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As músicas desconhecidas de Belchior e Frédéric Pagès

Ed Wilson Araújo

Os alunos têm sempre algo a ensinar para os professores. Esse é o principal sentido de Paulo Freire. E foi assim na primeira aula da disciplina Roteiro para Rádio de 2020. Durante a interação com os estudantes, informei a turma sobre o evento “Diálogos Insurgentes”, que teria a participação dos artistas Frédéric Pagès e Celso Borges.

Ao anunciar o evento contei aos alunos que Pagès, quando jovem, participou ativamente do movimento Maio 68. Logo depois o aluno Ailton Lima sacou uns versos da música Os profissionais, de Belchior, cuja letra é uma crítica ácida aos jovens rebeldes que se converteram em yuppies.

Eu nunca tinha ouvido Os profissionais e fiquei impressionado diante da inventividade do saudoso Belchior com aquela música cantada em um ritmo totalmente estranho ao seu estilo. Isso, por si só, já seria uma provocação?!

Logo na primeira estrofe, ele pergunta e responde:

Onde anda o tipo afoito
Que em 1-9-6-8
Queria tomar o poder?
Hoje, rei da vaselina,
Correu de carrão pra China,
Só toma mesmo aspirina
E já não quer nem saber.

A música é atualíssima para entender os recuos de alguns rebeldes que se entregaram ao sistema, convertidos aos seus próprios interesses, ajoelhados diante da luz feiticeira do vil metal. Na vasta floresta dos idealistas, Belchior distingue os revolucionários dos “yuppies sabor baunilha”, parâmetro para o “herói de boutique / dos chiques profissionais”.

Realizado pelas secretarias de Direitos Humanos (Sedihpop) e Ciência e Tecnologia/Inovação (Secti), os “Diálogos Insurgentes” das águas de março trouxeram ao palco o tema “arte e resistência”, abordados por Frédéric Pagès e Celso Borges em um animado bate-papo com a plateia, no teatro Alcione Nazaré.

Em tempos de avanço das forças conservadoras e do obscurantismo, a dupla palestrante colocou a arte em seu devido lugar, ou fora de qualquer enquadramento, visto que na interpretação de Borges e Pagès a criação estética é visceral e transgressora. Quando age, engendra sedução, inquietude e subversão, carregando a imensurável força de reencantar a realidade. Em tudo isso, arte tem poder!

No dia seguinte aos “Diálogos Insurgentes”, Frédéric Pagès participou da roda de conversa “Literatura (en)cantada: empoderar-se da língua”, juntamente com a professora Joelma Correia (UFMA) e o músico Wesley Sousa. O trio tratou com carinho as relações entre Pedagogia e arte para um auditório lotado e perseverante, no campus do Bacanga.

Pagès relatou sua afinidade com o pensamento de Paulo Freire e Darcy Ribeiro, sintetizando a longa jornada do processo de formação do ser humano: “Educação é tarefa para a vida inteira”, cravou.

Em Diadema, na grande São Paulo, o francês desenvolveu um projeto com jovens da periferia, construindo junto com rappers o protagonismo de um refinado material didático sobre Literatura, envolvendo texto, música e performance.

No experimento de Diadema, a pedagogia sonora é o esteio da Literatura que, cantada, encanta. Assim, um texto Machado de Assis ganha vida na música. Esse trabalho de transposição passa por um navegar de corpo e alma no universo das palavras corporificadas na voz dos intérpretes rappers.

Escritor, cantor, compositor e produtor, Frédéric Pagès desenvolve suas atividades na música e na Literatura entre a França e o Brasil há 40 anos, período em que participou de inúmeros projetos culturais de intercâmbio entre os dois países.

Entre outras “artes”, em 2019 Pagès se autoproclamou presidente da França, inspirado no ator brasileiro José de Abreu.

Na sua estada em São Luís ele apresentou canções e poemas no pocket show “Passion Brésil”, versão sintética do espetáculo homônimo estreado recentemente, em Paris, celebrando quatro décadas de relação com a cultura brasileira, que também dá título ao seu CD lançado em 2019.

Veja abaixo vídeos do cantor.

Leia mais sobre a carreira de Frédéric Pagès aqui

Do que vi e ouvi de Pagès, deu para perceber que ele não se enquadra na crítica precisa de Belchior sobre os rebeldes que se perderam no meio do caminho.

Oh! L’age d’or de ma jeunesse!
Rimbaud, “par delicatesse
J’ai perdu (também!) ma vie!”

Em tradução direta:

Oh! A idade de ouro da minha juventude!
Rimbaud “por delicadeza
Perdi (também!) minha vida! “

O artista franco-brasileiro não parece cansado de guerra. Na sua maturidade, empunha na arte e no discurso as bandeiras do jovem ativista do Maio 68. Ele segue na marcha da utopia, encantando as pessoas com o poder mágico das palavras e dos sons.

