Os diversos tons do fascismo à brasileira estão se apropriando indevidamente do conceito de liberdade.
Uma conquista da humanidade e do processo civilizatório, o sentido da liberdade vem sendo banalizado, vulgarizado e propositadamente confundido para distorcer a sua base concreta.
Usam-na indiscriminadamente para agredir e violentar pessoas e instituições do universo político, jurídico, científico e jornalístico, entre tantos outros.
O uso constante de xingamentos e ataques de ódio expressa esse tipo de comportamento.
Das bocas dessa gente saem injúrias, calúnias e difamações contra autoridades e adversários.
A violação do real sentido da liberdade cavalga sem limites nas redes sociais, onde indivíduos inescrupulosos usam de uma suposta licença para atacar de forma vil os seus opositores ou qualquer grupo social: mulheres, índios, quilombolas, ambientalistas, comunidade GLBTQIA+ etc
Assim, uma palavra carregada de plenitude, inspiradora de tantas conquistas, símbolo de inúmeras vitórias contra a opressão e as injustiças, é sequestrada e extorquida pelas piores referências.
O comportamento fascista não se limita a proferir insultos e agredir as pessoas e as instituições.
A violência verbal soma aos deploráveis atos cotidianos: furar a fila do banco, atropelar as regras do trânsito, fazer builling, jogar lixo na rua, burlar o fisco; enfim, cometer pequenos e grandes delitos em nome de uma suposta “liberdade”, usada, nesse sentido, com o fim de oprimir, cometer injustiças e até crimes.