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Abraço Maranhão realiza oficina de radiojornalismo em Santo Amaro

A Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço) no Maranhão realiza oficina de radiojornalismo nos dias 27, 28 e 29 de abril, na cidade de Santo Amaro, no Centro de Artesanato. O evento é destinado aos comunicadores dos municípios da região dos Lençóis Maranhenses e vale do Munim (veja abaixo como fazer a inscrição).

As atividades começam dia 27 (sexta-feira), às 19 horas, seguem dia 28 (sábado) das 8h às 19h, encerrando domingo ao meio dia, com a entrega de certificados aos participantes. Durante a oficina serão ministrados conteúdos teóricos e práticos sobre redação da notícia, reportagem e atividade prática com a produção de um radiojornal.

Na abertura do curso haverá palestras sobre aspectos técnicos e jurídicos que envolvem as rádios comunitárias, ministradas respectivamente pelo engenheiro Fernando Cesar Moraes e pelo advogado Fernando Augusto Câmara Moraes.

Sábado (28) pela manhã o tema principal será a atuação da Coordenação de Gênero e do Coletivo de Mulheres, duas instâncias da Abraço Maranhão que atuam na valorização e garantia dos direitos das mulheres, especialmente sobre a organização das comunicadoras nas rádios comunitárias e acerca dos conteúdos voltados para a questão de gênero.

A oficina de radiojornalismo em Santo Amaro é organizada com apoio da rádio Lençóis FM, sob a coordenação de Alione Pinheiro, diretora de Gênero e Etnia da Abraço Maranhão.

“O objetivo da oficina é estimular nos comunicadores e comunicadoras o interesse pelo jornalismo nas emissoras comunitárias e fomentar a criação de uma rede de radialistas que possam produzir conteúdo educativo-cultural”, explica o professor o curso de Rádio e TV da UFMA e presidente da Abraço Maranhão, Ed Wilson Araújo.

Os participantes da oficina terão direito a certificado expedido pela Abraço Maranhão.

Inscrição

A inscrição pode ser feita pelo fones / WhatsApp: +55 98 8818-1573 (Marcia), +55 91 9608-9350 (Alione) ou Zé Maria (+55 98 9605-9113).

O valor individual da inscrição é R$ 30,00 (trinta reais), com direito a hospedagem, alimentação e certificado.

Ao fazer a inscrição, o(a) radialista deve informar seu nome completo, o nome da emissora, o município e o telefone.  Pode participar uma pessoa de cada rádio, a fim de assegurar o maior número de emissoras na oficina.

Parceria

A Agência Tambor é parceira da Abraço Maranhão no programa de capacitação das emissoras comunitárias, com o objetivo de fortalecer as iniciativas voltadas para a democratização da comunicação.

A Agência Tambor criou recentemente a rádio web Tambor e transmite diariamente um radiojornal, das 11h às 12h da manhã, com notícias, comentários e entrevistas pautando os temas vinculados aos direitos humanos, cidadania e democracia.

Fundada em março de 2018, a Agência Tambor é uma iniciativa da Sociedade Maranhense de Mídia Alternativa e Educação Popular Mutuca, em parceria estratégica com a Abraço, Sindicato dos Bancários do Maranhão, Jornal Vias de Fato e outras organizações sociais que atuam em apoio à comunicação livre, popular, comunitária e alternativa.

Para acessar a Agência Tambor, clique aqui

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Rádio web Tambor entrevista Guilherme Boulos e Inaldo Gamela

A rádio web Tambor estreia nesta terça-feira (3 de abril) o programa Jornal Tambor, com duas entrevistas. A emissora vai receber o pré-candidato a presidente da República pelo PSOL, Guilherme Boulos; e o líder indígena Inaldo Kum`tum Akroá Gamela.

O Jornal Tambor vai ao ar às 11 horas da manhã e pode ser acessado neste site. As entrevistas também serão transmitidas nos perfis das redes sociais da Agência Tambor. (https://www.facebook.com/agenciatamborradioweb/)

Além da veiculação na web e pelas redes sociais, o Jornal Tambor será disponibilizado para retransmissão nas emissoras comunitárias vinculadas à Abraço (Associação Brasileira de Rádios Comunitárias no Maranhão), entidade que integra a Agência Tambor, juntamente com o jornal Vias de Fato e a Teia de Povos e Comunidades Tradicionais, com apoio do movimento sindical.

