O trabalho de mapeamento dos grupos de bumba-meu-boi da Grande Ilha – Caminhos da Boiada –,realizado há um ano pela professora doutora Letícia Cardoso, do Departamento de Comunicação da UFMA, por meio do Grupo de Estudos Culturais do Maranhão (Gecult), ganha a adesão do projeto de Economia Criativa do Sebrae em sua segunda etapa.
Após a conclusão dos primeiros dados do mapeamento, que já contempla dados de quase 90 grupos de bumba meu boi, em seis sotaques, o projeto em sua nova fase agrega a continuidade da coleta de dados visando a identificação de todos os grupos localizados nos municípios de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa e outros que, mesmo originários do interior do estado, tem sedes na capital.
A participação do Sebrae contempla também a geração de conteúdo para o ambiente digital, documentação em áudio visual, construção de site e de um aplicativo que vão tornar bem mais ágil o acesso às informações coletadas. Outra vertente será a articulação com as ações de Turismo Criativo, tomando as informações como base para criação de roteiros de turismo de experiência e de base comunitária.
“Com essa parceria, vamos fortalecer as práticas culturais de empreendedores criativos pertencentes a esses grupos, valorizando um trabalho que é desenvolvido durante o ano inteiro pelos grupos de bois e, ao mesmo tempo, planejar para a qualificação e preparação desses criativos para captar recursos e empreender com sustentabilidade”, explica a coordenadora de Produtividade e Tecnologia na Inovação do Sebrae, Danielle Abreu.
Mapeamento mostra vigor do bumba-meu-boi
Há um ano, o projeto Caminhos da Boiada trabalha na perspectiva de identificar quem são e onde estão instalados grupos da brincadeira na Grande Ilha. Os dados levantados mostram a existência de cerca de 90 grupos em atuação no território. A previsão é que os dados já coletados estejam disponíveis em ambiente digital até o mês de julho.
O trabalho é fruto do Grupo de Estudos Culturais do Maranhão (Gecult), da UFMA, associado ao programa de pós-graduação em Comunicação da instituição, o PPGCOM. Coordenado pela pesquisadora Letícia Cardoso, do PPGCOM de Imperatriz e docente do Departamento de Comunicação da UFMA, o grupo conta ainda com pesquisadores colaboradores das áreas de Turismo (prof. David Bouças) e Informática (prof. Francisco Silva), além de alunos de mestrado nos três campos de conhecimento, em um total de 11 pessoas.
A ideia do mapeamento surgiu da constatação da ausência de dados atualizados sobre os grupos como base para projetos de pesquisa e formulação de políticas para o setor cultural. E também das necessidades dos grupos no que se refere à preparação para empreender e captar recursos.
“Em nossas pesquisas, de forma recorrente, precisávamos de contatos e informações sobre os grupos e não tínhamos onde encontrar. Isso gerou inquietação, até decidirmos construir o mapeamento, incluindo dados como endereço, localização georreferenciada, nomes dos líderes, telefones, sotaques, redes sociais dos grupos”, explica a professora Letícia Cardoso. Esses dados, completa ela, “servirão para a formulação de ações de apoio aos grupos ao longo do ano e também para perpetuar e difundir essa importante expressão do patrimônio imaterial brasileiro, que é o bumba meu boi”.
Imagem destacada / Projeto identifica grupos de bumba meu boi na Grande Ilha: exuberância para além dos arraiás / Fonte: Ascom Sebrae
Uma resposta em “Pesquisa sobre mapeamento de grupos de bumba meu boi tem apoio do Sebrae”
sigamos o exemplo do pernambuco na
afirmação-assunção de nossas festas
desde que não faça mais domesticado
esse auto dramático nascido na senzala
do que fazem até aqui mercado e estado
perseguindo e reprimindo quem o brincava
mas fazendo cada vez mais identificado
com ele nosso povo – tradição valorizada