Assim, as músicas (não mais) desconhecidas de Belchior e Frédéric Pagès (ouça aqui) agora fazem parte de um saboroso aprendizado.

Veja abaixo a letra de Belchior.

Os profissionais

Onde anda o tipo afoito
Que em 1-9-6-8
Queria tomar o poder?
Hoje, rei da vaselina,
Correu de carrão pra China,
Só toma mesmo aspirina
E já não quer nem saber.

Flower power! Que conquista!
Mas eis que chegou o florista
Cobrou a conta e sumiu
Amor, coisa de amadores
Vou seguir-te aonde f(l)ores!
Vamos lá, ex-sonhadores,
À mamãe que nos pariu!

Oh! L’age d’or de ma jeunesse!
Rimbaud, “par delicatesse
J’ai perdu (também!) ma vie!”
(Se há vida neste buraco
Tropical, que enche o saco
Ao ser tão vil, tão servil!)

E então? Vencemos o crime?
Já ninguém mais nos oprime
Pastores, pais, lei e algoz?
Que bom voltar pra família!
Viver a vidinha à pilha!
Yuppies sabor baunilha
Era uma vez todos nós!

Dancei no pó dessa estrada…
Mas viva a rapaziada
Que berrava: “Amor e Paz!”
Perdão, que perdi o pique…
Mas se a vida é um piquenique
Basta o herói de butique
Dos chiques profissionais.

I have a dream… My dream is over!
(Guerrilla de latin lover!)
Mire-se o dólar que faz sol
Esplim, susexo e poder,
Vim de banda e podes crer:
“Muito jovem pra morrer
E velho pro rock ‘n’ roll!”

Imagem destacada: Pagés foi ativista e escreveu livro sobre Maio 68
Foto capturada neste site

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Carnaval: Abraço divulga músicas de autores maranhenses para as rádios comunitárias

A riqueza de ritmos do Carnaval produzida por cantores e compositores do Maranhão está disponibilizada para tocar nas rádios comunitárias espalhadas nos 217 municípios do estado.

A iniciativa é da Abraço (Associação Brasileira de Rádios Comunitárias) no Maranhão com o objetivo de valorizar, divulgar e encantar os ouvintes com a grande e criativa produção musical dos artistas locais.

Na nuvem distribuída pela Abraço Maranhão estão disponíveis 1,5 giga de músicas carnavalescas e também do bumba-meu-boi.

Qualquer rádio comunitária pode acessar e baixar no seguinte endereço:

https://mega.nz/login

Basta entrar com o e-mail abracomamusicas@gmail.com a senha abracomaranhao

Todas estas músicas foram encontradas na internet. Caso queiram contribuir com outros sucessos regionais, basta fazer upload nesta plataforma https://mega.nz/login  

O repertório tem desde músicas dos antigos carnavais, passando por sucessos memoráveis até escolas de samba, blocos e também bumba-meu-boi.

As produções musicais novas dos grupos e bandas que pretendem disponibilizar suas composições podem procurar a Abraço Maranhão e enviar suas músicas para colocarmos na nuvem.

Basta entrar em contato pelo email: fcemoraes@gmail.com

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Quitandas & bares do Apeadouro: “Quinta Avenida”, onde tocava Paulo Diniz

Na sequência de textos sobre as memórias do Apeadouro, bairro tradicional de São Luís, hoje iniciamos uma série de registros sobre os bares, botecos e quitandas que marcaram época naquele território. Alguns desses espaços já não existem mais; outros, resistem bravamente.

Na década de 1980 um dos bares mais legais era o famoso “Quinta Avenida”, localizado nas proximidades da esquina formada pela rua Padre Manoel da Nóbrega e avenida dos Franceses.

Desse bar uma lembrança muito forte era a trilha sonora marcante do cantor Paulo Diniz e a música “Um chope pra distrair”, faixa bastante exibida no LP “Quero voltar pra Bahia”, lançado em 1970.

Paulo Diniz era a cara do Quinta Avenida, que reunia gente do Apeadouro e frequentadores de vários locais da cidade, atraídos pelo bom repertório musical, cerveja e petiscos.

Bem localizado, o bar era um point para namorar, paquerar e apreciar o movimento da avenida dos Franceses.

Pode até ser que os donos do estabelecimento tenham buscado inspiração na famosa Fifth Avenue ou 5th Avenue, um lugar glamouroso na ilha de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde estão as mansões, os apartamentos e as lojas mais caras da cidade e do mundo.

Nomes de bares e tantas outras denominações no Brasil servem também para refletir sobre como a globalização econômica tem uma forte camada cultural.

E assim a Fifth Avenue, largo mais famoso de Nova Iorque, provavelmente tenha inspirado o batismo de um boteco nas proximidades da avenida dos Franceses, na ilha de São Luís.

