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PCdoB minimiza decisão da juíza que declarou Flávio Dino e Marcio Jerry “inelegíveis”

Em nota distribuída aos meios de comunicação, o Comitê Estadual do PCdoB  no Maranhão, em razão de decisão tomada pela juíza Anelise Nogueira Reginato, da 8ª zona eleitoral de Coroatá, que suspendia os direitos políticos de Flávio Dino e o impedia de se candidatar pelos próximos 8 anos, afirma que “a ação movida visa apenas desestabilizar o processo eleitoral e reflete o desespero de quem está atrás nas pesquisas”.

Para o PCdoB-MA, a ação, movida por Ricardo Murad, coordenador de campanha de Roseana Sarney, é insustentável. “A fragilidade da decisão judicial está exposta por basear-se em prova de 2018, que apontaria suposta irregularidade cometida dois anos antes”, diz a nota.A direção assegura que “certamente a sentença não tem nenhum valor jurídico e será anulada”.

Confira a íntegra da nota:

Sobre a decisão da juíza Anelise Nogueira Reginato contra o governador Flávio Dino e o ex-secretário Márcio Jerry, a direção estadual do PCdoB do Maranhão afirma:

1 – A ação movida por Ricardo Murad, coordenador de campanha de Roseana Sarney, visa apenas desestabilizar o processo eleitoral e reflete o desespero de quem está atrás nas pesquisas;

2 – A fragilidade da decisão judicial está exposta por basear-se em uma suposta prova de 2018, que comprovaria suposta irregularidade cometida dois anos antes;

3 – Certamente a sentença não tem nenhum valor jurídico e será anulada.

São Luiz, 8 de agosto de 2018

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Encontro com apaixonados por Flávio Dino e Roseana Sarney

No mesmo lugar, em momentos distintos, encontrei duas pessoas apaixonadas por suas respectivas candidaturas: Flávio Dino (PCdoB) e Roseana Sarney (PMDB).

Cada uma elogiava efusivamente a sua escolha e defendia o voto na volta da “guerreira” ou na continuidade da mudança.

Eleição é isso, momento de exacerbação das paixões e enaltecimento dos afetos.

Após ouvir meus interlocutores, elaborei esse texto para indagar os leitores sobre o real interesse de uma eleição fundamental para o Maranhão.

Fundamental por dois motivos: 1) pode impor uma derrota quase sem volta à pessoa José Sarney (devido ao tempo), mas não ao sarneísmo; 2) no caso da reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB), implica em especular sobre o futuro do Maranhão pós-segundo mandato dinista.

Vendo os links de blogs em grupos de whats app, quase todas das candidaturas disponibilizam notícias sobre eventos dos mais variados tipos.

O candidato “x” fez isso e aquilo, o “y” recebeu apoio deste ou daquele prefeito, o “z” celebra a adesão de deputados e lideranças… e por aí vai.

Outra parte do noticiário dedica-se aos ataques pessoais, algumas vezes emoldurados em “fake news”, com o objetivo de atingir a honra das pessoas.

O Maranhão de 2018 ainda guarda resquícios do passado, da política anacrônica, dos maus hábitos que só prejudicam o interesse público.

O que tem a dizer Roseana Sarney, depois de quase 50 anos em que sua família dominou o Maranhão?

Roberto Rocha cresceu em mordomias. Filho de governador, tem convicção de que o Palácio dos Leões tem de ser a sua morada, novamente, por obrigação do povo.

A eleição polarizada entre Flávio Dino e Roseana Sarney oculta outras candidaturas relevantes, como as do PSOL e PSTU, por exemplo. Eles têm o que dizer e propor e precisam ser ouvidos e noticiados, a bem do interesse público e da democracia.

O PCdoB do governador Flávio Dino reeditou os “Diálogos pelo Maranhão” de 2014 e fez as “Escutas Territoriais”. Espera-se que destes eventos saia um programa de governo consistente e amplamente divulgado.

Mas, até agora, ganharam visibilidade a política de alianças, o jogo da demonstração de forças das coligações que reúnem o maior número de partidos, os insultos e as agressões, fake news e todas as outras armas de antigamente.

Ter muitos partidos aliados nem sempre é o caminho da vitória com sucesso. Veja-se o exemplo de Lula/PT com o PMDB, ainda por cima achando que as Organizações Globo eram amigas do PT…

Josimar Maranhãozinho está engajado em qual mudança?!

