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Abraji denuncia ataques coordenados contra jornalistas em meio a julgamentos no STF

A Abraji denunciou, em nota pública, a escalada de ataques virtuais a jornalistas em meio aos julgamentos que ocorrem no Supremo sobre a tentativa de golpe e os atos do 8 de Janeiro.

“Profissionais como Gabriela Biló, Thaisa Oliveira, Juliana Dal Piva, Paulo Motoryn, Guilherme Amado e João Saconi, entre outros, estão sendo severamente assediados nas redes com ofensas, ameaças e exposição de dados pessoais. Os ataques são iniciados por perfis de grande alcance de líderes de movimentos, que incitam centenas de contas, muitas apócrifas, a assediar, ameaçar e ofender os alvos”, afirma a nota.

A Abraji considera repugnante e inaceitável essa prática e apoia o pedido de investigação para que responsáveis, sobretudo incitadores, sejam levados à Justiça e punidos.

Veja a nota abaixo:

A Abraji denuncia que tem crescido e se tornado cada vez mais virulenta uma série de ataques contra jornalistas nas redes sociais nos últimos dias. Trata-se de uma percepção de ação coordenada para intimidar, silenciar e descredibilizar a imprensa em meio a julgamentos, no Supremo Tribunal Federal (STF), de atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 e de seus perpetradores, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sabe-se que o jornalismo tem sido alvo constante de movimentos que tentaram e tentam fragilizar a democracia. É importante, neste contexto, lembrar que, dentro dessa estratégia de atingir a imprensa, dezenas de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas foram agredidos fisicamente durante os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro.

Agora, dois anos depois, figuras públicas incitam seguidores a atacar moral e mesmo fisicamente jornalistas, que aparecem na mira por exercerem seu papel na elucidação de fatos e da trama que levou às cenas indefensáveis daquele dia.

Profissionais como Gabriela Biló, Thaisa Oliveira, Juliana Dal Piva, Paulo Motoryn, Guilherme Amado e João Saconi, entre outros, estão sendo severamente assediados nas redes com ofensas, ameaças e exposição de dados pessoais.

Os ataques são iniciados por perfis de grande alcance de líderes de movimentos, que incitam centenas de contas, muitas apócrifas, a assediar, ameaçar e ofender os alvos.

A Abraji considera repugnante e inaceitável essa prática e apoia o pedido de investigação para que responsáveis, sobretudo incitadores, sejam levados à Justiça e punidos.

Para que o jornalismo resista como pilar da democracia brasileira é importante que se compreenda que essas ações não são aleatórias, mas coordenadas. E que o alvo, para além dos nomes citados, é todo o conjunto da sociedade, atingida em seu direito de ser informada. Acuar a imprensa, sobretudo em momentos cruciais como o que vivemos, é uma tática conhecida que merece repressão. 

Pela liberdade de imprensa, pelo direito de informar e de ser informado e pela segurança dos jornalistas.

Diretoria da Abraji, 25 de março de 2025

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