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Rádio e agricultura familiar: cultivo de hortaliças muda a realidade do povoado Flexeira, nos Lençóis Maranhenses

Rádio comunitária como indutora do desenvolvimento local. Esse objetivo está sendo alcançado através da parceria entre a Secretaria de Estado da Agricultura do Maranhão (Sagrima) e a Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço). A iniciativa vem mudando a realidade do povoado Flexeira, em Humberto de Campos, na região dos Lençóis Maranhenses.

Flexeira é pioneiro na implantação do projeto “Mulheres semeando quintais”, que consiste na produção de hortaliças nas áreas livres dos fundos das casas do povoado.

Os quintais que eram apenas terrenos baldios agora produzem alface, tomate, cebolinha, coentro, cheiro verde, quiabo, entre outros. O projeto já funciona em 17 quintais. Toda a produção é aproveitada para consumo e venda do excedente pelas famílias.

A Sagrima viabilizou kits de irrigação e assistência técnica para orientar todo o processo de preparo da terra, manejo das sementes, plantio e monitoramento dos cultivos.

A ideia de cultivar os quintais partiu do diretor da Abraço Maranhão, engenheiro Fernando Cesar Moraes, em diálogo com a rádio comunitária Mapari 87.9 FM, sediada em Flexeira. A emissora coordenada pela professora Lauri e Erick Viegas abraçou a ideia e foi fundamental no trabalho da comunicação visando sensibilizar a comunidade para aderir ao projeto (veja vídeo abaixo).

Dona Licinha partilha a alegria do projeto com a professora Lauri e Erick Viegas, da rádio comunitária Mapari FM

A proposta foi acatada e aperfeiçoada na Sagrima, à época sob a gestão do secretário Luiz Henrique Lula. “Percebemos o potencial da parceria envolvendo a produção de alimentos e a mobilização local através da rádio comunitária e logo designamos a nossa equipe para acompanhar o projeto, viabilizando todas as condições materiais e assistência técnica”, destacou Lula.

O engenheiro Moraes sonha em multiplicar o projeto para outras emissoras comunitárias e criar uma cadeia de produção de alimentos saudáveis, gerando renda e segurança alimentar para milhares de famílias no Maranhão.

Veja depoimentos de integrantes do projeto “Mulheres semeando quintais”

“Ver as famílias e especialmente as mulheres fazendo sementeiras, canteiros, plantando, colhendo e vendendo o excedente dá uma alegria danada e a certeza de que para combater a pobreza, a insegurança alimentar, gerar trabalho, renda e dignidade para o povo das comunidades rurais, precisamos de tão pouco”, comemorou José de Mesquita, coordenador da equipe técnica da Sagrima.

Imagem destacada / Pastor Teorodo, entusiasta do projeto, colhe alface em seu quintal

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“Vozes do Anjo” será lançado na Feira do Livro de São Luís

Nessa quarta-feira (8 dez), às 18h, estaremos na Feira do Livro de São Luís (na praça Maria Aragão) em novo lançamento da obra “Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM”.

Veja aqui e aqui como foi o primeiro lançamento, em agosto de 2021.

O livro aborda a formação do bairro Anjo da Guarda pelo fio da meada de duas experiências sonoras. Começou com uma emissora de alto-falante chamada “Rádio Popular”, criada em 1988, que funcionou durante 10 anos, até a implantação da rádio comunitária Bacanga FM, em 1998.

Veja detalhes sobre o livro aqui

Publicado pela Editora da UFMA, a obra é uma realização do OMAR (Observatório da Mídia no Maranhão), coordenado pelo professor Carlos Agostinho Couto, e tem apoio do ObEEC (Observatório de Experiências Expandidas em Comunicação).

A impressão foi viabilizada pelo SESC (Serviço Social do Comércio) – Diretoria Regional do Maranhão.

Fruto de uma pesquisa iniciada em 2016, no Curso de Radialismo da UFMA, o livro é uma produção coletiva dos seguintes autores: Ed Wilson Araújo e Saylon Sousa, Rodrigo Anchieta, Rodrigo Mendonça e Robson Silva.

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Veja reportagens sobre o lançamento do livro “Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM”

A primeira etapa de divulgação do livro “Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM” foi pauta em duas matérias da TV Mirante.

