O desenho de uma fissura na base do governador Flávio Dino (PSB) parece ganhar traços mais definidos depois que ele acenou fortemente para o apoio à candidatura de Carlos Brandão (PSDB) em 2022.
Durante a reunião entre os partidos aliados, o governador afirmou a sua preferência pelo tucano, mas estendeu o prazo para o diálogo entre as legendas até 31 de janeiro, quando finalmente o martelo será batido e a ponta virada.
A opção de Flávio Dino por Carlos Brandão praticamente empurrou o senador Weverton Rocha (PDT) para a oposição, embora ele tenha elogiado a postura respeitosa do governador na reunião dos aliados.
Muitos consideram um cenário impossível, mas a dinâmica da política pode justificar tudo, inclusive uma chapa que poderia pacificar todas as forças: Brandão governador, Weverton vice e Dino praticamente imbatível para o Senado.
Brandão, se vencer em 2022, terá apenas um mandato, até 2026, visto que não pode ser reeleito porque vai assumir o governo em abril do próximo ano. Nessa circunstância, o eventual vice Weverton teria quatro anos para organizar o seu projeto de ser governador do Maranhão em 2026 sem esperar muito e nem abrir um conflito acirrado na base de Flavio Dino.
Seria um palanque abençoado por Lula, fator importantíssimo a considerar em se tratando de voto no Maranhão.
Mas, se houver a federação partidária entre PT, PSB e PCdoB, com a migração de Carlos Brandão do PSDB para o PSB, o jogo muda para outra configuração, que não incluiria Weverton de vice.