Veja mais sobre a Quinta Avenida aqui

Um chope pra distrair

(Paulo Diniz)

Ela passou,
Deixando um sorriso no chão
Deu um banho de beleza nos meus olhos
E aí começou o verão
Mil cores pintando o painel
Copacabana…

Ela parou,
Na loja de discos e escutou
A canção que eu fiz pra ela
A minha mensagem de amor
É tudo que eu tenho pra dar
Chorei de amor,
Eu sei, chorei de amor
E um chopp pra distrair…

Um chopp pra distrair,
Um chopp, chopp, pra distrair.

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Vem aí o festival BR135, edição 2019. Veja as novidades sobre shows e os eventos paralelos

Evento chega ao 8º ano de realização consolidado como um dos mais importantes festivais de música independente do país; na programação, destaques para Céu, DJ Dolores, Xênia França, Edgar, Potyguara Bardo e Attooxxa, além de outras atrações selecionadas em edital

O maior festival de música e mercado do Maranhão acontece dias 28, 29 e 30 de novembro. O BR135 volta a ocupar o centro histórico de São Luís, dessa vez abrindo os braços em um espaço maior, nas praças Maria Aragão e Gonçalves Dias. Com um poderoso painel de sonoridades nos palcos, atividades formativas, rodada de negócios e mercado de arte e gastronomia, o BR135 é um dos únicos festivais de música independente do país em que todas as atividades são gratuitas.

Sob o comando da dupla Criolina, formada por Alê Muniz e Luciana Simões, a festa reúne os artistas convidados Edgar, Xênia França, Potyguara Bardo, Attooxxa e Céu e os selecionados ENME Paixão, Preto Nando recebe Kaminski, Paulão, Vinaa recebe Cláudio Lima e Romero Ferro (PE), Orquestra Maranhense de Reggae com a presença de Dicy Rocha, Regiane Araújo e Otília Ribeiro, The Baggios (SE), Josyara (BA) e os DJs Dolores (PE), Juliana Alba (Itz) e Sue Krsteli.

O BR135 recebeu quase 600 inscritos de todos os cantos do país. Para formar um conjunto representativo da cena e ao mesmo templo contemplar os objetivos do festival – fomentar o mercado da música independente, promover o intercâmbio de experiências, colocar o Maranhão no mapa dos festivais e fortalecer as ações fora do eixo Rio-SP – a comissão chegou aos dez nomes divulgados.

“Neste ano a curadoria buscou contemplar a diversidade, dando visibilidade à música feita nas periferias, à música negra, nordestina, dando voz às mulheres, à cena LGBTQ. Estamos vivendo uma revolução que envolve gênero, etnia, geografia e a força da nossa música está na reunião de diversos atores”, afirma Luciana Simões. “Importante destacar que essa representatividade foi contemplada com base na qualidade musical e na capacidade de dialogar com o público do festival, que é exigente”, completa Alê Muniz.

No que já se tornou uma tradição do BR135, cada uma das noites do festival será aberta por uma atração da cultura popular do Maranhão. O Tambor de Crioula de Mestre Leonardo vai dar a largada na quinta-feira e nas noites seguintes apresentam-se o Boi da Liberdade e o Boi do Maracanã. “Temos muito orgulho das nossas tradições e neste momento elas são ainda mais necessários porque reúnem arte e fé, as verdadeiras armas de que precisamos para resistir”, afirma Alê Muniz.
 
O BR135 mantém suas ações de fomento ao mercado da música em dois eixos principais: o da Música, que reúne shows de bandas locais e nacionais que se destacam no cenário independente, e o eixo Formação, contemplado nas atividades do Conecta Música, com oficinas, painéis, roda de conversa e rodadas de negócios. As principais atividades serão realizadas no Casarão Tech (Rua da Estrela).

O Mercado BR135 – Arte + Gastronomia, que reúne pequenos negócios, como bikefood, comércio de camisetas, cervejas artesanais e produtos ligados ao mundo da arte, será montado na Praça Gonçalves Dias, onde também será realizada uma programação de música com DJs locais. O palco, no coreto, vai reunir 15 DJs do Movimento Cidade Alta durante os três dias do evento.
 
Para ampliar o acesso de pessoas com dificuldade de locomoção e necessidades especiais, o BR135 contará com um espaço próximo ao palco, para que possam aproveitar os shows em segurança, além de  banheiros adaptados, com acesso por rampa. Além disso, toda a programação terá interpretação simultânea em libras e as informações do evento na internet contam com dispositivo de audiodescrição.

Conecta música, mercado & literatura

Nesta edição do BR 135 o Conecta Música coloca na pauta, entre outros temas, tendências e futuro das mídias de música, cultura e comportamento na internet, internacionalização de carreiras, direitos autorais e tem um painel especial sobre o Circuito Nordeste – A Revolução. Entre as ações formativas, está confirmado um workshop de tradução em libras.