Emissoras AM e FM, blogs, sites, Agência Tambor, Sistema Mirante de Comunicação, rádio Timbira e o vereador Marcial Lima também repercutiram o lançamento da obra.

Fica o nosso agradecimento a todos(as) os(as) profissionais e meios de comunicação que ajudaram a publicizar a obra, fruto de uma pesquisa iniciada em 2016, resultando no livro publicado pela Editora da UFMA.

A obra é uma realização do Observatório da Mídia no Maranhão (OMMAR), tem apoio do ObEEC (Observatório de Experiências Expandidas em Comunicação) e do Serviço Social do Comércio (SESC).

“Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM” tem organização de Ed Wilson Araújo e Saylon Sousa, em coautoria de Rodrigo Mendonça, Rodrigo Anchieta e Robson Correa.

https://www.youtube.com/watch?v=3UzgQr5Me3k
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Podbook do livro “Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM” já está disponível

Uma obra para ler e ouvir. Assim é o livro “Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM”, que será lançado hoje (27 de agosto), a partir das 19h, na igreja Nossa Senhora da Penha, no bairro Anjo da Guarda.

Todas as entrevistas do trabalho de campo realizado na pesquisa sobre comunicação radiofônica no Anjo da Guarda podem ser acessadas no podbook disponível na plataforma Spotfy.

A iniciativa de disponibilizar as entrevistas tem o objetivo de ampliar a oferta de consumo do livro e possibilitar o conhecimento detalhado sobre as entrevistas da pesquisa que resultou na versão impressa.

Durante cinco anos de apuração, estudos teóricos, redação e revisão, os pesquisadores Ed Wilson Araújo, Saylon Sousa, Rodrigo Anchieta, Rodrigo Mendonça e Robson Correa (foto destacada) entrevistaram várias personagens atuantes na emissora de alto-falante denominada “Rádio Popular”, que funcionou de 1988 a 1998; assim como os protagonistas da rádio comunitária “Bacanga FM”, inaugurada em 1998 e até hoje em funcionamento.

Ao todo são 33 anos de História da comunicação popular e comunitária em um dos bairros mais pulsantes cultural e politicamente na região metropolitana de São Luís.

Saiba mais sobre o livro aqui e mais aqui

Foto destacada / Autores de “Vozes do Anjo” / da esquerda para a direita: Robson Correa, Rodrigo Mendonça, Ed Wilson Araújo, Rodrigo Anchieta e Saylon Sousa / Imagem: Benedito Junior

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Lançamento: livro “Vozes do Anjo” relata duas experiências de comunicação popular e comunitária em São Luís

A formação do Anjo da Guarda, bairro localizado na área Itaqui-Bacanga, em São Luís, tem muitas personagens e fatos marcantes. Parte dessa História é contada no relato sobre duas experiências de comunicação registradas no livro “Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM”, que será lançado sexta-feira (27 de agosto), às 19 horas, na igreja Nossa Senhora da Penha.

Denominado “Rádio Popular”, o sistema de som em alto-falante ou “voz” foi criado em 1988 com a participação de religiosos católicos, lideranças comunitárias do bairro, artistas, jovens, mulheres e homens atuantes nas pastorais sociais.

A “Rádio Popular” funcionou durante 10 anos, até 1998, quando a comunidade dialogou sobre a criação de uma emissora FM. E assim surgiu a rádio comunitária Bacanga FM 106,3 Mhz, em pleno funcionamento e completando 23 anos de existência nesse ano de 2021.

O livro “Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM” costura a criação do bairro às duas emissoras. Fruto de uma pesquisa iniciada em 2016, no curso de Rádio e TV da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a obra é uma produção do OMMAR (Observatório da Mídia no Maranhão), com apoio do ObEEC (Observatório de Experiências Expandidas em Comunicação). A edição tem o selo da Editora da UFMA (EdUFMA) e a impressão viabilizada pela Direção Regional do Serviço Social do Comércio (Sesc) no Maranhão.