Enfim, o que menos se debate é programa de governo, as diretrizes, caminhos e metas para o Maranhão se desenvolver.

Priorizam-se as fórmulas mágicas dos programas de TV, as famosas maquetes e promessas de sempre, desprezando o debate essencial para o interesse público.

Penso que nesta eleição devemos exigir o bom debate, pautado em programas de governo, como deve ser uma eleição.

Deixar que a terra arrasada domine o pleito só serve para despolitizar a política.

Voltando aos meus interlocutores apaixonados do início do texto, disse a eles que não sou obrigado a escolher entre os candidatos ao Senado Edison Lobão/Sarney Filho x Roberto Rocha Eliziane Gama, sob o argumento de que precisamos derrotar o coronel de qualquer jeito.

Esse pragmatismo e as paixões exacerbadas resultaram no golpe e em outros despautérios.

É óbvio que entre Flávio Dino e a volta de Roseana Sarney existem diferenças abissais e não há qualquer chance de votar no passado. Aposto na reeleição do governador.

Mas, não basta um ajuste ao pragmatismo eleitoral. Queremos de fato e concretamente, no programa de governo e na condução da gestão, um contraponto real a José Sarney e à sua herança maldita – o sarneísmo.

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Nota oficial do PT reitera veto à candidatura de Eliziane Gama ao Senado

Um documento assinado pelo presidente do PT no Maranhão, Augusto Lobato, reafirma a decisão do Encontro de Tática Eleitoral, realizado dia 27, no qual o partido nega apoio à candidatura de Eliziane Gama (PPS) ao Senado.

Atuais deputados federais, Eliziane Gama e Weverton Rocha (PDT) integram a chapa majoritária do governador Flávio Dino (PCdoB), que concorre à reeleição, tendo como vice Carlos Brandão (PRB).

Os petistas não perdoam as atitudes de Eliziane Gama no curso das investigações que criminalizaram o PT. Na CPI da Petrobras, ela propôs a convocação de Lula para depor e prestar esclarecimentos sobre denúncias de corrupção. A parlamentar também votou “sim” ao impeachment da então presidente Dilma Roussef (PT).

O veto dos petistas à candidata ao Senado, que já ecoava com veemência nas palavras de ordem (“golpista! golpista!”) durante o Encontro de Tática Eleitoral, é agora oficial em nota assinada pelo presidente do PT Augusto Lobato.

O comunicado também informa que o partido decidiu fazer aliança para a reeleição do governador Flávio Dino e ter chapa própria para as candidaturas de deputado estadual e federal. “E não apoiar a candidatura ao Senado de Eliziane Gama”, frisou a nota.

As decisões tomadas no Encontro de Tática Eleitoral foram homologadas na convenção do PT dia 28 de julho.

A candidata ao Senado repudiada no evento petista também foi alvo de manifestações durante a própria convenção que consolidou 15 partidos na coligação pró-Flávio Dino. No evento lotado, o bordão “golpista” voltou a ser pronunciado no momento em que Eliziane Gama discursava.

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Convenção de Flávio Dino reúne aliados históricos e legendas do Centrão

A força gravitacional do Palácio dos Leões levou uma multidão ao Sebrae, na manhã de sábado (28) para consolidar o apoio de 15 partidos à reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB). Participaram do evento centenas de candidatos: ao Senado – Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PSS), à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal, além de prefeitos, vereadores e organizações dos movimentos sociais oriundos de todas as regiões do Maranhão.

No palanque heterogêneo estavam aliados históricos do PCdoB, a exemplo do PT, e dissidentes do grupo liderado por José Sarney (PMDB), com destaque para Pedro Fernandes (PTB) e Gastão Vieira (Pros). O primeiro já está aquinhoado no governo comunista com dois benefícios: suplência no Senado e a promessa de eleição do seu filho Pedro Lucas à Câmara Federal; o segundo, queixa-se de ter apoiado Flávio Dino sem nada em troca.

Centrão

Se por um lado a convenção mostrou a força dos Leões, de outro torna transparente a reedição do pragmatismo eleitoral que tende a ampliar o poder de governabilidade com uma base fisiológica viciada, a exemplo das legendas do Centrão – lideradas no Maranhão por André Fufuca (PP), Josimar Maranhãozinho (PR), Cleber Verde (PRB) e Simplicio Araújo (Solidariedade) e DEM (Juscelino Filho), Pedro Fernandes (PTB), Gastão Vieira (Pros), Jota Pinto e Junior Marreca (PEN/Patriota).

