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Pastores picaretas inflacionam o mercado eleitoral

A Bíblia Sagrada está repleta de ensinamentos sobre o significado de pastor, que não se refere apenas à figura do líder dentro da igreja, mas a todo tipo de pessoa que cuida do seu rebanho, aqui entendido como coletividade.

As virtudes do bom pastor, segundo a parábola bíblica, são o cuidado, a atenção, a solidariedade, o compromisso, a benevolência, o sentimento de justiça e igualdade, mesmo nas diferenças.

O bom pastor toma conta das suas ovelhas, ou seja, trata com dignidade o seu rebanho.

A antítese do bom pastor é o mercenário ou o ladrão, segundo a Bíblia.

De uns tempos para cá, muita gente oportunista vem se passando por pastor para iludir, enganar, extorquir, vilipendiar e violentar (até sexualmente!) as suas ovelhas.

Essa gente é “formada”, ou melhor, deformada, no pior tipo de covil, tendo como deformadores figuras abjetas como Silas Malafaia, Edir Macero, Marco Feliciano, Waldomiro Santiago etc.

Esses piratas do evangelho criaram monstros que se espalham por todo o Brasil, em lugares mais remotos, nos grandes centros urbanos e até dentro das universidades.

A dita escória se apossou de uma deturpação do evangelho para militar na teologia do domínio e “entrar na política”.

Eles não só são candidatos, como também agenciam ovelhas inocentes para votar de acordo com os interesses mercenários das igrejas neopentecostais.

Em outros tempos, para um(a) candidato(a) acessar um bairro ou comunidade e fazer campanha, precisava dialogar com as lideranças das comunidades, agentes de pastoral, presidentes de associações, grupos de jovens, clube de mães, times de futebol etc.

Hoje, os pastores falsos e picaretas são os agenciadores de votos. O mercado eleitoral ficou muito caro a partir do momento em que essa escória se espalhou no país.

O voto, que já estava com o preço elevado, ficou um absurdo.

Diante dessa maldição, precisamos retomar a parábola do bom pastor e acreditar nas pessoas que verdadeiramente praticam os princípios cristãos.

A política é lugar de boas pessoas e práticas construtivas da justiça, igualdade e solidariedade.

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