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Rádio Web Tambor completa 1 ano com dois novos programas

Nestas águas de março a Rádio Web Tambor celebra o primeiro aniversário mantendo programação jornalística diária, o Jornal Tambor, com notícias, reportagens, opinião e um bloco especial de entrevistas – Dedo de Prosa – repercutindo fontes dos mais variados segmentos da sociedade.

O Jornal Tambor é transmitido ao vivo, de segunda-feira a sexta-feira, das 11h às 12h, por três plataformas: site agenciatambor.net.br,  Facebook Agência Tambor e no aplicativo RadiosNet (Rádio Tambor).

Inauguração da Tambor: Flávia Regina, Emilio Azevedo, Fernando Cesar, Ed Wilson Araújo, Geremias dos Santos, Taynara Castelo Branco e Gerlane Pimenta

No mês de aniversário a emissora pôs na tela o segundo programa – Papo de Crente – com o objetivo de dialogar sobre fé e vida para todos os públicos, evangélicos ou não. E na próxima semana, 2 de abril, estreia o programa “Na Boca do Caixa”, ancorado pelo Sindicato dos Bancários, mas aberto à agenda dos movimentos sociais.

Oficialmente, a emissora teve a primeira transmissão experimental dia 22 de março de 2019. De lá pra cá a Rádio Tambor rufa sem parar, em meio às conquistas e dificuldades para quem se propôs a fazer uma emissora sem fins lucrativos. A rádio é vinculada ao projeto Agência Tambor, que visa à produção de conteúdo jornalístico, educativo-cultural e artístico nos formatos de texto, áudio e vídeo.

O pioneiro e os novos programas materializam a vibe de um projeto coletivo gestado bem antes da inauguração da emissora, no I Seminário Comunicação e Poder no Maranhão, realizado nos dias 24 e 25 de outubro de 2017, no auditório central da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), organizado por várias entidades: jornal Vias de Fato (Sociedade Maranhense de Mídia Alternativa e Educação Popular Mutuca), Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço-MA), Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão, CSP-Conlutas, Sindicato dos Bancários, Apruma (Associação dos Professores da UFMA, seção sindical do Andes), blog Buliçoso, Movimento de Defesa da Ilha de São Luís, Carabina Filmes, Casa 161 (residência artística) e Coletivo Nódoa, envolvendo ainda como apoiadores o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), grupos de pesquisa nas instituições de ensino superior, pastorais sociais, militantes e entidades dos direitos humanos, coletivos de jovens e artistas de variadas tendências estéticas.

O seminário partiu da crítica à estrutura oligopolizada dos meios de comunicação no Brasil e as suas especificidades no Maranhão, considerado um caso excepcional de concentração midiática. Depois dos debates, era o momento de concretizar um sonho antigo, cultivado por muitas pessoas: ter uma rádio com foco na democratização da comunicação, direitos humanos e diversidade.

A inspiração para o nome da rádio surgiu durante a fala dos indígenas, quilombolas e quebradeiras de coco no I Seminário Comunicação e Poder no Maranhão, quando afirmaram que o tambor serve para comunicar as lutas de resistência, chamar para as batalhas, festejar conquistas e celebrar a vida nos rituais festivos dos povos e comunidades tradicionais.

Estava aí, na prática, aquilo que o teórico canadense Marshal McLuhan sistematizou ao cravar o sentido do rádio como “tambor tribal”, meio que convoca, agrega, mobiliza e dissipa sentidos.

Por esses caminhos da mobilização a Agência Tambor e a Rádio Web Tambor conectam-se à Teia de Comunicação Popular do Brasil, que também faz um ano em março. Estamos juntos e misturados na mesma rede formada por comunicadoras e comunicadores de todos os cantos do país com foco na democratização da comunicação.

Nos fios da Teia repercutem muitos tambores espalhados por todas as tribos, produzindo diariamente conteúdos não agendados nas grandes redes de comunicação. Nesse sentido, somos força pulsante de quem acredita em outro mundo possível, com múltiplas vozes ecoando no espaço público.

Ao longo desse primeiro ano o estúdio da Rádio Tambor já recebeu centenas de entrevistados: de pessoas comuns sem cargos ou sobrenomes famosos até magistrados. Os conteúdos da emissora são disponibilizados para a audiência ouvir a qualquer momento, independente da transmissão ao vivo.

Esta foi outra sacada. O rádio, no sentido convencional, está passando por transformações. O futuro está na web. Mas, independente da tecnologia, o que mais importa é a causa. Seguimos firmes no propósito da democracia, dos direitos humanos e da diversidade.

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