Alguns deles, deputados federais que votaram pelo impeachment da presidente Dilma Roussef (PT), estavam na linha de frente do palanque onde o governador Flávio Dino abriu seu discurso defendendo a liberdade de Lula e o direito de o petista ser candidato a presidente.

Trata-se da mesma elite política saudosa de Roseana Sarney (PMDB), que mudou para Jackson Lago (PDT) e agora é absorvida por Flávio Dino.

Esta heterogeneidade, própria da política, terá uma coalizão pró-Lula com Flávio Dino e simultaneamente a militância das legendas do Centrão na campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) a presidente da República.

A convenção teve também a simbologia de uma aliança com os movimentos sociais. Foram referenciados o MST, quilombolas, quebradeiras de coco, juventude e pessoas de várias regiões do Maranhão beneficiárias dos principais programas do governo: Mais Asfalto; Escola Digna; Mais IDH; Sim, eu posso!;  Restaurante Popular; entre outros.

Não se pode negar que há melhorias concretas sendo processadas no Maranhão, em vários setores, que impactam no curto prazo e podem ter continuidade em um eventual segundo mandato.

A composição heterogênea com a base fisiológica e clientelista é um dado real da política e do pragmatismo eleitoral marcantes no Maranhão, desde Benedito Leite.

Mudança profunda só haverá em um cenário de ruptura com a elite política tradicional e a sua renovação geracional, uma usina que descarta Waldir Maranhão e produz Josimar Maranhãozinho ou Fufuquinha.

Em uma análise equilibrada, sem paixões, vale ressaltar que o núcleo duro do governo não está contaminado pelos vícios de outrora e existem diferenças quilométricas entre Flávio Dino e Ricardo Murad, essencialmente no trato com a coisa pública.

Exemplo real é a transformação da Casa de Veraneio, usada para os banquetes da oligarquia Sarney financiados com dinheiro público, na Casa Ninar, um centro de referência para o tratamento de crianças com problemas de neurodesenvolvimento, com amplo acesso às famílias pobres.

O resultado dessa diferença é que existem melhoras significativas no primeiro mandato de Flávio Dino. A mudança não está dada. É uma construção. E vai depender das forças políticas que terão hegemonia no segundo mandato.

Daí a importância de ampliar a base progressista na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal, acentuar o protagonismo dos movimentos sociais e avançar em políticas democráticas profundas no Maranhão.

É por aí o caminho da mudança.

Foto: site PCdoB

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PT sacramenta apoio a Flavio Dino, mas rejeita Eliziane Gama para o Senado

O Encontro de Tática Eleitoral do PT do Maranhão, realizado nesta sexta-feira, na Assembleia Legislativa, definiu a aliança com o PCdoB do governador Flávio Dino.

A decisão local sacramentou o acordo nacional entre as cúpulas do PT e do PCdoB, considerando a aproximação das duas legendas no cenário nacional e a costura de uma candidatura presidencial no campo da esquerda.

Antes do encontro, o ensaio de candidatura própria do PT já havia sido retirado da pauta, bem como a postulação de Marcio Jardim para o Senado.

Apenas a sindicalista presidente da CUT, Adriana Oliveira, manteve a pré-candidatura ao Senado, apoiada por uma ala da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB) e movimento de mulheres.

A mesa encaminhou duas propostas para a votação: aliança com o PCdoB e candidatura o Senado. A primeira obteve 149 votos e a segunda, 31. Houve 7 abstenções.

Fora Eliziane

Embora tenha definido a aliança com o PCdoB, o encontro petista apresentou veto ao nome da deputada federal Eliziane Gama (PPS) na chapa majoritária do Senado.

Ao longo dos debates, várias palavras de ordem denunciaram o posicionamento da parlamentar na CPI da Petrobras e na votação do impeachment, dois momentos críticos em que Gama encurralou os petistas Lula e Dilma Roussef, fazendo coro com os golpistas.

O repúdio a Eliziane Gama chegava a unir, no calor dos debates, tendências opostas na disputa interna do PT.

