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Além das togas, falta povo na rua para derrotar o fascismo

Todo o campo democrático-popular está eufórico diante da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas por tentativa de Golpe de Estado em 2022.

A denúncia é o fato mais importante no cenário contemporâneo, no sentido de evidenciar o funcionamento das instituições fundamentais à manutenção do Estado Democrático de Direito.

Há um cenário bastante favorável para o progresso da denúncia no STF (Supremo Tribunal Federal) e uma eventual condenação dos golpistas, colocando na cadeia uma boa parte deles, liderada pelo ex-presidente.

Mas, para além do sucesso das ações no Ministério Público e no STF, é necessário retomar na sociedade um amplo processo de mobilização para fortalecer a democracia, combater a desinformação, tomar as ruas e defender as instituições.

Seria um equívoco depositar no STF toda a responsabilidade pelo combate ao campo conservador no Brasil. Se Jair Bolsonaro for preso, haverá substitutos para assumir a liderança da extrema direita.

Ao contrário do que se pode pensar, o extremismo não está dividido e sim multiplicando-se em várias facções.

Diante desse cenário, há uma tarefa gigante a ser cumprida para combater o mal maior – o fascismo.

Essa tarefa cabe aos partidos progressistas, aos movimentos sociais, aos estudantes e aos meios de comunicação do campo democrático popular e a todas as formas de organização do campo e da cidade capazes de compreender que não basta prender Jair Bolsonaro.

É preciso construir um amplo processo de resistência à onda fascista. Isso passa pela retomada do trabalho de base, da formação política e da mobilização nas ruas.

Só as togas e os paletós não serão suficientes para derrotar o monstro fascista. Vamos precisar de muito mais.

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