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Discurso de Bolsonaro contra ambientalistas cai por terra em Alter do Chão

O bolsonarismo teve dupla derrota no episódio das queimadas em Alter do Chão, território localizado em Santarém, no Pará.

Primeira: a Justiça mandou soltar os quatro brigadistas voluntários que estavam presos há dois dias, acusados de atear fogo na mata para receber doações de ONGs ambientalistas.

De acordo com a decisão judicial, não existem provas concretas de que os brigadistas tenham provocado os incêndios.

Segunda: o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), determinou a substituição do delegado que conduzia a investigação.

A prisão intempestiva dos brigadistas gerou uma comoção internacional das organizações ambientais, inclusive com denúncias de que a investigação da Polícia Civil estaria eivada de equívocos e fora tendenciosa.

Já o Ministério Público Federal (MPF) emitiu nota afirmando que desde setembro havia uma investigação da Polícia Federal sobre os incêndios e isentava os brigadistas da participação.

Em outra linha de investigação, o MPF aponta grileiros como suspeitos de atear fogo nas áreas de floresta em Alter do Chão.

A posição do MPF desmascara o discurso do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales. Ambos já vinham se manifestando nas redes sociais com declarações acusatórias tentando associar as organizações ambientalistas às queimadas na Amazônia.

Os dois estão desqualificados pela nova linha de investigação, que agora segue o rastro da grilagem de terras para desvendar os verdadeiros culpados pelos crimes ambientais em Alter do Chão.

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