Obra tem a capa de Isis Rost e diagramação de Bruno Ferreira

Durante cinco anos de trabalho os pesquisadores Ed Wilson Araújo, Saylon Sousa, Rodrigo Anchieta, Rodrigo Mendonça e Robson Correa entrevistaram várias fontes vinculadas diretamente à criação das duas emissoras. O radialista e líder comunitário Luis Augusto Nascimento, um dos fundadores da Rádio Popular e da Bacanga FM, destaca a importância dos dois meios de comunicação em todo o processo de lutas dos moradores do bairro nas suas reivindicações por transporte coletivo, infraestrutura, água potável, educação e saúde, entre outras. As rádios para ele também são o palco de divulgação dos valores culturais do Anjo da Guarda.

“O livro representa uma das profícuas experiências de pesquisa acadêmica em comunicação no estado do Maranhão, mas também uma excelente oportunidade de conhecermos parte significativa da história contemporânea da sua capital”, pontuou o coordenador do OMMAR, professor doutor Carlos Agostinho Couto, na apresentação da obra.

No prefácio do livro, a pesquisadora Ana Carolina Escosteguy ressalta: “Há muito o que dizer deste trabalho, de suas características e qualidades, que, com certeza, o fazem merecedor de se tornar um alento e uma referência na pesquisa em comunicação”

A pesquisa para a produção do livro constou de revisão bibliográfica e trabalho de campo. Todas as entrevistas em áudio estão disponíveis em uma plataforma digital e podem ser acessadas, assim como a obra em pdf. A capa é de Isis Rost e a diagramação de Bruno Ferreira

O livro está organizado em etapas, conectando a evolução das duas rádios em cinco capítulos, com as respectivas abordagens sobre a relação entre comunicação e mobilização popular no Anjo da Guarda; o surgimento da Rádio Popular no alto-falante; a transição para a Bacanga FM; o posicionamento da emissora na Internet; e um balanço sobre os 20 anos da legislação que disciplina o serviço de radiodifusão comunitária.

Neste último capítulo é feito um apanhado sobre a criação e a luta para a obtenção da outorga para a Bacanga FM no contexto de organização da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão. Ambas, a entidade e a rádio, foram criadas em 1998, ano marcante na luta pela democratização da comunicação no Maranhão.

SERVIÇO

Pauta: Lançamento do livro “Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM”.

Autores: Ed Wilson Araújo, Saylon Souza, Rodrigo Anchieta, Rodrigo Mendonça e Robson Silva

Quando: 27 de agosto (sexta-feira)

Onde: Igreja Nossa Senhora da Penha (Rua Honduras, s/n, Anjo da Guarda)

Horário: 19h

Valor do livro: R$ 30,00 (trinta reais)

OBS: Devido às condições sanitárias e em cumprimento ao decreto do Governo do Maranhão, o evento é limitado a 150 pessoas convidadas, mantendo distanciamento no (amplo) salão da igreja, uso de máscara e higienização das mãos.

Foto destacada / Entrada principal do Anjo da Guarda nos anos 1980 / Imagem: Acervo do jornal O Imparcial /

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Povoado Cedro tem homenagem na rádio comunitária Mapari FM

O programa teve a participação especial do poeta Paulo Furtado, interpretando uma das mais belas crônicas do escritor Humberto de Campos, intitulada “Macacoeira”

Uma longa viagem pelas memórias e estórias contadas por moradores de várias gerações do povoado Cedro, localizado no município de Humberto de Campos, emocionou os ouvintes da rádio comunitária Mapari FM, no último sábado (17 de julho).

Ao longo do programa Mapari em Debate, apresentado pela professora Laury e Erick Viegas, com produção de Fernando Cesar Moraes, a emissora veiculou vários depoimentos de humbertuenses que falaram sobre as suas memórias da infância e da juventude, bem como das atualidades do Cedro.

Ouça o programa completo abaixo:

Programa Mapari em Debate finalizou com a
crônica Macacoeira. Ouça no tempo 1:29:12 no audio

Os relatos mencionaram personagens antigas do povoado, algumas já falecidas, outras ainda vivas, relacionadas aos “velhos tempos”, quando aquelas terras eram acessadas apenas por embarcações.

Hoje em dia chega-se ao Cedro com facilidade em qualquer tipo de veículo.

No passado, quando não havia estrada, os cedrenses aventuravam-se nas lanchas que saíam de São José de Ribamar para os municípios de Humberto de Campos e Primeira Cruz, em viagens longas, atravessando três perigosas baías, com duração de até 10 horas cada viagem.

