Agência Tambor – O prazo para a conclusão do inquérito policial que investiga o brutal assassinato da jovem Ana Caroline encerrará no início de março.
Segundo a assessoria da Secretaria de Segurança do Estado, a partir da prisão provisória, ocorrida no último dia 31 de janeiro, “a Polícia Civil tem prazo legal de 30 dias para conclusão, podendo ser prorrogado por tempo igual, com autorização judicial”.
O delegado geral da Polícia Civil do Maranhão, Jair Paiva, disse em entrevista coletiva, realizada também no dia 31 de janeiro, que a investigação tem sido um processo “complexo, difícil”.
Um suspeito de assassinar a jovem foi preso em Maranhãozinho, o município maranhense onde o crime aconteceu. Ele foi trazido para São Luís, levado para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas e está no chamado regime de custódia, onde espera a posição da Justiça.
Consta que o suspeito negou a autoria do crime. E que não foram encontrados, até a coletiva do dia 31, antecedentes criminais. Uma investigação sobre o suspeito está sendo feita no Ceará, seu estado de origem.
A Polícia Civil diz que “os indícios criminais apontam para o preso como sendo o principal e único suspeito de cometer o crime”. A investigação, até o dia que anunciou a prisão do suspeito, ainda não indicou a motivação do crime.
E a exumação?
A Justiça determinou, a pedido da Polícia Civil, que fosse realizada exumação do corpo de Ana Caroline, que ocorreu no último dia 15 de janeiro. O laudo ainda não foi entregue.
A Secretaria de Segurança informou, no último dia 2 de fevereiro, que “o material coletado está sob análise, tão logo seja concluído será enviado para autoridade policial competente, compondo a peça do inquérito”.
A perícia está sendo feita em São Luís. O corpo havia sido enterrado no município de Centro do Guilherme, cidade natal da vítima. Ela foi sepultada sem os exames necessários para a investigação do crime.
Lesbofobia e repercussão!
Ana Caroline Sousa Campêlo, de apenas 21 anos, foi assassinada em 10 de dezembro de 2023, em Maranhãozinho.
Há suspeita de crime de ódio, por ela ser uma mulher lésbica. Seu corpo foi encontrado com sinais de tortura e mutilações. A crueldade chocou pessoas por todo o Brasil.
O caso gerou indignação, com mobilizações nas ruas de várias cidades do país e nas redes sociais.
O assassinato de Ana Caroline foi denunciado na Organização Nacional da Saúde (ONU); no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania; e no Ministério da Justiça e Segurança Pública para cobrar das autoridades respostas sobre o crime.