Para acompanhar as entrevistas, nesta terça-feira (3), acesse o site agenciatambor.net.br

Veja o perfil dos entrevistados:

Guilherme Boulos

É membro da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pré-candidato a presidente da República pelo PSOL.

Inaldo Kum`tum Akroá Gamela

Agente pastoral, foi coordenador da Comissão Pastoral da Terra no Maranhão (CPT-MA). Indígena Gamela, vive hoje novamente na Baixada maranhense, lutando ao lado do seu povo pela retomada das terras que lhes foram roubadas.

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Após mobilização da Abraço, comissão do Senado aprova projeto que beneficia rádios comunitárias

Depois de passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o texto segue agora para análise da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), que terá decisão final sobre a proposta

As rádios comunitárias poderão vir a ser beneficiadas pela Lei de Incentivo à Cultura, segundo determina o Projeto de Lei do Senado (PLS) 629/2011, do senador Paulo Paim (PT-RS), que foi aprovado nesta terça-feira pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

A proposição inclui o serviço de radiodifusão comunitária entre as atividades passíveis de receber recursos por meio do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). Instituído pela Lei Rouanet (8.313/1991), o programa permite que empresas e pessoas físicas destinem a projetos culturais, como doação ou patrocínio, parte do Imposto de Renda devido.

Paim argumenta que o problema do financiamento das rádios comunitárias nunca foi resolvido adequadamente. As emissoras prestam serviços de utilidade pública e de integração das comunidades onde estão instaladas, mas muitas têm dificuldade em se manter e correm o risco de encerrar suas atividades, afirma o senador.

A aprovação do projeto na CAE deve-se também à mobilização realizada pela Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço), que vem dialogando com os parlamentares e reivindica a inclusão das emissoras nos programas de acesso aos recursos públicos.

No período de 20 a 22 de fevereiro, representantes de associações estaduais de rádios comunitárias e a direção nacional da Abraço estiveram no Congresso e percorreram os gabinetes de vários senadores com o objetivo de sensibilizá-los sobre a necessidade de contemplar as emissoras nos critérios da Lei Rouanet.

“Agradeço a todos os setores que dialogaram com a senadora Lúcia Vânia. A rádio comunitária fala na base, com o nosso povo e a nossa gente. Projeto bom é projeto aprovado”, declarou Paim.

Restrição

A lei que instituiu o Serviço de Radiodifusão Comunitária (9.612/1998) impede essas rádios de obterem receita por meio de propaganda comercial, para que sua função não seja deturpada por interesses econômicos.

A legislação permite apenas que recebam patrocínio (sob forma de apoio cultural) de estabelecimentos situados na área da comunidade atendida. Essa fonte de recursos, porém, tem se mostrado insuficiente para manter as emissoras, diz Paim. Na opinião dele, uma das maneiras de garantir recursos ao setor é incluir as rádios comunitárias na Lei de Incentivo à Cultura.

Relatora do projeto na CAE, Lúcia Vânia (PSB-GO) deu parecer favorável. A senadora afirma em seu relatório que é importante buscar fontes alternativas para o financiamento da radiodifusão comunitária. Ela propõe uma emenda para determinar que as rádios passíveis de receber o apoio deverão ter pelo menos 80% da programação de caráter cultural. O objetivo da emenda, explica, é reforçar o papel das emissoras na difusão da cultura.

Debates

Na fase de debates os senadores apoiaram a iniciativa. O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) lembrou que já visitou várias emissoras comunitárias no interior do Tocantins e citou as dificuldades enfrentadas por radialistas, voluntários e outros profissionais do setor.

— O Tocantins sofre com falta de internet e sequer há TV em alguns lugares. Há localidades em que a troca e a difusão de informações são feitas somente por rádios comunitárias — afirmou.

A senadora Simone Tebet destacou a importância das rádios comunitárias, principalmente no interior do Brasil. Ela defende o apoio as rádios para que se mantenham e tenham condições mínimas de trabalho. “Quero parabenizar o autor do projeto, senador Paim, pois essas rádios, em sua maioria, são o único meio de comunicação dessas comunidades”, disse.

Tramitação

Depois de passar pela CAE, o texto segue agora para análise da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), que terá decisão final sobre a proposta. Como a CE é presidida por Lúcia Vânia, a senadora Simone Tebet (PMDB-MS) sugeriu que a colega mesma pegue para si a relatoria a fim de que o projeto tramite o mais rápido possível.

Com informações da Agência Senado