Cidades de cor e fé é mais nova exposição que o artista visual Fábio Vidotti apresenta no Centro Cultural Casa Gamela, na Avenida Gonçalves Dias, nº 883, no centro da cidade balneária de São José de Ribamar, na Ilha de São Luís.
“Estamos apresentando nessa exposição telas que refletem a religiosidade do povo maranhense, em especial de Ribamar, uma cidade em que a população é maior símbolo dessa fé e que transformou o local em um lugar sagrado”, refletiu.
Vidottiu contabiliza que, na exposição, são cerca de 20 telas de igrejas, onde utiliza a técnica de tinta acrílica com espátula, além de uma tela grande em homenagem à Praia Grande com a técnica dedos pincel e tinta óleo, e “Cenas Urbanas”, onde utiliza dedos/pincel a tinta óleo.
Mineiro, de Belo Horizonte, Vidotti possui um trabalho diversificado, com temas múltiplos que enfatizam as várias faces de um artista sempre em renovação.
Entre tantas vertentes e material plural que utiliza em seus trabalhos, destaque para as placas em assemblers com temas de telhados e embarcações, em tons marrons, que integram a série “O Grito”.
Antenado e preocupado com questões e temas que merecem reflexão, Vidotti disse que as placas em assemblers representam “um grito de socorro, indignação e justiça dos moradores, vítimas das tragédias ambientais como as de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais”.
O artista também já apresentou “Experimentação e Cores”, uma exposição que contou com 35 telas produzidas com as técnicas acrílica e tinta óleo, resultante de cinco anos de observação dos bailados e movimentos da cultura popular maranhense.
Nesse outro olhar e em outras perspectivas, Vidotti assinalou que optou por “traduzir alguns dos movimentos, como o bailado das penas do bumba meu boi, uma grande fonte de riqueza de cores e movimento da cultura popular do Maranhão”.
Com mais de meio século dedicado às artes visuais, Vidotti é um artista que passeia pelo mundo da pintura e da escultura, expressando sentimentos e emoções em “Múltiplas Linguagens”, exposição que incluiu ainda pinturas feitas com giz de cera, produzidas com transgressão aos formatos tradicionais, cores e linguagens.
Em suas pinturas também apresenta cenas urbanas e abstrações. Como escultor, a sua marca registrada são os “Guerreiros”, confeccionados em aço e ferro reciclados, que têm características únicas em trabalhos que chamam a atenção do público pela beleza e plasticidade das obras.