Através da rádio Mapari FM muitas histórias e memórias conectaram os ouvintes e os participantes através do tempo com as lembranças de fatos históricos vivenciados nas dunas, lagoas e em toda a biodiversidade do Cedro.

O encerramento do programa teve a participação especial do poeta Paulo Furtado, interpretando uma das mais belas crônicas do escritor Humberto de Campos, intitulada “Macacoeira”.

O município que leva o nome do escritor tem várias peculiaridades. Está localizado na região Lençóis-Munim e o seu território contém uma rica biodiversidade da Baía de Tubarão, território encaixado nos critérios de uma Reserva Extrativista de Desenvolvimento Sustentável.

Do ponto de vista histórico, Humberto de Campos e o vizinho município de Primeira Cruz, assim como Icatu, foram palco da disputa entre Portugal e França, no início do século XVII, quando as forças lusas comandadas por Jerônimo de Albuquerque e os franceses liderados Daniel de La Touche disputaram o controle do território brasileiro (veja abaixo).

Na Literatura, Humberto de Campos, a cidade, foi batizada em reverência ao seu mais ilustre escritor, autor de uma obra relevante.

Todo esse conjunto de qualidades precisa ser mais explorado pelos gestores da região, incentivando o turismo de lazer e cultural na perspectiva da economia criativa.

A rádio Mapari FM está fazendo um importante trabalho nesse sentido. Comunicação, cultura e educação precisam andar de mãos dadas e o programa Mapari em Debate já presta um relevante serviço à cidadania.

Imagem destacada / vista do porto de Humberto de Campos

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Raridade: emissora de alto-falante completa três décadas nos Lençóis Maranhenses

Logo bem cedo a população de Primeira Cruz é acordada pelos anúncios da venda de carne, peixe, ovos, juçara, farinha e a divulgação dos acontecimentos gerais da cidade, até mesmo avisos de falecimento. As informações são locutadas todos os dias pelo serviço de alto-falante “Voz da Liberdade”, um dos meios de comunicação do município localizado à margem direita do rio Periá, no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

A emissora completa 33 anos em 2021 e faz parte da cena cultural na pequena e charmosa Primeira Cruz, cidade fundada em 1947, com população de aproximadamente 15 mil habitantes, segundo o IBGE.

Ao longo de mais de três décadas o serviço de alto-falante guarda muitas histórias, contadas neste vídeo pelo casal Nilber Santos e Meiricely Santos, gestores e locutores da “Voz da Liberdade”.

Meiricely e Nilber contam as memórias e
o cotidiano do serviço de alto-falante

A dupla de locutores revela boas lembranças da era gloriosa da “Voz da Liberdade”, quando a emissora fazia a cobertura jornalística dos principais eventos realizados na cidade. Atualmente o foco é a divulgação dos anúncios publicitários e as campanhas de solidariedade para ajudar pessoas necessitadas.

Primeira Cruz é parcialmente isolada porque ainda não tem ligação rodoviária pavimentada com os municípios vizinhos (a estrada MA-302 está em fase de construção). Mesmo nessas condições, a cidade consegue superar o chamado “deserto de notícias” porque tem produção local de informações veiculadas em três meios de comunicação da própria cidade.

Além da “Voz da Liberdade”, funcionam a emissora via cabo Studio 90º (ouvida nas caixas de som localizadas nos postes da cidade) e a rádio web Studio 90º (acessada pela Internet). Ambas são administradas pelo radialista Orlando Brandão (veja abaixo).

De posto da Telma à rádio web Studio 90º

Comparando as grades de programação, a “Voz da Liberdade” prioriza informes publicitários e utilidade pública, enquanto as emissoras Studio 90º veiculam música, anúncios e noticiário esparso ao longo da programação.

Na cidade já chegou a funcionar uma emissora comunitária – Oceânica FM – mas foi desativada.

Primeira Cruz na História

Entre tantas singularidades, Primeira Cruz esteve na rota da disputa entre Portugal e França pelo domínio do Brasil. No início do século XVII, o território serviu de acampamento para as tropas portuguesas chefiadas por Jerônimo de Albuquerque, à época no encalço do francês Daniel de La Touche.

O conflito final entre as duas forças pelo controle do território brasileiro foi a famosa Batalha de Guaxenduba, travada no município de Icatu (veja abaixo).

