna quarta-feira (10/01), pedindo justiça por Ana Caroline e contra o lesbocídio e a lesbofobia.
Em São Luís, o ato aconteceu em frente ao Palácio dos Leões e mobilizou representantes de movimentos sociais e sociedade civil.
Segundo a fundadora da Coletiva Resistência Lésbica da Maré, o Brasil é reconhecido mundialmente como um dos lugares mais inseguros do mundo para uma pessoa LGBTQIA+ viver. Para ela esse crime é reflexo de uma sociedade patriarcal, racista, misógina e lesbofóbica.
“A lesbofobia é estrutural. Negar que existe esse problema faz com que a gente não discuta ele e consequentemente promovermos um apagamento maior”, frisou Gusmão.
Ela destacou ainda que o apagamento é a principal ferramenta para que os crimes contra os corpos de mulheres lésbicas fiquem impunes.
Para Dayana, casos como o de Ana Caroline também permanecem impunes pela falta de leis no Brasil para tipificar como crime a lesbofobia. Isso dificulta a criação de ações ou políticas públicas voltadas para essas pessoas.
A militante afirmou que o caso também está sendo denunciado na Organização Nacional da Saúde (ONU); no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania; Ministério da Justiça e Segurança Pública para cobrar das autoridades respostas sobre o crime.
Como denunciar
Os canais para realizar denúncias de crimes contra a população LGBT+ são os plantões centrais da Polícia Militar, a Ouvidoria de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Juventude e o Disque 100. Além da Delegacia de Crimes de Intolerância.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor com a entrevista completa de Dayana Gusmão)