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Omissão do governo pode levar povos indígenas ao extermínio

Problema antigo no Brasil, o garimpo ilegal em terras indígenas entra em uma etapa mais preocupante e violenta, que pode resultar na extinção dos povos Mundurukus (no Pará) e Yanomami (em Roraima).

Se em outros tempos havia grupos armados de garimpeiros atuando na coação de indígenas para a atividade ilegal, agora a mineração ganha o apoio explícito do próprio presidente da Funai Marcelo Xavier.

O discurso do titular da Funai é referendado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), que tem à frente um dos maiores lobistas da economia predatória, Ricardo Sales, defensor radical do agronegócio à base de veneno e propagandista de uma postura agressiva contra ambientalistas e o desenvolvimento sustentável.

Acima do presidente da Funai e do MMA está o próprio presidente Jair Bolsonaro, chefe maior do discurso e das práticas relacionadas à depredação dos recursos naturais e extermínio dos povos e comunidades tradicionais.

Os indícios são fortes de que o governo, ao não tomar medidas rigorosas para conter o garimpo ilegal, deixa o campo aberto para o extermínio dos povos indígenas.

Mundurukus e Yanomami enfrentam quadrilhas de garimpeiros e a omissão do governo diante da iminência do genocídio indígena no Brasil.

Imagem destacada / Mães com filhos no colo e crianças fogem quando garimpeiros ilegais começam a atirar – Reprodução /Divulgação

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