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Empório Social: uso e ocupação da praça como espaço da política

Nesse fim de ano de 2021 tive oportunidade de participar da quarta edição do projeto Empório Social da Praça das Árvores, realizado dia 18 de dezembro, no Cohatrac IV.

Eu tinha conhecimento do projeto apenas pelas redes sociais, mas ao ver de perto pude perceber a intensidade do evento.

Ao chegar à praça, deparei-me com atividades ambientais, ações de inclusão de pessoas com deficiência, feira de livros, exposições artísticas e de produtos e alimentos sustentáveis, bancas de experimentos sobre boas práticas pedagógicas, narrativas de empoderamento feminino, ações de educação sobre a temática GLBTTQUIA+, projetos de artes plásticas, quadrinhos e comunicação popular, tribuna livre, música, teatro, rodas de conversa, entre outras.

Como o próprio nome diz, empório é um grande armazém de secos e molhados, não exatamente das mercadorias normalmente transitáveis no fluxo do comércio.

A pegada do Empório Social é outra. Trata-se de uma frente de ações realizada por coletivos múltiplos, formado por pessoas atuantes nas suas áreas específicas de militância ou atividade laboral, mas conectadas pelo sentido de ocupação da praça como espaço da política, do exercício da cidadania.

Digo política grande, não necessariamente aquela vinculada aos momentos eleitorais.

Na quarta edição do evento aprendi muito com todos(as) os(as) realizadores(as), ativistas de várias causas, que transformam o Empório Social em um espaço de vida, cultura e resistência democrática.

A praça não é apenas um lugar de passagem, distração ou lazer. É um espaço para o encontro, a troca, o diálogo produtivo, a sustentabilidade, o conhecimento das diferentes práticas culturais e também de denúncia e reivindicação.

Usa-se a praça para o exercício dos direitos e dos deveres, incluídos aí os cuidados com a manutenção dos equipamentos de uso comum, porque todos(as) são beneficiários da conquista de um bem da cidade construído com recursos públicos e devolvido para o público.

Nas palavras dos organizadores, “o projeto empório social é uma iniciativa sociocultural que objetiva fortalecer o protagonismo da comunidade, difundir a cidadania e promover espaços sócio-pedagógicos que propiciem o lazer e a aprendizagem dos usuários da praça como um espaço público qualificado.”

Tendo como abrangência o território dos bairros Cohab e Cohatrac, as linhas de ação do Empório Social visam à “promoção da construção de uma cultura de integração coletiva comunitária, através de atividades que garantam direitos e cidadania. O projeto resgata o sentimento de pertença e o empoderamento da comunidade”, sintetiza a organização do evento realizado pelo Comitê Gestor da Praça das Árvores.

Durante o evento tive a oportunidade de lançar o livro “Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM”.

Empório Social reúne diversas
experiências de resistência democrática
O livro “Vozes do Anjo” em sintonia com Dorian Azevedo
e Camilo Filho, organizadores do Empório Social

A quarta edição do Empório Social foi uma experiência incrível. A praça é do povo.

8 respostas em “Empório Social: uso e ocupação da praça como espaço da política”

O IV Empório Social contou com mais diversidade que os anteriores.
A sinergia dentro da singularidade e da simplicidade foi percebida entre as pessoas que compareceram ao empório.
Objetivos mais que alcancados com indicação de 2022 termos um evento mais amplo.

Eu gostaria de externar minha satisfaçao em participar no IV Empório Social, vivenciado no último sábado, foi uma manhã bastante agradável, de interação entre os participantes (expositores) e de visitantes. Fiquei bem entusiasmada com o empório, espero participar dos futuros.
Foi muito bom.

Toda essa iniciativa vem nos despertar o quanto uma praça pode deixar de ser um local ocioso, inerte, sem perspectiva, ou até mesmo um local de abandono. Essas iniciativas tão inovadoras, vem nos trazer a reflexão do quanto poderíamos estar contribuindo mais para o desenvolvimento de projetos, eventos, a cultura e o lazer e com tantas outras inovações utilizando espaços que até então estavam sendo oakcos de descaso, empreendimento louváveis como esses projetos, eventos e conquistas realizados pela praça das árvores, nos trazem a reflexão do quando é imprescindível empreender, motivar e incentivar a sociedade levando ao despertamento do quanto é necessário a garra e a força de vontade para fazer acontecer, basta plantar uma semente para que floresça e dê muitos frutos, é necessário iniciativa, muito louvável irmão Camilo e toda sua equipe maravilhosa, que Deus continue abençoando e prosperando ricamente todos os seus empreendimentos, não pare, porque os frutos estão começando a brotar, e outras praças terão o que copiar, porque bons exemplos são para ser seguidos, multiplicados e reconhecidos. Que Deus abençoe ricamente sempre, porque onde você tocar abençoado será, porque Deus é contigo, louvado seja Deus

Fiquei impressionado com a qualidade do Empório Social. É um modelo que deveria ser “exportado” para todas as praças da cidade.

Obrigada companheiro Ed Wilson pela abordagem qualificada sobre esse projeto que repensa a cidade do ponto de vista do citadino. A sua presença marca a relação intrínseca entre os espaços de formação de opiniões que intentam uma mudança societária, onde a cidadania é o foco maior. Estamos juntos nesse caminho por emancipação política das comunidades.

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