O golpe de 2016 e os seus desdobramentos atuais provocaram um estrago tão grande na democracia brasileira a ponto de mobilizar os partidos de diversos naipes da esquerda em busca do centro.
Até o PSOL, criado por divergentes do PT, acena para alianças mais pragmáticas.
As legendas progressistas fazem as contas e chegam a um consenso: é preciso construir a unidade no campo democrático-popular e estender o arco político até o PSDB, se for possível.
Em outras palavras, é a Frente Ampla.
Todo esse esforço e até mesmo o sacrifício de princípios e programas partidários de legendas como o PSOL têm uma finalidade – derrotar Jair Bolsonaro em 2022.
Para além da disputa eleitoral os protagonistas da Frente Ampla visualizam uma eventual governabilidade.
Eles sabem que a extrema direita veio para ficar, independente do resultado eleitoral de Jair Bolsonaro. Ele pode perder, mas o bolsonarismo viverá!
Ao fazer o movimento em direção ao centro, a Frente Ampla visa construir um campo político de defesa da democracia, baseado em princípios republicanos e no Estado Democrático de Direito.
É preciso salvar a política e isolar a extrema direita.
Para percorrer esse caminho, vai ser necessário passar pelo centro.