A Associação dos Professores da Universidade Federal do Maranhão (Apruma), seção sindical do Andes, publicou hoje uma nota de apoio à professora do Departamento de Medicina III/UFMA, Marizélia Ribeiro.
Ex-diretora da Apruma na gestão 2012-1014, a docente foi intimidada por uma bolsonarista, após compartilhar uma publicação alusiva ao comportamento genocica do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia covid19.
Entenda o contexto aqui e leia a nota da Apruma abaixo:
A Diretoria da APRUMA – Seção Sindical do ANDES vem a público repudiar veementemente as ameaças sofridas pela professora do Departamento de Medicina III, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a pediatra Marizélia Ribeiro, Ex-Diretora da APRUMA (Gestão 2012-2014) e sindicalizada desde 04.05.1993, que no último sábado, dia 20.03.2021, em resposta ao compartilhamento de um print no dia 18.03.20121, com a palavra “genocida” e o retrato do presidente Jair Bolsonaro, foi advertida em tom ameaçador por uma colega: “Cuidado professora.”
As ameaças foram desferidas por uma professora do Departamento de Saúde Pública, que também é filiada à APRUMA, o que nos impõe ainda maior responsabilidade em expressar os princípios que guiam o movimento docente que construímos, como também o desafio pedagógico de levar a reflexões colegas sindicalizados que têm se aproximado do bolsonarismo e, com isso, negado a ciência e a tragédia que se tornou a pandemia da Covid-19 no nosso País, tornando-se vetores de propagação do ódio e do neofascismo.
Quando a Profa. Marizélia foi surpreendida por sua colega com as postagens fazendo alusão a uma organização que se apresenta pela sigla OACB (Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil), que manda: “Se você receber ou deparar com vídeos, fotos ou qualquer outro tipo de postagem ofensiva ao Presidente Jair Bolsonaro, sua família e membros do seu governo, seja por parte de políticos, artistas, professores ou qualquer um do povo, envie o material para o e-mail secretariageral@oacb.org.br.” (destacamos professores), e em seguida a sentença da colega: “Cuidado professora”, só podemos interpretar que a ameaça, a intimidação foi endereçada a categoria docente.
Com este entendimento, que ameaças, baseadas em apologias fascistas, projetadas por qualquer sujeito, como as de agora disparadas por uma colega das lides do Sindicato, carecem imediata contestação e denúncia. A despeito do princípio da pluralidade política defendido por esta Diretoria, neste caso, trata-se de comportamento inaceitável que necessita de imediata reparação e retratação pública, vez que suas palavras foram encaminhadas de modo geral aos que se dedicam diuturnamente ao ofício de professora/professor.
A Diretoria da APRUMA, confirma sua posição em favor da ciência, das medidas sanitárias restritivas para conter a Pandemia da Covid-19, da luta contra o governo genocida de Jair Bolsonaro e dispõe da Assessoria Jurídica da APRUMA para acompanhar todo ato de ataque às lutadoras e lutadores que, incansavelmente, denunciam este governo de morte, que no caso da Profa. Marizélia já está com todo apoio jurídico necessário.
Em defesa da vida, vacina para todos e todas, já!
Fora Bolsonaro!
São Luís, 22 de março de 2021
APRUMA – Seção Sindical
Gestão 2020-2022