O rádio ficou triste hoje (20 de fevereiro) com o falecimento do jornalista e radialista Silvan Alves.
Eu já o conhecia desde adolescente pela minha condição de ouvinte, mesmo sem nunca tê-lo encontrado pessoalmente. O rádio tem essa virtude: conecta as pessoas que não se vêem.
Mas, o tempo e o meu engajamento profissional proporcionaram alguns contatos pontuais com Silvan Alves, até que chegou o momento de entrevistá-lo para a minha pesquisa de doutorado realizado na PUC do Rio Grande do Sul.
Investiguei a produção e a recepção dos programas jornalísticos no rádio AM. Na seleção dos programas, optei pelos apresentadores Silvan Alves (Difusora AM) e Roberto Fernandes (Mirante AM), este último vítima da covid em abril de 2020.
Profissionais de Comunicação reconhecidos pelas suas habilidades nas ondas sonoras e na TV, ambos foram fundamentais para o sucesso da minha pesquisa.
As informações colhidas junto a Silvan Alves proporcionaram à minha pesquisa a compreensão da dinâmica do rádio AM e sobre a participação da audiência nos programas jornalísticos.
Tive grandes ensinamentos com ele e Roberto Fernandes.
Foram, sem dúvida, grandes comunicadores populares, no sentido rigoroso do termo aplicado a um tipo de retórica que dialogava com a audiência provocando um engajamento fantástico, fidelidade, rituais de ouvir e interatividade.
Ambos estão registrados no meu novo livro (fruto da pesquisa mencionada) que será lançado depois do Carnaval.
O título é “Ouvintes falantes: produção e recepção dos programas jornalísticos no rádio AM”, publicado pela editora Appris.
Nesta obra devo muito a Silvan Alves e a Roberto Fernandes.
Viva o rádio!