Outro tema que está na pauta do Conecta é a presença feminina na música, poder e maternidade. E quem vai falar sobre o assunto é a cantora Céu em um bate-papo na tarde de sábado.

Além das atividades de fomento ao mercado da música, com a presença de produtores e representantes de eventos, o Conecta Música deste ano contempla a literatura em três ações especiais: o lançamento da biografia de Raul Seixas, do jornalista Jotabê Medeiros, a edição do programa Palavra Acesa, da jornalista Andréa Oliveira, que vai receber a cantora Xenia França para falar sobre sua relação com os livros, e a Feira de Livros usados na Praça Gonçalves Dias.

A rodada de negócios, que abre a programação, está marcada para o dia 28, às 14h. Participam da atividade, entre outros, representantes dos festivais Do Sol (RN),  Festival de Inverno de Garanhuns (PE) e Radioca (BA), além da agência Brazilian Música e Artes (SP) e da produtora Uhuu Manegement (EUA).

Imagem destacada: The Baggios, de Sergipe, será uma das atrações no BR135. Foto: Felipe Diniz

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Festival Internacional de Violões será realizado em São Luís

Shows e masterclass com violonistas considerados referência no Brasil e no mundo tornam São Luís, de 22 a 26 de outubro, a capital brasileira do violão. A cidade vai sediar a primeira edição do Festival Internacional de Violão de São Luís (Fivis), que homenageia o grande maestro e compositor Heitor Villa-Lobos, no ano que completa 60 anos do seu falecimento.

Farão apresentações e masterclass durante o festival os violonistas Turíbio Santos (imagem destacada), Rogério Caetano (RJ), Gian Correa (SP), Alessandro Penezzi (SP) e a violonista Elodie Bouny (França). Do Maranhão integram a programação de shows os violonistas João Pedro Borges, Tiago Fernandes, Mano Lopes, Endro Fádell e Luiz Júnior. Haverá concertos também com as Orquestras de Violões de Teresina (PI) e da UEMA-EMEM (Universidade Estadual e Escola de Música do Maranhão).

Elodie Bouny

O Fivis, que é aberto ao público, ocorre no Centro Histórico de São Luís, sendo os shows no Convento das Mercês (de 24 a 26), começando às 19h, e as atividades de masterclass, acontecem na Escola de Música do Estado Maranhão Lilah Lisboa-EMEM (de 22 a 25), manhã e tarde. O evento na Escola de Música é aberto a violonistas e estudantes de violão, com inscrições prévias que podem ser realizadas até o dia 20 de outubro, no Convento das Mercês (no horário de expediente) e também pela internet, no endereço disponibilizado pela organização do festival.

Durante o Fivis será anunciado, para o ano 2020, o Concurso Internacional de Violão “Heitor Villa-Lobos”, para receber violonistas de todos os cantos do mundo e  homenagear  o maestro e compositor brasileiro que é considerado expoente da música erudita no país e suas peças são executadas no circuito dos mais prestigiados teatros europeus e americanos. O concurso terá a direção de Turíbio Santos.

João Pedro Borges

O idealizador e coordenador do Fivis, violonista Luiz Júnior Maranhão, explica que o projeto surge como forma de incentivo à difusão da prática do violão, contribuindo para a formação de plateia de apreciadores desse nobre instrumento; como meio de estudo e para fins profissionais, possibilitando à geração de emprego e renda e a valorização dos músicos maranhenses.

O festival tem o patrocínio do Mateus, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Governo do Maranhão/SECMA e o apoio da Prefeitura de São Luís e Restaurante Malagueta.

SHOWS

Considerado pela crítica e pelos especialistas como um dos maiores violonistas clássicos da atualidade, Turíbio Santos vai se apresentar no primeiro dia do Fivis (24). Instrumentista com carreira internacional, ele regravou a obra completa de Heitor Villa-Lobos para violão, em 1999, ao lado de compositores como Edino Krieger, Sérgio Barboza, Nicanor Teixeira, Chiquinha Gonzaga, E. Nazareth. Seus discos “12 Estudos para Violão de Heitor Villa-Lobos e Choro do Brasil” marcaram época no lançamento da música brasileira no mercado europeu. Comemorando seus 65 anos, em 2008, Turíbio Santos lançou seu 65º CD: “Mistura Brasileira”, com músicas autorais, de Villa-Lobos, Tom Jobim e de Ricardo Santos.

