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Gastão Vieira na base de Flávio Dino põe mais dúvida na candidatura de Roseana Sarney

A movimentação de algumas figuras emblemáticas do sarneísmo na direção do governador Flávio Dino (PCdoB) põe densidade no argumento de que Roseana Sarney não é candidata “pra valer” ao governo do Maranhão.

As figuras emblemáticas são o deputado federal Pedro Fernandes (PTB) e o ex-deputado federal, ex-ministro do Turismo e presidente do PROS, Gastão Vieira.

Fernandes já está aquinhoado no governo. Seu filho, o vereador Pedro Lucas (PTB), ganhou a direção da Agência Metropolitana e é forte candidato a uma das 18 vagas na Câmara Federal.

Gastão Vieira, ainda não contemplado na máquina do Palácio dos Leões, tem confessado aos seus interlocutores que migrou para a base comunista sem contrapartida e “não está sendo fácil” encarar o rompimento com José Sarney (PMDB), traduzindo seu gesto político não como traição, mas “um ato de coragem”.

Fato concreto é que Vieira não sabe viver longe do poder. Depois de cinco mandatos de deputado federal e um ministério no governo Dilma Roussef (PT), todos no benefício de José Sarney, ele aparece na outra margem do rio e assume a candidatura à reeleição de Flávio Dino.

É um sinal a ser considerado na avaliação do cenário e aponta fragilidade na candidatura de Roseana Sarney.

Memória de 2008

Gastão declarou apoio a Dino em 2008

Embora se manifeste agora (2018) sobre o apoio ao governador, Gastão Vieira já “namorou” Flávio Dino, na eleição de 2008, quando ambos foram candidatos à Prefeitura de São Luís.

Flavio Dino (PCdoB) passou ao segundo turno contra João Castelo (PSDB).

Naquele conturbado 2008 Gastão Vieira foi o primeiro candidato derrotado no primeiro turno a declarar apoio a Flavio Dino (PCdoB). Esse gesto, segundo alguns analistas, contribuiu para “carimbar” o comunista com o surrado chavão: “é o candidato de Sarney”.

Os marqueteiros tucanos logo trataram de disseminar o chavão, que em parte surtiu efeito. Em determinado segmento do eleitorado, o apoio de Gastão Vieira a Flávio Dino serviu para colocar João Castelo como o candidato “anti-Sarney”.

À época, no auge da disputa, Gastão Vieira foi até aconselhado pelos marqueteiros de Flávio Dino a “não aparecer” na campanha depois da declaração de apoio.

Esse foi apenas um fato pontual, que não chegou a ser decisivo na disputa.

Decisivo mesmo foi o apoio do então governador Jackson Lago (PDT) a João Castelo (PSDB), colocando os Leões, sempre eles, para atropelar Flávio Dino na reta final.

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