“E a verdade é que um país capitalista precisa de dinheiro, e esse dinheiro precisa circular, não apenas na mão de poucos, na mão de todos”, disse o presidente, nesta segunda-feira (24), em Portugal
Fonte: Site do PT
Enquanto o comandante do Banco Central, Roberto Campos Neto, tenta, inutilmente, imprimir algum verniz técnico para a decisão política de manter a taxa Selic na estratosfera, o presidente Lula expõe o risco de uma crise de crédito pelo qual passa o Brasil em decorrência do arrocho monetário imposto pelo bolsonarista. Nesta segunda-feira (24), no Fórum Empresarial Brasil-Portugal, em Matosinhos, na região do Porto, em Portugal, Lula voltou a criticar a taxa de juros de Neto, um dos maiores entraves ao crescimento econômico do país.
“Nós temos um problema, primeiro-ministro [António Costa], que não sei se Portugal tem, que a nossa taxa de juros é muito alta, é muito alta”, discursou Lula. “No Brasil, a taxa Selic, que é a taxa referencial, está a 13,75%”, explicou o presidente. “Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%, ninguém”.
“E a verdade é que um país capitalista precisa de dinheiro, e esse dinheiro precisa circular, não apenas na mão de poucos, na mão de todos”, afirmou o presidente, em referência à escassez de crédito provocada pela taxa Selic.
“É por isso que eu digo sempre: a solução do Brasil é a gente voltar a colocar o pobre no Orçamento, é a gente garantir que as pessoas pobres possam participar, porque quando eles virarem consumidores, eles vão comprar”, argumentou o petista.
“Quando eles comprarem, o comércio vai vender. Quando o comércio vender, vai gerar emprego, vai comprar mais produtos da fábrica”, esclareceu Lula. “Não precisa importar da China, pode comprar produtos produzidos no Brasil, e a gente vai gerar mais emprego, e mais emprego vai gerar mais salário. É uma coisa mais normal da roda gigante da economia funcionando e todo mundo participando”, observou o presidente.
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Imagem destacada / Lula, em Portugal: taxa de juros atual impede o consumo das famílias.