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Como a reforma administrativa de Paulo Guedes favorece a corrupção

Luis Ricardo Miranda, servidor concursado do Ministério da Saúde, tem um papel fundamental na investigação sobre as irregularidades nas tratativas para compra de vacinas no governo Jair Bolsonaro.

Concursado e amparado pela estabilidade no serviço público, o servidor não se submeteu às pressões e assédios que vinha sofrendo para atender aos interesses escusos no processo de aquisição dos imunizantes.

A condição de servidor concursado e assegurado pela estabilidade no serviço público é um dispositivo fundamental para o empregado desempenhar suas funções de acordo com os critérios da probidade.

Mas, veja o que está ocorrendo na reforma administrativa…

O governo Jair Bolsonaro está chegando ao fim mergulhado na lama da corrupção, mas de bem com o mercado.

Uma boa parte da agenda ultra liberal já foi cumprida com a aprovação das reformas previdenciária e trabalhista. Para terminar o “serviço”, o ministro Paulo Guedes tenta enfiar na boiada a reforma administrativa.

Sob o argumento de que precisa “modernizar” a máquina pública, a meta é eliminar o concurso público e a estabilidade dos servidores federais.

Essas medidas, entre outras, têm o objetivo de lotear a administração pública com cargos indicados pelos métodos da velha política.

Sem o concurso público e a estabilidade, o servidor fica vulnerável às pressões e coações dos chefes imediatos e superiores, estes indicados pelo carcomido esquema do clientelismo e do fisiologismo.

Dessa forma os trabalhadores perderão segurança e autonomia conquistados pelo mérito e esforço dedicados ao estudo para serem aprovados em concurso.

As conseqüências da reforma administrativa são desastrosas para a administração pública porque podem favorecer a corrupção.

Imagem destacada / ilustração capturada aqui

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