Os diversos naipes da oposição conservadora no Maranhão apostam suas fichas no segundo turno. O plano consiste em lançar várias candidaturas contra o governador Flávio Dino (PCdoB) e empurrar a disputa para adiante.
Mas, existe um cenário real para a decisão logo no primeiro turno.
Neste momento a candidatura de Roseana Sarney (PMDB) é dúvida. Até agora não houve um ato público que assegure a filha de José Sarney (PMDB) na disputa.
Se tivesse certeza, ela já estaria em campo há muito tempo, se movimentando junto aos presidenciáveis, deputados e prefeitos em pré-campanha aberta.
Nada disso está em curso.
O recuo de Roseana Sarney tem um reflexo imediato no projeto de candidatura governamental do deputado estadual Eduardo Braide (PMN).
Ele sonha em ir para o segundo turno, repetindo o fenômeno eleitoral de 2016, quando disparou no debate eletrônico e quase toma a reeleição do prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Junior (PDT).
Mas Braide só pode pensar no segundo turno se Roseana for candidata. E ela parece não ser….
Além dessa dificuldade, o deputado não tem sequer três partidos médios que possam lhe assegurar coligação e tempo de propaganda.
A opção do PSDB pela candidatura do senador Roberto Rocha ao governo, anunciada pelo tucano-presidenciável Geraldo Alckmin, foi uma pá de cal nas pretensões de Braide.
Diante deste cenário ele deve refazer o cálculo e disputar o mandato de deputado federal agora em 2018, pavimentando a estrada para tomar a Prefeitura de São Luís em 2020.
Na posição de deputado federal ele terá mais condições de arregimentar forças para 2020 e 2022. Ainda jovem, Braide sabe que a prefeitura da capital é o caminho para ser governador.
E sem ele na disputa de 2018, Flavio Dino fica mais perto da reeleição em primeiro turno.