O artigo atribuído ao inelegível Jair Bolsonaro, publicado hoje na Folha de São Paulo, é mais uma coisa bizarra desses tempos sombrios protagonizados pela extrema direita.
Antes de tudo, é preciso esclarecer que o suposto autor não tem competência para escrever textos conexos. O texto é artimanha de ghost writer, o autor “fantasma”, alguém que redige e cede o crédito a outrem.
A começar do título, “Aceitem a democracia“, o artigo é uma fraude do começo ao fim.
Durante toda a sua vida como parasita da política, a única e permanente defesa do ex-presidente foi pelos regimes de exceção.
Ele sempre defendeu ditadores e torturadores explicitamente. Basta recordar, durante a votação do impeachment da ex-presidenta Dilma Roussef, em 2016, o discurso do então deputado federal Jair Bolsonaro exaltando o torturador Carlos Brilhante Ustra, um dos representantes mais abjetos da ditadura militar no Brasil.
Um dos seus filhos, o senador Eduardo Bolsonaro, já serviu até de garoto propaganda de Ustra, vestindo uma camisa em exaltação ao torturador (veja imagem destacada)
Jair Bolsonaro e a sua família travaram uma guerra contra as instituições republicanas e o Estado Democrático de Direito, culminando com o golpe em 8 de janeiro de 2023, quando uma horda de extremistas invadiu e depredou as sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF em uma afronta ao resultado da eleição.
Ele e seus seguidores fanáticos derrotados nas urnas não aceitaram o resultado democrático da eleição de 2022 e tentaram dar um golpe.
Não há qualquer dúvida de que durante a sua parasitária carreira na vida pública Jair Bolsonaro atuou sempre contra todos os princípios da democracia.
Em resumo, sobre o artigo de hoje, tanto o suposto autor quanto o texto são fraudes escancaradas.