Categorias
Artigos

Procuram-se os irmãos Teixeira

Amanda Silva *

Procuram-se informações, dicas, pistas do paradeiro da Tipografia e Tipogravura Teixeira no Maranhão. Ou até mesmo, sendo muito otimista, notícia dos descendentes dessa família. Sim! É final do século XIX e início do XX! É possível, logo, não custa perguntar. Mas vejamos um pouco do que se sabe da história da tipogravura dos Teixeira e o porquê dessa procura.

Os irmãos Pinto Teixeira eram sócios e comerciantes que gerenciavam a firma Gaspar Teixeira & Irmãos Sucs., no final do século XIX e início do XX, donos dos Armazéns Teixeira, uma espécie de loja de departamento, reduto de importados e modernidades, no qual também ofereciam diversos tipos de serviços, de Alfaiataria à Tipografia.

Dos três irmãos, um chama atenção pelo envolvimento com as artes gráficas da época. Alfredo Teixeira foi o responsável pela implantação de uma oficina completa de tipografia e de gravura em São Luís, exercendo também o cargo de diretor artístico da casa. Dentre os diversos impressos publicados pela Tipogravura Teixeira, destaco dois periódicos, a Revista Elegante e a Revista do Norte, ambas com a presença de fotografias/ fotogravuras impressas; a primeira, como cortesia, vindo junto com a revista, e a segunda, uma típica revista ilustrada da época.

E é exatamente isso que chama atenção: as fotogravuras. A impressão em larga escala de cópias de fotografias nas páginas dos periódicos só foi possível com o desenvolvimento tecnológico das prensas, do aperfeiçoamento dos processos de reprodução e impressão de imagens, da industrialização da imprensa, entre outras questões. Lembrando que estamos falando do final do século XIX e início do XX. E a Tipogravura Teixeira realizava esse trabalho aqui em São Luís.

Estou tentando ser otimista; e passar pelos percalços inerentes a uma pesquisa histórica é de praxe; afinal, o historiador não deixa de ser um detetive, que precisa ter a perspicácia da procura, na qual sai em busca não do tempo perdido, mas dos rastros deixados pela linha de sombra da memória… ou da história, como queiram.

Não é fácil, não é rápido, às vezes, nem é racional ou objetivo, e, em muitos casos, é preciso contar com um tico de sorte. Embora seja bastante recompensador.

Se você é desse tempo, ou seja, agora, divulgue, mostre, pergunte para o pai, para a mãe, puxa aquele papo com a avó, com o avô, aliás, é uma ótima oportunidade de puxar aquele papo gostoso, tomando um golinho de café com a avó, com avô, hein?! De saber como era São Luís “naquele tempo”. Compartilhem a pergunta no grupo da família no WhatsApp!

E é por isso, leitor, que cá estou utilizando este incrível canal que é a internet. Se você que está lendo isso agora conhece ou já ouviu falar dessa turma, entre em contato!

Essa pergunta/pesquisa não é aleatória, faz parte do meu trabalho (em andamento) de dissertação de mestrado, mas que, certamente, não se encerra nele. Do que for encontrado, partirão mais pesquisas.

Em breve publicarei mais sobre as revistas citadas e as outras publicações feitas pela Tipogravura Teixeira. É só aguardar!

Os Armazéns Teixeira ficavam na Praça João Lisboa, número 4, esquina com a Rua do Egito.  Na imagem, é o prédio da esquina, à esquerda. Reparem como era a Praça João Lisboa em 1900.

Imagem: Revista do Norte

Amanda Silva é mestranda em Cultura e Sociedade – PGCult (UFMA); graduada em História pela Universidade Estadual do Maranhão e graduanda em Artes Visuais (UFMA). Pesquisadora do Museu da Memória Áudio Visual do Maranhão – Mavam (2013-14); desenvolve pesquisas relacionadas a imagem.

4 respostas em “Procuram-se os irmãos Teixeira”

Olá, Amanda. Estou desenvolvendo uma pesquisa que abarca a produção tipográfica no Maranhão como objeto. Possuo alguns dados sobre a atuação da Tipografia Teixeira na produção de livros. Caso tenha interesse pode entrar em contato comigo por email.
Abraço.

Existe um bairro onde tem um local chamado quinta dos teixeira tem muita histria que minha tia conta sobre um trem que passava por la e cortava todo norte e nordeste, inclusive meu tatara avo era maquinista desse trem na decada de 40 podemos conversar mais sobre isso caso queira aqui está meu whats (65) 9 8134 – 4852

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

twenty − 19 =