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Na Atenas Brasileira, livro de menas

Os dois equívocos no título desse texto são propositais.

São Luís nunca foi Atenas Brasileira e o menas é uma provocação.

Estamos falando sobre a 15ª Feira do Livro de São Luís (FeliS), indo direto ao ponto: foi um fracasso retumbante a decisão de deslocar a realização para o Centro de Convenções da UFMA (campus do Bacanga), fora do eixo central da cidade e do Multicenter Sebrae, onde o evento costumava ser realizado com sucesso.

Não estamos aqui a condenar ninguém, apenas registrando os fatos, após ouvir muitas fontes envolvidas diretamente no circuito do evento.

E, acima de tudo, temos de reconhecer a imensa dedicação dos profissionais vinculados à Feira do Livro. São dezenas de pessoas comprometidas que vêm ao longo de uma década e meia trabalhando arduamente para o sucesso desse importante acontecimento na cidade.

Mas, ao chegar na 15ª edição, homenageando Maria Firmina dos Reis, a primeira romancista brasileira, mulher negra e referência na crítica antiescravista na Literatura, a FeliS deveria ser uma apoteose.

Aconteceu o contrário. Os relatos e as imagens comprovam estandes esvaziados e o conjunto das atividades da FeliS em estado de depressão.

Em síntese, a 15ª FeliS ficou moribunda e será uma pena se morrer junto com os planos editoriais, o Sioge e outros dispositivos de execução de políticas públicas que marcaram a produção, a distribuição e o consumo de livros, revistas, suplementos etc no Maranhão.

3 respostas em “Na Atenas Brasileira, livro de menas”

Não fui à feira por alguns dos motivos citados na crônica e por outros de oderm particular. E, se fosse, seria quase exclusivamente para prestigiar as atividades envolvendo seus homenageados, em especial, o poeta Carlos Cunha, pai de minha amiga multiartista Wanda Cunha. Outro motivo que me manteve longe dos estandes foi a localização e os comentários negativos dos primeiros visitantes em grupos de WhatsApp de que faço parte. FELIS ou inFELISmente, vou esperar a próxima, torcendo para que outros ares soprem sobre os céus desta nossa (é ou não é?) Atenas Brasileira.

depois de uma flip obscura
na gestão e em quem a acessa
me limitei a poesia dura
para rasgar a classe mérdia
que não tem envergadura
para usar o nome de maria
repito aqui com candura
longe da falsa maestria
maria fimina dos reis
preta libertária e artista
que supera o português
imposta primeira língua
quanto o agora ingles
não sou assim bairrista
– bonsenso sem timidez –
(de classe e antiracista)
seja flip felis ou flipei

Alem de esvaziamento por parte da comunidade, houve a ausência do publico universitário, uma vez que pegou o final de dezembro, período em que estão encerrando as disciplinas. A divulgação foi pouca, nem mesmo no prédio só víamos uma pequena placa proximo ao predio Paulo Freire, nem na entrada da universidade se viu cartaz de divulgação, outrosim, poderia ter sido realizado na Biblioteca central se as obras não estivessem paradas desde a gestão da reitora Nair Portela, o que entristece a comunidade acadêmica como um todo. o que se espera, é uma Feira do Livro que contemple Gonçalves Dias , seu legado e retorne para perto da população, seja na região central ou em alguma instituição como o multicenter que consegue dar visibilidade a literatura maranhense e nacional.

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