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“Aliança pelo Brasil” e Fundo Eleitoral negam a “nova política” de Jair Bolsonaro

A fatia não fanática do eleitorado conservador está diante de novas contradições do governo liderado pela família Bolsonaro.

Em apenas um ano, várias promessas de campanha foram negadas no âmbito do que seria a propalada “nova política”.

Derrotados na disputa pelo controle do PSL, no degradante episódio cunhado como “guerra das listas”, o presidente e seus filhos buscaram o caminho tradicional tão criticado por eles – criar um novo partido para sugar recursos do Fundo Eleitoral.

Em fase de organização burocrática, a nova legenda bolsonarista denominada “Aliança pelo Brasil” está de olho na vultosa soma de R$ 2 bilhões do Fundo Eleitoral.

Bisonha, a identidade visual da “Aliança” cravada de munições carrega a pólvora onde ardem as promessas de “fazer diferente de tudo que está aí”, como diziam os pregoeiros da nova política.

A criação do partido presidencial veio após intensas trocas de insultos entre ex-aliados e colaboradores caninos de primeira linha do PSL. Outrora admiradores do mito, alguns não economizaram adjetivos para chamar o presidente de vagabundo, traidor e outros epítetos desconfortáveis.

Toda aquela lama girava em torno de algo objetivo – o controle da montanha de dinheiro do PSL no Fundo Eleitoral. Os filhos de Bolsonaro queriam a chave do cofre, mas o trunfo não ficou com eles.

A guerra pelo domínio do PSL foi apenas um entre tantos episódios tóxicos nesses primeiros doze meses. Quando a investigação sobre as relações com os milicianos avançou no rumo de Fabrício Queiroz, eis que seu ex-chefe, Flávio Bolsonaro, correu ao STF para buscar o foro privilegiado, algo tratado até recentemente na campanha eleitoral como coisa de bandido.

A desidratação de Jair Bolsonaro nas pesquisas vem ainda de outras medidas como a adição do 13º pagamento da Bolsa Família, programa social rejeitado com os piores adjetivos pelo eleitorado conservador.

Parte dessa leva de votantes diz ser o Bolsa Família uma perigosa arma do comunismo brasileiro; outros, tratam o programa social como bolsa esmola que só serve para viciar preguiçosos e miseráveis.

E assim caminha Bolsonaro, negando quase tudo o que disse e, por outro lado, flertando com os programas sociais que deram certo nos governos petistas.

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