Por meio da sua Assessoria de Imprensa, a Alumar divulgou um comunicado garantindo que as ARBs (Áreas de Resíduos de Bauxita) não oferecem riscos de vazamento.
O comunicado foi enviado ao blog após a publicação do texto que cobra uma intensa fiscalização nas instalações na multinacional, principalmente nas lagoas de lama vermelha, onde estão depositados os resíduos.
Em sua justificativa, a Alumar informa que opera “dentro dos mais altos padrões internacionais” de segurança e alinhada às agências ambientais e regulatórias.
Apesar do esclarecimento da empresa, o blog mantém a proposta de ampla fiscalização dentro das instalações da fábrica, envolvendo uma força-tarefa de parlamentares, Ministério Público, Governo do Estado e Ibama.
As ARBs são conhecidas pela designação de lagoas de lama vermelha, coloração resultante do refinamento da bauxita, durante o processo de produção da alumina.
“Todas as ARBs possuem a parte interna (taludes e fundo) impermeabilizados com sistema composto por três barreiras de proteção”, garante a Alumar.
Segundo o comunicado, a multinacional possui sete áreas de Disposição de Resíduos de Bauxita, Desse total, três já foram fechadas e reabilitadas.
Veja abaixo o comunicado integral.
O Consórcio de Alumínio do Maranhão – Alumar – formado pelas empresas Alcoa, Rio Tinto e South32 opera dentro dos mais altos padrões internacionais. Trabalhamos alinhados às várias agências ambientais e regulatórias, incluindo as Secretarias do Meio Ambiente no sentido de garantir excelência operacional e evitar riscos.
A Alumar foi planejada e implantada com modernas tecnologias e mantém o seu sistema em conformidade com as suas políticas de saúde, segurança e meio ambiente.
Sobre as ARBs
As Áreas de Resíduos de Bauxita nascem de minuciosos projetos de engenharia e são construídas com alto controle de qualidade, a fim de garantir a sua operacionalização, sem oferecer riscos.
O ciclo de vida das ARBs envolve projeto, construção, operação e reabilitação. Todas as etapas passam por processo de monitoramento, para garantir a integridade estrutural das áreas.
As ARBs são áreas especialmente construídas para a atividade de disposição do resíduo alcalino oriundo do processo de refinamento da bauxita, minério de cor avermelhada, para obtenção de Alumina, e são dimensionadas com base na produção da Refinaria, na geração de resíduo e no balanço hídrico da planta. Atualmente, a produção de Alumina é de 3,7 milhões de toneladas por ano.
As ARBs são formadas pelos Sistema de Contenção, Sistema de Impermeabilização e Sistema de Drenagem de Fundo. Este método construtivo não utiliza o próprio resíduo como material de construção e sim o solo local, conforme investigação geotécnica realizada para a implantação de cada área. Tais diques possuem altura máxima de 25 m.
Todas as ARBs possuem a parte interna (taludes e fundo) impermeabilizados com sistema composto por três barreiras de proteção.
Adicionalmente, um fator muito relevante é a presença de sistemas de drenagem de fundo, cuja função é aliviar a pressão hidrostática no interior das áreas. Tal pressão é monitorada através de piezômetros elétricos.
A Alumar possui sete áreas de Disposição de Resíduos de Bauxita. E destas, três já foram fechadas e reabilitadas.
Aplicando os melhores recursos tecnológicos e as mais rigorosas normas de engenharia do mundo, a Alumar, em parceria com a UFMA, tem desenvolvido pesquisas para a transformação sustentável do resíduo.
Imagem: jornal O Imparcial