Gian Correa e Rogério Caetano

O primeiro dia do Fivis terá como atração internacional a violonista, compositora e professora de violão, Elodie Bouny, que nasceu em Caracas (Venezuela) e cresceu em Paris (Franca), onde estudou violão erudito nos conservatórios de Boulogne-Billancourt e de Estrasburgo. É mestre em Educação Musical e doutora em Processos Criativos e atualmente é professora de violão (Universidade de Juiz de Fora). Já se apresentou em inúmeros festivais nacionais e internacionais, ganhando várias premiações. Orquestrou diversas peças em parceria com o violonista brasileiro Yamandu Costa, produtor artístico do primeiro CD de Elodie Bouny, intitulado “Terra Adentro”.

Na sexta-feira (25), as atrações nacionais do Fivis são os violonistas Gian Correa (SP) e Rogério Caetano (RJ), com o duo de violão lançando o “Álbum 7”, em homenagem aos 100 anos do mestre Dino 7 Cordas. Em 2019, o álbum entrou na lista dos melhores discos do ano pelo Jornal Folha de São Paulo; foi indicado ao IMA (Independent Music Awards), em duas categorias Best instrumental Album e Best Tribute Album; e está indicado no Prêmio Profissionais da Música, nas categorias Artista Instrumental e Artista de Choro.

Alessandro Penezzi

Shows dos violonistas do Maranhão marcam o segundo dia do festival (24). Sobe ao palco nessa noite o consagrado instrumentista João Pedro Borges, que iniciou carreira internacional em 1973, ministrando cursos, conferências e concertos no continente Africano; realizou turnê pela Argentina e Paraguai, com Turíbio Santos; fez recital ao lado de Léo Brouwer, Turíbio Santos e Baden Powell (Martinica); além de disco gravado na França. Como solista foi pioneiro do disco independente gravando, em 1977, seu primeiro LP, com obras de Bach, Barrios e Villa-Lobos, seguido de “João Pedro Borges interpreta Cimarosa, Sanz, Sor, Giuliani, Albéniz e Granados” (1983); e da “Obra para Violão de Paulinho da Viola” (1985).

Orquestra de Violões de Teresina (PI)

A programação de sexta-feira (25) traz, ainda, o jovem virtuose do violão Endro Fádell, natural de Brasília (DF), mas morando em São Luís, onde é professor de violão erudito da Escola de Música do Maranhão. Formado em violão e pós-graduado em Educação Musical, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, traz na bagagem premiações em concursos de violão. Na mesma noite sobe ao palco do Fivis outro jovem violonista: Tiago Fernandes, graduado em música pela Universidade Federal do Maranhão e formado em violão pela EMEM, pesquisador da obra violonística de compositores maranhenses do século XX e idealizador do grupo ’Tiago Fernandes Trio’’.

Tiago Fernandes

A primeira edição do Fivis termina no sábado (26), com o show  do multi-instrumentista e compositor Alessandro Penezzi (SP). Formado em Música Popular pela Unicamp, ele  já realizou concertos  em mais de 17 países; atuou e gravou ao lado de artistas consagrados como Dominguinhos,  Hermeto Pascoal e Beth Carvalho, D. Ivone Lara, além de orquestras como Jazz Sinfônica de São Paulo e Sinfônica de Londres. Tem vários discos gravados, entre eles  Abismo de rosas (2001) e  Velha Amizade (2015).  

Antes do paulista Penezzi, quem faz show para o público do Fivis no sábado (26) são outros dois violonistas do Maranhão, em apresentações solos. Mano Lopes, também cantor e compositor, é graduando do curso de Música da UEMA, professor de violão e educador musical em escolas da rede pública. Luiz Júnior, com seu violão 7 cordas, já  percorreu o mundo apresentando seu trabalho, em países como Grécia, Alemanha, Inglaterra e China. Filho e neto de músicos piauienses,  seu envolvimento com a música vem desde os oito anos e sua carreira profissional começou aos 14 anos;  estudou violão na  Escola de Música do Maranhão e no Conservatório Souza Lima (SP) e está concluindo o curso de música na UFMA. Como violonista, foi vencedor de 10 edições do Prêmio Universidade FM (UFMA), tem um CD instrumental gravado;  integra o  grupo de choro Tira Teima; além de ser produtor e diretor musical.

A abertura e o encerramento do Fivis serão marcados também pelas apresentações de orquestras. No primeiro dia (24) o público vai assistir ao concerto da Orquestra de Violões da UEMA-EMEM, formada por alunos e ex-alunos da Escola de Música do Estado e do Curso de Música da Universidade Estadual do Maranhão. O grupo interpreta obras que vão do renascimento à contemporaneidade, transitando entre o erudito e o popular. No sábado (26) abre a programação da noite do festival a Orquestra de Violões de Teresina (PI), com 13 integrantes, alunos e professores do Projeto Violão na Escola, realizado pela Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves (FMC), com o apoio da Prefeitura de Teresina

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Bob Marley era fã do Santos e jogou bola com Chico Buarque

O programa Música Futebol Clube, criado e apresentado pelo jornalista Fábio Cabral, vem se destacando pela qualidade das informações e formato agradável de assistir.

