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O fascismo precisa sempre de inimigos

O nazismo e o fascismo não são fenômenos datados na História, demarcados nas experiências alemã e italiana como principais referências.

As diversas modalidades do fascismo se manifestam contemporaneamente no mundo como parte de um processo de expansão da extrema direita.

Jair Bolsonaro no Brasil e Donald Trump nos Estados Unidos são casos correlatos.

Uma das “regras” do “sucesso” do fascismo é a construção de um inimigo ou inimigos que precisam ser exterminados.

Adolf Hitler enquadrou os judeus.

Bolsonaro escolheu o PT e a esquerda como alvo.

Donald Trump já definiu os imigrantes.

A ideia de construir um inimigo como culpado e responsável pela crise econômica nos EUA mobilizou as correntes de opinião durante a campanha de Trump.

Um ingrediente é fundamental nessa estratégia: o ódio!

Odiar torna-se uma palavra de ordem.

É imperativo odiar, fazendo disso o combustível que movimenta o desejo de exterminar o inimigo.

O fascismo opera com valores brutais geralmente associados à violência. Para dar certo, essa lógica tem duas etapas: enquadrar o inimigo e eliminá-lo.

Sem esse inimigo, abre-se o caminho para a glorificação, a volta ao passado e a prosperidade.

Eis aí o segredo da vitória de Trump. Se vai dar certo, só o tempo dirá.