A manifestação liderada pelo golpista Jair Bolsonaro neste domingo, na avenida Paulista, é mais uma demonstração de que a extrema direita está viva e perigosa.
Apesar a vitória eleitoral de Lula, um feito épico diante das circunstâncias da disputa eleitoral de 2022, a capacidade de mobilização do bolsonarismo ainda é grande.
Por outro lado, os movimentos sociais, embora tenham um governo aliado, não conseguem mais mobilizar as suas bases com a mesma intensidade dos outros tempos, quando os sindicatos tinham grande força.
Hoje os sindicatos estão anestesiados e os movimentos identitários, tão importantes na resistência durante o governo Jair Bolsonaro (2019-2022) ainda não conseguiram construir uma pauta comum de enfrentamento da direita reacionária.
Temos hoje um cenário de retomada do crescimento econômico e uma série de políticas e ações de inclusão social, mas as ruas estão comandadas pela extrema direita.
No Congresso Nacional, a governabilidade é assegurada com negociações do governo Lula com o Centrão, única forma de assegurar o mínimo de funcionamento das instituições.
A conjuntura é complexa e preocupante.
Torçamos para a reeleição de Lula e sobrevivência da democracia no Brasil.