Neste episódio ele revela a paixão do ídolo do reggae, Bob Marley, pelo futebol e especialmente pelo Santos, time de Pelé.

Marley amava o time santista e o futebol brasileiro, mas nunca chegou fazer um show aqui. Ele veio ao país uma só vez para fazer o lançamento do selo de uma gravadora e acabou visitando Chico Buarque, com quem jogou uma pelada no famoso campo Politeama.

Assista ao vídeo.

Imagem destacada capturada neste site

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Artistas nas rádios comunitárias: o talento musical de Lucas Brenner, da Bacuri FM

José Lucas, diretor da Abraço Maranhão e da rádio comunitária Bacuri FM, tem múltiplas habilidades. É radialista, pedreiro, eletricista e carpinteiro, entre outras profissões, mas se destacou também na música, onde é conhecido pelo nome artístico de Lucas Brenner.

No início dos anos 1990, quando ainda era muito difícil gravar um CD, ele superou todas as dificuldades e emplacou a música “A garçonete” no seu primeiro disco, intitulado “Eu e você”.

A segunda produção foi o CD “Sonhos de Primavera” e depois veio o terceiro disco, lançado apenas nas redes sociais. Na família de Brenner tem ainda o talento do seu irmão, José Raimundo, líder da banda ZN, bastante requisitada na região de Bacuri e Cururupu.

Lucas Brenner é cantor e compositor. Suas músicas caminham na trilha do brega e do arrocha, mas têm muita influência percussiva. “Gosto muito de botar um tambor”, frisou Brenner.

O tambor de crioula, marcante na musicalidade maranhense, está muito presente na Baixada e no Litoral Ocidental, onde ainda resistem muitas tradições remanescentes das comunidades quilombolas.

Essa influência sonora junta-se ao carimbó de Pinduca e faz uma mistura sonora interessante na fronteira entre o Maranhão e o Pará.

As rádios comunitárias cumprem um papel fundamental na divulgação dos artistas populares que não têm acesso aos grandes meios de comunicação.

Imagem / Ed Wilson Araújo: Em visita à rádio Bacuri FM, o engenheiro Fernando Cesar Moraes aprecia o trabalho musical de Lucas Brenner

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Baterista Jorge Amorim é atração no Chico Discos

Músico apresentará repertório de world jazz

O baterista fluminense Jorge Amorim se apresenta nesta sexta-feira, 7, no Chico Discos (Rua São João – Centro), a partir das 21h. Com um repertório que mescla ritmos de várias partes do mundo, com moldes de jazz contemporâneo, o músico será acompanhado pelo baixista, também do Rio de Janeiro, Carlito Gepe, e pelos maranhenses Ronaldo Rodrigues, na guitarra e bandolim, e João Neto, na flauta.

A noite contará ainda com a participação da cantora Célia Sampaio e do DJ Márcio Maguelo, com sua radiola Maré do Som.

Esta é a terceira vez que o virtuose se apresenta em São Luís. O projeto, intitulado Jorge Amorim & Tribo, passeia por gêneros e estilos como jazz, rock, samba e drum n’ bass, recheados de elementos de origem africana. A pegada do músico é forte e o balanço é certo.

O baterista aporta na capital maranhense a convite de Ronaldo Rodrigues, que o acompanha no Rio. O seu estilo espontâneo, ousado e eclético, somado à técnica apurada, costuma chamar a atenção do público e da crítica.

Jorge Amorim morou por 21 anos entre as cidades de Paris, Nova Iorque, Londres e Colônia, onde atuou como baterista e percussionista, acompanhando diversos artistas, entre os quais Baden Powell, Sivuca e Archie Shepp.

Já os músicos Ronaldo Rodrigues e João Neto são muito atuantes no cenário musical de São Luís, participando de grupos e projetos de gêneros musicais variados, como rock, MPB, jazz, blues e choro.

SERVIÇO

Show Jorge Amorim & Tribo

Quando: Sexta-feira, 7, às 21h

Local: Chico Discos (Rua São João – Centro)

Entrada: R$ 20,00

Imagem / Divulgação: Jorge Amorim

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Festival BR135 celebra a música brasileira no Maranhão

Evento chega ao 7º ano de realização consolidado como um dos mais importantes festivais de música independente do país; edição 2018 reúne Zeca Baleiro, Patrick Tor4, Rubel, Tássia Reis, Maglore, Academia da Berlinda e mais 12 selecionados

O maior festival de música e mercado do Maranhão está para começar. Dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro, o BR135 volta a ocupar o centro histórico da capital maranhense com um poderoso painel de sonoridades nos palcos, atividades formativas, rodada de negócios e mercado de arte e gastronomia. Sob o comando da dupla Criolina, formada por Alê Muniz e Luciana Simões, a festa reúne os artistas convidados Zeca Baleiro (MA), Rubel (RJ), Tássia Reis (SP), Maglore (BA) e Academia da Berlinda (PE), além de 12 bandas selecionadas (ver quadro) entre mais de 300 inscritas de todo país, nos palcos das praças Nauro Machado e do Reggae.