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PT nacional adia decisão sobre coligações no Maranhão e mais 7 estados

O Encontro de Tática Eleitoral do PT no Maranhão seria realizado em 27 de julho, véspera da convenção que vai homologar a chapa liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), mas foi adiado para 2 de agosto.

A postergação ocorre para acertar a negociação nacional entre o PT, o PCdoB e o PSB em torno da candidatura presidencial petista. A mudança de data visa mexer no tabuleiro e pressionar os comunistas e os socialistas a desistirem do apoio ao presidenciável Ciro Gomes (PDT).

Segundo a nota da Comissão Executiva Nacional do PT, a negociação nacional pode afetar os acertos nos estados, mudando as alianças locais.

O PT vai lutar até o fim para registrar o nome de Lula na disputa presidencial e quer a adesão do PCdoB e PSB à candidatura petista, mesmo que Lula seja trocado por outro candidato durante a campanha.

Apesar do adiamento do Encontro de Tática Eleitoral, no Maranhão a maioria do PT defende aliança com o governador Flávio Dino e a hipótese de candidatura própria está descartada.

Veja abaixo a resolução da Executiva Nacional do PT.

Resolução sobre Adiamento dos Encontros Estaduais dos Estados do Amazonas, Amapá, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Tocantins e Rondônia,

Considerando que o processo de negociação com PSB e PCdoB quanto ao apoio formal à candidatura do PT à Presidência da República ainda está em andamento, sem perspectivas de conclusão no curto prazo;

Considerando que os Encontros Estaduais que podem ser afetados por esta negociação devem ser realizados após a conclusão da mesma;

A Comissão Executiva Nacional do PT decide:

Os Encontros Estaduais de Tática Eleitoral e Definição de Candidaturas do PT nos Estados do Amazonas, Amapá, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Tocantins e Rondônia, ficam transferidos para o dia 02/08/2018.

São Paulo, 20 de julho de 2018.

Comissão Executiva Nacional do PT

Imagem retirada neste site

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Gastão Vieira na base de Flávio Dino põe mais dúvida na candidatura de Roseana Sarney

A movimentação de algumas figuras emblemáticas do sarneísmo na direção do governador Flávio Dino (PCdoB) põe densidade no argumento de que Roseana Sarney não é candidata “pra valer” ao governo do Maranhão.

As figuras emblemáticas são o deputado federal Pedro Fernandes (PTB) e o ex-deputado federal, ex-ministro do Turismo e presidente do PROS, Gastão Vieira.

Fernandes já está aquinhoado no governo. Seu filho, o vereador Pedro Lucas (PTB), ganhou a direção da Agência Metropolitana e é forte candidato a uma das 18 vagas na Câmara Federal.

Gastão Vieira, ainda não contemplado na máquina do Palácio dos Leões, tem confessado aos seus interlocutores que migrou para a base comunista sem contrapartida e “não está sendo fácil” encarar o rompimento com José Sarney (PMDB), traduzindo seu gesto político não como traição, mas “um ato de coragem”.

Fato concreto é que Vieira não sabe viver longe do poder. Depois de cinco mandatos de deputado federal e um ministério no governo Dilma Roussef (PT), todos no benefício de José Sarney, ele aparece na outra margem do rio e assume a candidatura à reeleição de Flávio Dino.

É um sinal a ser considerado na avaliação do cenário e aponta fragilidade na candidatura de Roseana Sarney.

Memória de 2008

Gastão declarou apoio a Dino em 2008

Embora se manifeste agora (2018) sobre o apoio ao governador, Gastão Vieira já “namorou” Flávio Dino, na eleição de 2008, quando ambos foram candidatos à Prefeitura de São Luís.

Flavio Dino (PCdoB) passou ao segundo turno contra João Castelo (PSDB).

Naquele conturbado 2008 Gastão Vieira foi o primeiro candidato derrotado no primeiro turno a declarar apoio a Flavio Dino (PCdoB). Esse gesto, segundo alguns analistas, contribuiu para “carimbar” o comunista com o surrado chavão: “é o candidato de Sarney”.

Os marqueteiros tucanos logo trataram de disseminar o chavão, que em parte surtiu efeito. Em determinado segmento do eleitorado, o apoio de Gastão Vieira a Flávio Dino serviu para colocar João Castelo como o candidato “anti-Sarney”.

