Nota do Diretório Nacional do PT reafirma sua solidariedade ativa ao governo Lula nos primeiros e importantes passos e no rumo da reconstrução e transformação do país
Neste 10 de abril de 2023, quando se completam os primeiros cem dias do novo governo do presidente Lula, o Diretório Nacional do PT vem destacar os marcantes avanços conquistados em tão curto período, além de expressar nossa firme confiança na consolidação, ao longo do mandato, do projeto de reconstrução e transformação do país aprovado nas urnas em outubro de 2022.
Cumprindo compromissos fundamentais com a imensa maioria da população, o governo retomou e aperfeiçoou políticas públicas de inclusão, combate às desigualdades e promoção da justiça que sempre estiveram no centro dos programas do PT. A reversão destas políticas, iniciada no golpe de 2016 e aprofundada no governo da extrema-direita, levou o país a uma gravíssima crise social.
Aquele retrocesso, que se estendeu à economia, à administração, aos orçamentos e até às relações internacionais, foi claramente diagnosticado pela equipe de transição de governo, de forma a orientar ações que marcam o início do mandato, tais como:
. A retomada do Bolsa Família, mais justo e mais forte;
. A reconstrução do Minha Casa Minha Vida, para gerar empregos e garantir moradia a 2 milhões de famílias;
. O fim do arrocho do salário-mínimo, que voltou a ter reajuste real, acima da inflação;
. O início da correção da tabela do Imposto de Renda, beneficiando milhões de trabalhadores assalariados;
. O programa Mais Médicos Para o Brasil, que vai contratar 25 mil profissionais para a população desassistida no interior e nas periferias;
. A retomada do Programa Nacional de Imunização, para que nunca mais se repita o genocídio provocado pelo governo anterior durante a pandemia de Covid-19.
. O início da retomada de milhares de obras públicas paralisadas, que prenuncia um grande programa de infraestrutura com recursos públicos e privados;
Somam-se a estas iniciativas os compromissos reafirmados com o financiamento e apoio à agricultura familiar, à agricultura empresarial, indústria e serviços, aos pequenos e médios empreendedores, mobilizando agências, bancos e empresas públicas e estatais.
O compromisso com a retomada do papel estratégico da Petrobrás no desenvolvimento, a suspensão de seu desmonte e da privatização de outras empresas públicas e estatais reafirmam o papel do estado brasileiro na retomada do crescimento econômico, num ambiente capaz de propiciar e atrair o investimento privado produtivo.
O povo brasileiro e os agentes econômicos, dentro e fora do país, conhecem o compromisso de nossos governos com a garantia da estabilidade, o combate à inflação e a saúde das contas públicas. Conhecem da mesma forma nosso compromisso com a urgência da retomada do crescimento econômico do país.
É neste sentido que apoiamos a firme posição do presidente Lula contra a política monetária suicida imposta pela diretoria do Banco Central que vem do governo anterior.
E é neste sentido que saudamos o fim da nefasta Lei do Teto de Gastos e nos preparamos para debater, no interior do Partido, no Congresso e na sociedade, as propostas de novas regras fiscais e de reforma tributária, tão logo sejam completamente conhecidas, reafirmando que a prioridade da política econômica é o desenvolvimento, a reindustrialização e o crescimento com geração de empregos e oportunidades”.
São também de enorme relevância, nestes cem primeiros dias, a criação, recriação ou fortalecimento de instituições como os ministérios das Mulheres, dos Direitos Humanos, da promoção da Igualdade Racial, dos Povos Originários, da Cultura, além de instâncias de diálogo e participação social como o CDES, os conselhos e conferências nacionais.
Mulheres, negros e negras, indígenas, pessoas LGBTQIA+ e milhões de excluídos estão voltando a ser reconhecidos como cidadão e cidadãs de direito e de fato por um governo que restabelece valores democráticos e civilizatórios. Exemplos dessa grande mudança são a revogação dos decretos armamentistas do governo anterior e outros dispositivos retrógrados que a afetavam a Cultura, a Educação, os Direitos Humanos e a transparência da administração.
Eleito com estes compromissos históricos e com o apoio de uma ampla frente partidária, política e social em defesa da democracia, o novo governo do presidente Lula ficará marcado, ao longo da história, pelo enfrentamento e superação da tentativa de golpe de estado de 8 de janeiro. A repulsa àquele episódio uniu as instituições e as mais expressivas forças sociais, demonstrando que o Brasil não vai renunciar à democracia duramente conquistada. Os agentes, incentivadores e financiadores da tentativa de golpe, militares ou civis, responderão por seus crimes.
Os primeiros cem dias do governo marcam também o retorno vigoroso do Brasil ao convívio com as nações, superando um isolamento imposto de maneira arbitrária e danosa pelo governo anterior. O Brasil está de volta ao projeto de integração regional da América do Sul, à CELAC, aos BRICS, à cooperação com os países da África, aos grandes fóruns internacionais, promovendo a paz, o diálogo e o desenvolvimento.
O Diretório Nacional do PT reafirma sua solidariedade ativa ao governo Lula, nos primeiros e importantes passos e no rumo da reconstrução e transformação do país. Seguiremos cada vez mais presentes na defesa deste projeto, na construção de sua base de apoio na sociedade e no Congresso, em nome do povo brasileiro que é a razão da existência de nosso partido.
Contra a violência
O Diretório Nacional do PT se soma a todas as vozes que repudiaram os inomináveis atentados ocorridos em unidades escolares. Solidarizamo-nos com as famílias das vítimas, várias delas crianças indefesas. E reafirmamos nosso compromisso de tomar e apoiar todas as medidas necessárias para superar a herança de ódio e violência disseminada pela extrema-direita, sua cultura de agressão, seu estímulo à disseminação de armas, ao fundamentalismo, ao racismo, ao feminicídio, a agressão contra os LGBTQIA, bem como nosso repúdio à atuação sem freios de grupos de ultradireita, inclusive nazistas.
Brasília, 10 de abril de 2023
DIRETÓRIO NACIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES
Uma resposta em “100 dias de reconstrução do Brasil”
juros que demonstram
colonialismo e escravidão
e se os 53 por cento
que quem trabalha produz
ficassem no orçamento
não o secreto – mas à luz
do auto-desenvolvimento?