Fonte: Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD)
O pluralismo político é um dos fundamentos de nossa Constituição Federal. A liberdade de expressão é princípio de nosso modelo de democracia, não podendo conviver com práticas ditatoriais
A denúncia publicada sexta-feira (24) em vários portais, como Uol e Revista Época on line, sobre a existência de uma ação sigilosa, com produção de um dossiê elaborado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, para monitorar 579 servidores identificados como militantes antifascistas, em sua maioria policiais e agentes de segurança e, ainda, dois ex-secretários nacionais de segurança pública e um ex-secretário nacional de Direitos Humanos é gravíssima.
Há menos de dois meses uma lista de pdf com mais de 900 nomes foi enviada no WhatsApp de jornalistas. Homens e mulheres de diferentes idades e profissões foram listados com alguma identificação “antifascista”.
As tentativas de perseguição aos militantes que se opõem ao governo Jair Bolsonaro têm se repetido como tática de intimidação. Típica de regimes autoritários, a criação de listas de identificação de pessoas e movimentos da sociedade civil demonstra que o governo de Jair Bolsonaro não possui qualquer respeito pela liberdade de expressão e de organização.
Dossiês dessa natureza, além de seu caráter claramente intimidatório, merecem o repúdio veemente de toda a sociedade, e requerem uma resposta institucional e urgente dos poderes legitimamente constituídos e órgãos de controle, Ministério Público, Poder Legislativo e Poder Judiciário.
O pluralismo político é um dos fundamentos de nossa Constituição Federal. A liberdade de expressão é princípio de nosso modelo de democracia, não podendo conviver com práticas ditatoriais.
A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia – ABJD, além de se solidarizar com todos os atingidos por essa ação espúria e ilegal, exige o esclarecimento, por parte do Sr. Ministro da Justiça, André Mendonça, sobre a informação divulgada e repudia a montagem de dossiês para identificar e perseguir opositores ao governo de Jair Bolsonaro.
2 respostas em “ABJD repudia ‘arapongagem’ no governo Bolsonaro contra movimentos antifascistas”
meu repúdio a qualquer perseguição
seja de quem vier ou de que lado seja
sei o que é isso na minha disposição
de não me render onde quer que esteja
sendo preto pobre prostituta periferia
já temos de carregar a estigmatização
e os estereótipos ao sabor da “bandícia”
sendo organizadamente de luta e ação
como todas e todos os que reagem ainda
a este antigoverno movido à intimidação
meu solene desprezo a qualquer facínora
seja de “direita” ou “esquerda” a posição
bandícia aqui é um neologismo
para identificar a “nossa” polícia
que usa a farda com banditismo
de dia é polícia de noite é milícia
e na “abordagem” é a prova disso
pois isso comigo se deu em brasília
e mais recente em unaí: o covardismo
na primeira me agridem com fotografia
na segunda um policial me rouba cinco
reais do troco da gostosa mineira pizza
desequilíbrio político-policial com afinco
é a desgraça contra quem paga esta “polícia”