As pesquisas eleitorais são retrato de um momento, mas servem para orientar e até para induzir o voto.
Nas últimas sondagens de vários institutos, os números revelam uma expressiva vantagem do ex-presidente Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro.
As pesquisas indicam ainda uma polaridade entre o lulismo e o bolsonarismo.
Tudo caminha para uma repetição da disputa de 2018, mas com uma sensível diferença: Jair Bolsonaro não é mais aquela “velha novidade” que prometia acabar com a corrupção.
Personagens centrais do governo e familiares do presidente já vinham manchados pelas denúncias de envolvimento com as milícias.
Agora, a CPI da Covid19 aponta fortes indícios de corrupção na gestão da pandemia, até mesmo relacionados à cobrança de propina para a aquisição de vacinas.
O Bolsonaro de 2022 é o mesmo de 2018: arrogante, machista, autoritário, homofóbico, armamentista, indiferente a qualquer sentimento humanitário.
Mas o candidato Jair Bolsonaro de 2022 é outro bem diferente. Será avaliado pela sua gestão e colocado diante das instituições do sistema de justiça e dos meios de comunicação como líder de um governo apontado por corrupção.
O eleitor já parece ter percebido isso.