No que já se tornou uma tradição do BR135, cada uma das noites do festival será aberta por uma atração da cultura popular do Maranhão. A Família Menezes faz o ritual de abertura dos trabalhos com Cânticos e Toques Sagrados, na quinta-feira, 29. O Tambor de Crioula de Mestre Felipe e o Boi de Santa Fé apresentam-se na sexta e no sábado, respectivamente. “Temos muito orgulho das nossas tradições e acreditamos na força desses rituais. Neste momento eles são ainda mais necessários porque reúnem arte e fé, as verdadeiras armas de que precisamos para resistir”, afirma Alê Muniz.

BR135 mantém suas ações de fomento ao mercado da música em dois eixos principais: Shows de bandas locais e nacionais que se destacam no cenário da música independente e o eixo Formação, contemplado nas atividades do Conecta Música, com oficinas, painéis, rodas de conversa e rodadas de negócios. Essas atividades serão realizadas no Casarão Tech e na Casa do Tambor de Crioula (ambos na Rua da Estrela). O projeto BR135, que inclui o Conecta Música, foi aprovado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura da Secretaria de Estado da Cultura e têm patrocínio da Budweiser.

Como espaço de troca de saberes e tecnologias, esta edição reúne os temas imaginário popular, inovação e tecnologias no contexto da economia criativa e suas estratégias de resistência por meio da arte. Está confirmada a presença de representantes dos mais importantes festivais de música independente do país, como o Festival de Inverno de Garanhuns (PE), Psicodália (SC) e Porto Musical (PE), do Centro Cultural Dragão do Mar (CE) e Casa da Música (Portugal) e também jornalistas das rádios Sul América –  Faro MPB (RJ), Frei Caneca (PE), plataforma Catraca Livre e do site Hypeness. Entre os convidados estão João Severo, do Uhuuu! Music Management (NY), Verônica Pessoa, do Janela Aceleradora Natura Musical, e Luciana Adão, da Oi Futuro (RJ).

“Essas ações conectam-se com o que acontece nos palcos e traduzem o espírito do BR135, que é fomentar o mercado da música, promover o intercâmbio de experiências e mostrar a cena rica e diversificada da música independente que se faz no Maranhão”, diz Luciana Simões. “Além disso, o fato de todas as ações serem realizadas na Praia Grande reafirma o compromisso que temos de ocupar o centro histórico da cidade, que é o nosso lugar de pertencimento, onde estão fincados os valores de nossa cultura: para nós o palco é a rua, espaço de todos”, completa.

Ainda no eixo de shows o evento conta com a programação da Kombi Music, palco aberto montado na área da Vida é Uma Festa (Beco dos Catraeiros), na sexta, dia 30, e de um espaço para a música eletrônica na Escadaria do Giz, com o coletivo de DJs Meludo – Movimento Eletrônico Ludovicense, durante os três dias do evento.

Na Praça da Casa do Maranhão será montado o Mercado BR135 – Arte + Gastronomia, que reúne pequenos negócios, como foodtruck, bikefood, comércio de camisetas, cervejas artesanais e produtos ligados ao mundo da arte. O lounge ambientado com móveis produzidos a partir de pallets, fruto de parceria com o REDLAB – Laboratório de Design e Arquitetura da Universidade CEUMA, está garantido nesta edição.

Para ampliar o acesso de pessoas com dificuldade de locomoção, o BR135 contará com um espaço destinado a essas pessoas, próximo ao palco da Praça Nauro Machado, para que possam aproveitar os shows em segurança, além de um banheiro adaptado, com acesso por rampa. Além disso, toda a programação dos palcos principais terá interpretação simultânea em libras e as informações do evento na internet contam com dispositivo de audiodescrição.

A programação completa está disponibilizada no site www.festivalbr135.com.br e também vem sendo divulgada nas redes sociais oficiais do evento.

