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De mulher pra mulher…

Rejane Galeno

Outro dia, nesta rede, falei sobre a representatividade feminina do parlamento maranhense e as mulheres negras. Foi justamente me referindo a esta foto.

Agora quero trazer essa imagem novamente para reflexão.

Estive na manifestação das professoras e professores do Estado, em frente a Assembleia Legislativa, na manhã de hoje(28). Encontramos o portão fechado e as professoras e professores foram impedidos de adentrar naquele lugar, que dizem ser a “casa do povo”.

Justamente um dia depois que uma mulher, professora, foi assassinada numa sala de aula (em São Paulo), a Assembleia Legislativa do Maranhão fecha as portas na cara das educadoras e educadores.

A primeira deputada a presidir a Assembleia Legislativa diz lutar “pelo direito das mulheres”. A mesma deputada não acolhe centenas de mulheres, professoras, mães de família, que estão em busca de melhores condições de vida e dignidade. 

Fomos extremamente desrespeitadas!

Nenhuma parlamentar esteve junto com o movimento grevista, para expressar apoio ou solidariedade. Muitas, na verdade, nem sabem o significado dessas palavras e muito menos compreendem qual o seu papel ali. 

O machismo, o patriarcado, deram a elas esses mandatos. E quem tem o privilégio de ser uma parlamentar no Maranhão não sabe o que é lutar para conseguir pagar os boletos e ainda colocar o de comer dentro de casa. 

Nós mulheres professoras somos a maioria na categoria. E como todo mundo sabe, temos jornadas quadriplicadas de trabalho. E nós sim, somos exemplo de força, coragem e luta. Vocês, de fato, não nos representam! E tem outra coisa. Sempre achei algumas de vocês bregas e de profundo mau gosto. Agora tenho a certeza que todas são mal educadas. Muito mal educadas politicamente.

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