Como chegar em Primeira Cruz

A opção mais viável é o transporte rodoviário (carro particular, van ou ônibus) até o município de Humberto de Campos (HC), localizado a 182 km de São Luís. Chegando em HC vá até o porto e tome uma embarcação para Primeira Cruz. O deslocamento mais ágil entre os dois municípios é oferecido pelas “lanchas voadeiras” que funcionam como “taxi aquático”. A viagem é rápida (aproximadamente 15 min).

Outra opção é acessar o município de Santo Amaro (a 240 km de São Luís) pela rodovia MA-402 (totalmente asfaltada). Chegando em Santo Amaro, siga para o destino Primeira Cruz pela MA-302. Observação: a estrada MA-302 está em fase de construção e recomendamos o tráfego somente por veículos com tração 4 x 4.

Em Primeira Cruz existem duas pousadas limpas e agradáveis com café da manhã e serviço de restaurante.

Pousada da Cristina: (98) 98721-3818

O Governo do Maranhão está construindo a rodovia MA-320 ligando Primeira Cruz e Santo Amaro – segundo município de maior referência (depois de Barreirinhas) no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

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Rádio comunitária Ieshuá FM revela artistas na região do Alto Turi

Tudo começou no ano 2005, quando a emissora comunitária Ieshuá FM entrou no ar e realizou um festival de música para incentivar e valorizar os cantores e compositores da cidade a divulgarem suas produções.

A rádio fica localizada no município de Nova Olinda, na região do Alto Turi, no Maranhão. Ouça aqui

Depois do festival a direção da emissora decidiu criar um horário fixo na grade de programação, o “Talentos da Terra”, todos os domingos, das 12h às 14h, com a participação dos artistas da cidade.

Aos poucos o “Talentos da Terra” cresceu, ficou mais conhecido e atraiu atenção de músicos de outras cidades. “Somos um programa regional. Hoje em dia recebemos cantores e compositores de Araguanã, Zé Doca, Governador Nunes Freire (Encruzo), Maracaçumé, Centro do Guilherme e outras cidades da região. Artistas de Carutapera já estão agendados”, destacou Cícerro Ferraz, diretor da Ieshuá FM.

Transmissão ao vivo do Talentos da Terra é sucesso na região do Alto Turi

Antes da pandemia tinha um fluxo intenso de artistas na programação ao vivo do Talentos da Terra, mas atualmente, mesmo presencial, a emissora adota todos os cuidados para não aglomerar dentro da rádio. “A tecnologia facilitou a divulgação. Muitos cantores de várias regiões do Maranhão mandam músicas pelo celular para lançarmos no programa. Além disso temos lives com os músicos acompanhados do maestro “Zé do Violão”.

Durante a semana o maestro ensaia com alguns cantores para fazer a apresentação caprichada.

Edinho dos Controles e Gilvan Nascimento são sucesso na Ieshuá

“Cada domingo participam em média 3 a 4 cantores. O Talentos da Terra tem ainda muita interação, participação da audiência e transmissão ao vivo no Facebook e no You Tube da emissora. A audiência é grande. Os estilos mais tocados são reggae e brega, mas o programa é aberto a qualquer ritmo”, explicou Cícero Ferraz.

Ao longo do tempo o programa “Talentos da Terra” vem acumulando boas memórias e vitórias no trabalho de divulgação dos artistas locais e regionais. “Desse projeto alguns cantores já se profissionalizaram, como Wallison Love, Mauro Sérgio, Tony Nascimento, Lucas Monteles, entre outros artistas”, comemorou Ferraz.

Cantor Marciano, de Santa Luzia do Paruá, é um
dos talentos revelados na rádio Ieshuá

O diretor da emissora também registrou, com pesar, alguns cantores que participaram do Talentos da Terra e já estão falecidos, alguns acometidos da pandemia covid19, como o saudoso Psica, Geny, Marcos Antonio e os maestros Frank Silva e Sebastião Medeiros, que acompanhavam os cantores.

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Rádio Abraço Saúde: novo episódio aborda pandemia e comorbidades

Já está disponibilizado para as rádios comunitárias de todo o Maranhão e de outros estados a nova edição do programa “Rádio Abraço Saúde”. Nesse episódio o tema abordado é a influência do novo coronavírus e das suas variantes nas pessoas diabéticas, hipertensas e obesas, além dos outros tipos de comorbidades.

