Duas considerações a fazer:
1 – Orientado pelos seus marqueteiros do mal, Jair Bolsonaro deletou – apenas por hoje – a hastag #globolixo e não perdeu a chance de falar para milhões de brasileiros no telejornal de maior audiência do país. Foi uma decisão acertada do ponto de vista da estratégia eleitoral.
2 – Seguindo a orientação dos mesmos marqueteiros, ele fez uma personagem equilibrada, conteve os seus costumeiros rasgos de violência verbal e, provavelmente sob efeito de remédios, parecia sereno.
Resumo: o entrevistado foi muito bem orientado para não perder o ensejo de aparecer no palco privilegiado da TV Globo.
Ele soube manejar bem a técnica da mentira, atuando com firmeza e convicção, mesmo diante das evidências e dos contrapontos de William Bonner e Renata Vasconcelos.
A entrevista foi um teste e um aperitivo do que vem aí na campanha eleitoral de rádio e televisão.
O Jair Bolsonaro do Jornal Nacional demonstrou ser mais perigoso do que se pensava.
Ele não acredita no que diz, mas tem convicção de que as suas mentiras, bem ditas, têm efeito maldito no jogo sujo da comunicação.