À época, no auge da disputa, Gastão Vieira foi até aconselhado pelos marqueteiros de Flávio Dino a “não aparecer” na campanha depois da declaração de apoio.

Esse foi apenas um fato pontual, que não chegou a ser decisivo na disputa.

Decisivo mesmo foi o apoio do então governador Jackson Lago (PDT) a João Castelo (PSDB), colocando os Leões, sempre eles, para atropelar Flávio Dino na reta final.

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Grupo Sarney tenta recomposição com Lula após traição no impeachment de Dilma Roussef

Eleitor mais importante do Maranhão, onde sempre teve votações recorde, Lula voltou a ser cortejado pela eventual candidata ao governo, Roseana Sarney (PMDB), em oposição ao governador Flávio Dino (PCdoB). Ela declarou em uma rede social que está “com Lula” e manifestou apoio à campanha “Lula Livre”.

A corte de Roseana a Lula foi repudiada pelos petistas “raiz” no Maranhão, aqueles que se recusaram a apoiar a aliança entre o PT e o PMDB nas eleições de 2010 e 2014.

No fundo, a tentativa de reaproximação com Lula é um misto de oportunismo e desespero explícito do grupo liderado por José Sarney. A chance de Lula apoiar Roseana no Maranhão é quase zero.

Não é que Lula não queira. Ele até nutre profunda simpatia e preferência por José Sarney. A dificuldade da aliança PT/Sarney em 2018 no Maranhão é o cenário nacional, visto que os petistas e o PMDB estão em atrito desde o golpe que levou Michel Temer à presidência.

A aliança Roseana/Lula também está inviabilizada devido ao posicionamento da bancada federal do Maranhão no impeachment de Dilma Roussef (PT), quando os deputados e senadores sob influência de José Sarney votaram a favor da degola petista.

O PT nacional não perdoa essa traição, considerando que nos governos petistas José Sarney foi um dos principais beneficiários, em detrimento de aliados históricos da chamada esquerda.

Lula, sendo candidato, vai declarar apoio à reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB). Impossível não fazê-lo, visto que o comunista foi o principal “advogado” de Dilma Roussef durante o impeachment e segue militando na defesa de Lula Livre.

A relação nacional entre o PT e o PCdoB chegou a ser abalada quando Flávio Dino sinalizou apoio ao presidenciável Ciro Gomes (PDT), fato considerado uma heresia pelos petistas, que não admitem abrir mão da candidatura de Lula.

Depois, Flávio Dino e o PT contornaram a crise e tudo parece caminhar para um acerto entre os comandos petista e comunista no circuito nacional, onde tudo é decidido.

Assim, tudo conspira para uma dobrada Lula/Dino em 2018 no Maranhão.

Roseana Sarney, percebendo as pesquisas que colocam Lula na liderança, tenta uma reaproximação muito difícil de ser concretizada.

Fora da máquina do Governo do Estado, onde sempre ganhou eleições com certa facilidade, o grupo Sarney ainda não tem a candidatura de Roseana consolidada.

Ela, nesta etapa da pré-campanha, é uma dúvida.

Imagem: Em 2010, Washington Oliveira, Roseana Sarney e Raimundo Monteiro selaram a aliança entre o PT e Jose Sarney no Maranhão
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Lei que regulamenta “rádio poste” será sancionada em ato no Palácio dos Leões

O governador Flávio Dino vai sancionar nesta quarta-feira (20), às 14 horas, no salão de atos do Palácio dos Leões, a Lei Estadual que regulamenta o Serviço de Publicidade Alternativa de Linha Modulada, transmitida via equipamentos sonoros, popularmente conhecidos como “rádio poste” ou rádio via cabo.

A iniciativa de regulamentar o serviço partiu da Assovima (Associação das Sonorizações Via Cabo do Maranhão) e recebeu o apoio da deputada Francisca Primo (PCdoB), que encaminhou o Projeto de Lei 059/2018, aprovado na Assembleia Legislativa em sessão plenária da última terça-feira (29 de junho).

O Serviço de Publicidade Alternativa de Linha Modulada beneficia os centros comerciais e permitem a integração entre os moradores de diversas comunidades.

Segundo a deputada Francisca Primo, o objetivo é promover a difusão sonora com fins culturais e educacionais, prestação de serviços de utilidade pública, além da divulgação de notícias e ideias que estimulam o debate de opiniões entre os seus ouvintes.