A produção do programa é da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão.

Para falar sobre esse tema a entrevistada é a médica infectologista Maria dos Remédios Freitas Carvalho Branco, doutora em Medicina Tropical e Saúde Internacional, pesquisadora e professora associada na Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

A série de programas Rádio Abraço Saúde tem o objetivo de orientar e educar a população através de conteúdos simples e objetivos veiculados nas rádios comunitárias, levando informação confiável para as populações localizadas nos municípios mais distantes dos grandes centros urbanos.

Clique abaixo e ouça o programa.

As edições anteriores podem ser acessadas aqui e aqui.

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Lançamento: livro “Rádios comunitárias no Brasil” já está disponível

Começou a circular essa semana uma das novas publicações do Grupo de Pesquisa (GP) Rádio e Midia Sonora, vinculado à Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação).

Gestado em 2018, o livro “Rádios Comunitárias no Brasil: resistências, lutas e desafios”, publicado agora pela editora Apris ( https://www.editoraappris.com.br/produto/4534-rdios-comunitrias-no-brasil-resistncias-lutas-e-desafios), pode ser adquirido com desconto do cupom em anexo, tanto no formato digital como impresso.

A ideia da publicação surgiu nas discussões e planejamento do GP Rádio e Mídia Sonora, durante o Congresso da Intercom, em 2018, quando a Lei de Radiodifusão Comunitária nº 9.612/98 completava 20 anos.

Um dos textos da obra, com o título “Do alto-falante à rádio comunitária Bacanga FM: comunicação e organização popular no bairro Anjo da Guarda, em São Luís-MA”, tem autoria do professor do curso de Rádio e TV da UFMA, Ed Wilson Ferreira Araújo, do mestrando em Comunicação (UFMA) Jefferson Saylon Lima de Sousa, e dos radialistas Robson Silva Correa, Rodrigo Augusto Mendonça Araujo, Rodrigo Anchieta Barbosa.

O comitê editorial selecionou oito textos que retratam a história das rádios comunitárias, a reaproximação com os movimentos sociais, as falsas rádios comunitárias, a cidadania e autonomia nas emissoras, as culturas populares e massivas na programação e as re-existências das rádios em alto-falantes.

A pesquisadora Denise Cogo prefacia a obra. “Esta coletânea representa um registro histórico da luta pela democratização da comunicação que, nas décadas de 1990 e 2000, estava centralizada na ‘reforma agrária do ar’ e atualmente se expande para as redes digitais, inclusive com as resistências destas estações nos novos ambientes”, pontuou o coordenador do livro, professor Ismar Capistrano Costa Filho, da Universidade Federal do Ceará.

VEJA A LISTA DE ARTIGOS DO LIVRO

Sobre comunas comunicacionais radiofônicas: uma análise crítica do processo histórico de formulação da Lei n. 9.612 (João Paulo Malerba)

Rádios Comunitárias: a retomada do ideal comunitário no processo do fortalecimento da organização popular (Márcia Vidal Nunes)

Cidadania Comunicativa e Autonomia Comunicativa: lutas pelo direito à comunicação nas rádios comunitárias (Ismar Capistrano Costa Filho)

Do alto-falante à rádio comunitária Bacanga FM: comunicação e organização popular no bairro Anjo da Guarda, em São Luís-MA (Ed Wilson Ferreira Araújo, Jefferson Saylon Lima de Sousa, Robson Silva Correa, Rodrigo Augusto Mendoça Araujo, Rodrigo Anchieta Barbosa)

Os receptores das rádios comunitárias em Fortaleza (Catarina Tereza Farias de Oliveira)

Rádios comunitárias só no nome: um panorama das rádios comunitárias no Agreste de Pernambuco (Giovana Borges Mesquita, Sheila Borges de Oliveira, Diego Gouveia e Rodrigo Barbosa)

Salada Sonora: o que dizem as paisagens sonoras e a rádio de poste sobre viver em comunidade em um Bairro Popular de Salvador (Andrea Meyer Medrado)

Rádio GAC: uma análise da participação dos moradores da Quadra no processo de criação da rádio poste (Milena de Castro Ribeiro)