FESTIVAL BR135

Com shows de Zeca Baleiro (MA), Rubel (RJ), Tássia Reis (SP), Maglore (BA) e Academia da Berlinda (PE), além de 12 bandas selecionadas

Quando: 29 e 30/11 e 1º/12

Onde: Praia Grande (centro histórico de São Luís)

Programação completa: www.festivalbr135.com.br

TODAS AS ATIVIDADES SÃO GRATUITAS

Mais informações: Assessoria de imprensa 9 81791113

 

PALCO NAURO MACHADO

 

29/11 – QUINTA

30/11 – SEXTA

1º/12 – SÁBADO

Família Menezes – Cânticos e Toques Sagrados (MA)

Tambor de Crioula de Mestre Felipe (MA)

Boi de Santa Fé (MA)

Cantautores – Sfânio, Lucas Ló e Regiane (MA)

Boys Bad News (MA)

Afrôs (MA)

Guitarrada das Manas (PA)

Ornitorrincos do Sertão Turu (MA)

Núbia (MA)

DJ Patrick Tor4 (PE)

Rubel (RJ)

Maglore (BA)

Zeca Baleiro (MA)

Tássia Reis  (SP)

Academia da Berlinda (PE)

                    PRAÇA DO REGGAE

30/11 – SEXTA

1º/12 – SÁBADO

Gugs (MA)

A Cuscuzeira (MA)

Paulão (MA)

Tiago Máci (MA)

Casaloca (MA)

Getúlio Abelha (CE)

Fonte: Assessoria de Comunicação BR135

Imagem / divulgação: Academia da Berlinda será uma das atrações.

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MundiOca: CD completo de Beto Ehongue já está em circulação

Depois do lançamento em julho/2018 do EP As Armas MIDI do Século XXI, no Centro Histórico de São Luis, Beto Ehongue agora disponibiliza a sequência desse trabalho completo, o MundiOca, nas plataforma digitais para o grande público. O trabalho conta com 9 faixas. Foi produzido pelo paraense Dub Black, junto ao maranhense Sandoval Filho, no BlackRoom Studio, com exceção da nona faixa, bonus track, que é um produção quase caseira produzida em cima da hora e que retrata um pouco do momento político atual e as esperanças.

O MundiOca de Beto Ehongue traz as participações de Luciana Pinheiro, Dicy, Célia Sampaio e as atuações instrumentistas de João Simas, Dub Black e Sandoval Filho. Os dois últimos assinam a produção, como já mencionado.

Ao apresentar o MundiOca, Beto Ehongue mostra mais uma vez sua versatilidade e inquietação trazendo um trabalho autoral que une ritmos análogos ao reggae, basslines Caribbean-dub, guitarras de inspiração rock e sons tradicionais recolhidos dos terreiros afro-religiosos, dos barracões de festa negra e do rádio, colados a letras conscientes de bate-papo rápido e reflexivo junto a influências que vão do rap ao bumba boi.

A faixa abertura é Tambor Chegô, um grito caboclo moderno com riffsfortes de guitarra, beats e a pulsação do couro ouvido nos tambores e pandeirões dos batalhões de bumba boi  e crioula da cidade de São Luis; em seguida a já conhecida Que Tal Um Passo Além da Ignorância?, lançada no EP As Armas MIDI do Século XXI e bastante executada nas rádios locais, ficando entre o Top 10 da semana por várias vezes na programação da Universidade FM; adiante a inédita Você Não Sabe Nada de Mim que em ska/jovem-guarda conta de forma irreverente o erro de julgar sem conhecer as causas e a essência; e assim seguimos na trilha com Inna Boreal; Deuses e Homens; Deus na Esquina; Vinho Tinto; a aclamada Maria de Jesus; e fechando os trabalhos a faixa bonus track reflexiva e delicada Se Não Nós Quem Seria?! Junto ao som do mar, somente.

Com uma respeitável trajetória na cena cultural de São Luís e projetos musicais diversos, Beto Ehongue já viajou o país tocando em cidades como Rio de janeiro, Belém, Niterói, Nova Iguaçu, São Gonçalo, São Paulo, Fortaleza, Teresina, Sousa e Juazeiro, dentre outras. Em São Luís ele atua há mais de 15 anos na cena musical e isso já lhe deu oportunidade para abrir shows de artistas importantes da música brasileira como Nação Zumbi, Otto, Black Alien, Demônios da Garoa, Chico Correia, Cabruêra.

Além disso, possui projetos em parcerias importantes, dentre elas com o poeta Celso Borges, Lobo Siribeira e Loopcinico, esse último foi pré-selecionado para o prêmio da música brasileira. Participou do CD Palavra Acesa musicando poemas do poeta José Chagas junto com grandes artistas como Fagner, Chico César, Lula Queiroga, Ednardo, Josias Sobrinho, Fernando Filizola, César Teixeira, Assis Medeiros e outros nomes. O CD foi produzido por Celso Borges e Zeca Baleiro. Paralelo ao MundiOca, o artista produz junto com o DJ TiCallo Awá Sound System.

Botando fogo na fogueira da inquietação e entendo que mais do que nunca o momento é de compartilhar, todas a faixas estão disponíveis nas plataformas digitais mais conhecidas gratuitamente, sendo assim Beto Ehongue vos apresenta o MundiOca. Ouça sem moderação.

Links para audição:

https://open.spotify.com/album/1FaLxIcBR0nfVL1GUo6pAY

https://www.youtube.com/watch?v=xx2CsyNcEiM