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Zé Reinaldo acende uma vela para Flávio Dino e outra para José Sarney

Simultaneamente, o deputado estimula a candidatura de Eduardo Braide e fragmenta os tucanos. Nesta etapa dinâmica da pré-campanha, atrapalha e ajuda o projeto da reeleição do governador.

É preciso ficar muito atento aos movimentos do deputado federal José Reinaldo Tavares (PSDB).

Um homem que se locupletou quase a vida inteira dos favores, cargos e privilégios da oligarquia deve ter aprendido muitos segredos com seu padrinho José Sarney.

Este mesmo animal político, movido por uma paixão (Alexandra Tavares) e poderes palacianos, lançou três candidatos – Aderson Lago (PSDB), Edison Vidigal (PSB) e Jackson Lago (PDT) – contra Roseana Sarney, em 2006, adubando a vitória da Frente de Libertação do Maranhão.

Pela primeira vez, desde 1965, José Sarney provou o fel de uma traição que lhe tirou o bem mais precioso – a chave do cofre do Palácio dos Leões. E o arquiteto dessa façanha foi seu meio filho José Reinaldo Tavares.

De todos os políticos que jogam no Maranhão, José Reinaldo conhece o poder e sabe usar as armas do governo e da oposição quando lhe convém aos interesses particulares.

Ele tem sangue frio, é pragmático e navega no mundo e no submundo das estratégias eleitorais.

José Reinaldo é tão frio que, mesmo depois de sentir o aperto das algemas na operação Navalha, em 2007, já escreveu vários artigos propondo uma repactuação com José Sarney.

Basta observar o ziguezague dele para perceber sua astúcia: nasceu, cresceu e se locupletou com José Sarney (PMDB), armou a vitória de Jackson Lago (PDT) contra Roseana Sarney (PMDB) em 2006, engajou-se na eleição de Flávio Dino (PCdoB) em 2014, rompeu com o governador comunista, filou-se ao PSDB e estimula a candidatura de outro partido PMN (Eduardo Braide) para o governo do Maranhão.

Ele fez uma trajetória igual à de qualquer político tradicional. Não importa se o governo é de esquerda, centro ou direita.

A essa altura do processo eleitoral, José Reinaldo acende uma vela para os comunistas e outra para seu velho amigo José Sarney, com o qual nunca rompeu, apenas afastou-se por uma circunstância especial de amor e poder.

Em maio de 2018, a cinco meses da eleição, José Reinaldo opera para implodir o PSDB e estimular a candidatura de Eduardo Braide (PMN). Por um lado, tenta alavancar o segundo turno; de outro, fragiliza a candidatura do tucano Roberto Rocha.

Observe atentamente. Para quem tem fama de agregador, quando montou a Frente de Libertação do Maranhão, José Reinaldo agora opera a diáspora da oposição.

Nessa dinâmica da política, qualquer resultado lhe pode ser benéfico.

Se a candidatura de Eduardo Braide vingar e for ao segundo turno, José Reinaldo pode refazer a ponte com José Sarney para derrotar Flávio Dino e se posicionar no pós-2022, quando haverá um campo aberto sem a figura do governador comunista na condição de candidato ao Palácio dos Leões.

Fragmentando a oposição com os ataques ao PSDB, José Reinaldo ajuda o governador agora em 2018 e cria um cenário que pode até ser decidido em primeiro turno.

Se Flávio Dino vencer, Tavares se reaproxima dos comunistas, usando o argumento de que implodiu a candidatura de Roberto Rocha e fragilizou a oposição.

José Reinaldo sabe que dificilmente se elege senador. O trabalho dele é articular, conspirar e colher os resultados.

Ele pode ser vitorioso pelo simples fato de levar a eleição para o segundo turno, caso consiga construir a candidatura de Eduardo Braide. Mas, terá ganho também se operar forte no desmonte do PSDB, atrapalhando a candidatura de Roberto Rocha.

De uma coisa temos certeza. José Reinaldo é um conservador de direita, mas se movimenta com qualquer grupo que atenda aos seus interesses privados.

Basta ver como se posiciona.

Sob o argumento de que Dilma Roussef e o PT eram corruptos, votou pela degola da presidente. Já na votação que levaria Michel Temer às barras da Justiça, foi contra.

Você, car@ leitor@, bem sabe onde e com quem ele aprendeu a jogar esse jogo.