É sempre importante recorrer aos ensinamentos do jornalista Perseu Abramo para entender os “Padrões de manipulação na grande imprensa”, título do seu livro obrigatório para estudantes de Comunicação.
Abramo explica como alguns fatos são manipulados e também silenciados na mídia de mercado, fazendo com que determinados assuntos “não existam” porque não foram parar nas manchetes dos jornais.
Recentemente, as telas do mundo inteiro foram tomadas pela tragédia ambiental na Espanha. Choveu em um só dia o esperado para o ano inteiro, causando uma destruição de grandes proporções naquele país.
É justo que algo tão grave seja noticiado e nós sejamos solidários à dor dos espanhóis.
Mas, quase concomitante à tragédia na Espanha, o furacão Oscar passou por Cuba deixando um rastro de destruição e quase uma dezena de mortos.
As notícias sobre Cuba ocuparam poucos segundos em algumas telas e o assunto caiu no esquecimento.
Décadas de guerra e resistência
O furacão Oscar é só um detalhe. Cuba vive uma perseguição sistemática do império do capital desde a revolução socialista de 1959, agravada por uma crise energética que submete a sua população a constantes apagões.
Os Estados Unidos e o consenso ultraliberal travam uma guerra sem fim para eliminar a experiência cubana do planeta.
Um país sem analfabetos nem miséria, que conseguiu sobreviver durante décadas ao bloqueio econômico, político e cultural imposto pelo império estadunidense, precisa ser aniquilado.
E uma das formas de aniquilação é o silêncio, o apagamento, o desprezo do noticiário.
Cuba não existe para o império do capital. O país não pode ter relações comerciais com o resto do mundo, numa explícita violação das regras elementares da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Direito Internacional.
Poucos lugares no planeta sofreram um bombardeio econômico e cultural tão intenso como Cuba ao longo de tanto tempo, desde a revolução socialista de 1959.
Trata-se de uma guerra econômica e cultural para exterminar o modo de vida cubano, que construiu uma sociabilidade completamente distinta do modo capitalista de produção.
Em Cuba, dois pilares básicos da humanidade, educação e saúde, não são tratados como mercadoria.
Tambor rufando
É por isso que a tragédia em Cuba não é notícia na mídia de mercado, mas é na Agência Tambor!
Diversas organizações nacionais e internacionais realizam uma campanha de solidariedade a Cuba e esse tema foi pauta no Jornal Tambor.
Veja abaixo a entrevista com a educadora Régina Galeno sobre o apoio a Cuba nesse momento tão difícil.
As doações para o povo cubano podem ser feitas na sede do Armazém Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis.
Se a mídia imperialista esconde Cuba, a Agência Tambor mostra.
O jornalismo de guerrilha tem compromisso com a defesa da soberania, da justiça social e da solidariedade internacional também.