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14º Encontrão da Teia dos Povos e Comunidades Tradicionais vai discutir relações de gênero

Com o tema “Com corpos e territórios livres, tecemos o Bem Viver”, a Teia dos Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão vai promover, entre os dias 20 e 25 de julho, o seu 14º Encontrão. O evento vai acontecer no Quilombo Bica, no Território Quilombola Aldeia Velha, em Pirapemas, no Maranhão.

“Este ano vamos discutir as questões de relação de gênero e o ‘bem viver”, uma temática que acompanha a Teia desde o seu nascimento, pois compreendemos que povos e comunidades tradicionais têm a sua própria organização, os seus sentidos de ser”, ressaltou a missionária do Conselho Indigenista Missionário, no Maranhão, Meire Diniz.

A missionária, que é também integrante da Teia dos Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão, enfatiza ainda que o tema selecionado tem como base “as ameaças que sofrem essas comunidades por esse modelo de capitalismo predatório e avassalador”.

Segundo Meire, esse bem viver passa por territórios livres das invasões e da destruição, mas esses territórios não podem ser livres “se os corpos continuam aprisionados pelo machismo, pela violência de gênero e por outras formas de dominação que impedem as pessoas de serem livres e terem uma vida plena”.

Preparativos
Trabalho coletivo prepara locais para receber os(as) participantes

De 3 a 8 de julho deste ano de 2023, o Cimi Regional Maranhão e lideranças dos povos indígenas Akroá Gamella, Krenyê, Tremembé de Engenho, Apanjêkrá-Canela e Memortumré-Canela promoveram o 4º Mutirão de preparação para o 14º Encontrão.

Ao todo, 20 participantes, juntamente com lideranças da comunidade, realizaram uma etapa de preparação para o encontro. De acordo com Hemerson Pereira, do Cimi Maranhão, o trabalho do mutirão consistiu na retirada de palhas para cobrir os barracões, fincar estacas e concluir os demais espaços que compõem a infraestrutura do encontro. O mutirão é uma prática coletiva que acontece nas comunidades e que fortalece a organização social e a luta por território livre.

Com informações CIMI/MA

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