Em São Luís os pais vão à escola buscar os filhos e buzinam violentamente. Nos outros carros buzina-se mais alto para revidar. O carro é a máquina de guerra. Buzina é munição. A porta da escola é o teatro das operações. Tudo isso faz parte da família.
O mais estranho de tudo isso é que o buzinaço ocorre nas portas das escolas, onde deveria haver um processo de convencimento entre pais e filhos, mediados pelas instituições de ensino, com o objetivo de educar todos sobre os bons hábitos coletivos.
Poluição não é só jogar lixo na rua e contaminar os rios, o ar e o solo. Educação ambiental passa necessariamente por bons hábitos coletivos e lixo sonoro como essas buzinas agressivas violam a paz do ambiente.
As portas das escolas são palco do retrocesso ao estado de natureza de Thomas Hobbes: a guerra de todos contra todos; ou seja, a barbárie.