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Ciro Gomes fala bem, mas não comunica

Na entrevista do Jornal Nacional, vimos uma exibição de raciocínio lógico, eloquência, habilidade, desenvoltura, conhecimento dos temas, segurança…

Todas as qualidades de um bom orador estão presentes no discurso do candidato a presidente Ciro Gomes (PDT).

Entre todos os presidenciáveis, ele é o mais preparado tecnicamente para discorrer sobre os problemas e as eventuais soluções para o Brasil.

No entanto, a linguagem utilizada pelo pedetista não alcança o grande público.

Ciro Gomes usa um repertório tecnicista, excessivamente carregado de termos técnicos e qualificações inalcançáveis pela maioria da população.

Um homem tão inteligente é incapaz de produzir a mais básica das relações humanas – a comunicação eficaz.

Ele parece ter faltado às aulas básicas de retórica e aos primários ensinamentos de qualquer youtuber sobre como falar em público. Cabe até assistir nas madrugadas aos programas da Igreja Universal do Reino de Deus. Aqueles pastores diabólicos sabem se comunicar com o famoso bordão: “fala que eu te escuto”.

É razoável que um político erudito do naipe de Ciro Gomes deva ter lido “A arte retórica” (Aristóteles).

Se ele leu e é tão sabido, como não aplica os ensinamentos aristotélicos sobre a relação entre o orador e a audiência?

Eis a questão.

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