A PEC Kamikaze e as suas diversas denominações, além de ser uma aberração econômica e um estelionato eleitoral, aponta a radicalização de um processo caracterizado pela subutilização do Estado como instância de sociabilidade.
O ministro Paulo Guedes aprofunda as diretrizes do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, concebido pelos tucanos durante o governo FHC, sob os auspícios do então ministro Bresser Pereira.
Àquela época, o PSDB já pregava o Estado mínimo. Agora, está diminuto.
O Estado perde o seu papel estratégico na indução da economia e perde a sua função de protagonista dos grandes arranjos nas áreas de infraestrutura e fomento à produção.
Na cabeça de Paulo Guedes, ventríloco do ultraliberalismo, o Estado não passa de mero balconista pagador de auxílios.
E assim segue o Brasil apequenado. O Bolsa Família, desfigurado, agora é Renda Brasil. E tem mais: auxílio gás, vale caminhoneiro, ajuda para taxista… e por aí vai.