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Lula faz autocrítica sobre política de comunicações e assume compromisso com novo marco regulatório da mídia

A entrevista coletiva do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, encerrando hoje (20 ago 2021) sua visita ao Maranhão, foi marcada por críticas à postura das grandes redes de comunicação no processo de criminalização do PT.

“William Bonner devia abrir o Jornal Nacional com um pedido de desculpas para nós”, cravou Lula na sua fala de abertura da entrevista, ao ressaltar que foi vítima de sucessivas mentiras da cobertura das Organizações Globo no curso das acusações que o levaram à prisão.

Uma das perguntas da coletiva questionou o petista sobre eventual vitória na eleição de 2022 e quais diretrizes seriam tomadas para uma reforma na legislação das comunicações no Brasil. Lula começou a sua resposta fazendo mea culpa sobre a falha dos governos petistas quanto à implantação de um novo marco regulatório na mídia. Veja abaixo:

Lula aponta para futuras revisões na legislação
de comunicação. Imagens: Kerley Coimbra

Endossado pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, o discurso de Lula sintoniza a crítica pública da cúpula do partido ao enquadramento da grande mídia nos últimos cinco anos, desde o impeachment de Dilma Roussef.

Hoffman apresentou aos jornalistas o livro e plataforma Memorial da Verdade, contendo um apanhado dos equívocos jurídicos da Operação Lava Jato e das ações comandadas pelo ex-juiz Sergio Moro com o objetivo de condenar Lula e impedi-lo de concorrer à eleição de 2028.

Você pode baixar o livro Memorial da Verdade aqui

Ao final da coletiva Lula assumiu o compromisso de, em um eventual novo governo, provocar o debate sobre a reforma da comunicação.

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O soneto do promotor e a emenda do deputado

O Ministério Público (MP) do Maranhão e a Assembleia Legislativa estão envergonhados pelos atos isolados de dois integrantes das respectivas corporações.

Todo esforço do liberalismo político e do iluminismo, duas concepções civilizatórias, foi reduzido a uma briga de rua entre um parlamentar e um promotor.

O representante do Parquet, praticante de kite surf, bloqueou um dos acessos à praia do Olho d’Água para garantir exclusividade aos seus pares esportistas no desfrute da orla.

Em decorrência da obstrução os moradores e outros usuários da praia ficaram impedidos de utilizar o espaço público para entrar e sair das suas casas e realizar outros afazeres cotidianos.

É como se o promotor grilasse o balneário para usufruto próprio.

Mas, o que fez o deputado? Denunciou o membro do MP aos órgãos de controle? Chamou o diálogo para resolver o conflito?

Nada disso! O parlamentar usou da sua “autoridade” e, montado em um trator, mandou desobstruir a barreira do promotor.

Fez ainda pior. Mandou gravar tudo em vídeo, inclusive os aplausos dos moradores diante do seu ato “heróico” em suposta defesa do interesse coletivo.

As cenas parecem ter saído das profundezas de um garimpo, um duelo entre homens embrutecidos pela dureza da vida em busca de riqueza.

Nunca se viu tanta pobreza espiritual naquele bate-boca entre um legislador e um fiscal da lei.

Duelo de garimpo, briga de rua, rixa de feira ou barraco de elite … tudo serve para designar um dos momentos mais bizarros na relação entre dois entes republicanos em São Luís.

Vivemos uma conjuntura clara de oposição entre a civilização e a barbárie, a democracia e o fascismo, sendo este pautado na violência, no armamentismo e no total desprezo pelas regras do Direito.

Naquela briga de rua, o promotor e o deputado agiram como dois seres no estado de natureza hobbesiano, protagonizando uma ilustração “ao vivo” da guerra de todos contra todos.

Um rasgou a lei; o outro, passou o trator na política.

Eles cometeram dupla falta de educação e “ensinaram” que conflito se resolve é na porrada.

Esse tipo de comportamento abominável vem ganhando cada vez mais espaço no meio conservador da ultradireita, surfando na onda grotesca do bolsonarismo – o império da violência, do armamentismo, da falta de respeito e ausência dos mínimos padrões civilizatórios; enfim, o poder do trator, do macho hétero valente acima da lei e da ordem!

Quem viu aquele vídeo sente-se representado e estimulado a praticar a máxima do mais forte. Só faltou fazer o gestual de arminha com os dedos.

Seria de bom alvitre que o parlamentar e o promotor usassem suas investiduras de poder para ajudar São Luís a construir um Plano Diretor humanizado.

Onde está a “valentia” dessas autoridades diante dos arbítrios cometidos todos os dias nessa cidade contra os pobres da zona rural e da periferia?

Por que não fiscalizam os desmandos das construções irregulares de shoppings, postos de gasolina e tantos outros empreendimentos sobre áreas de preservação ambiental que dizimam os recursos naturais e a vida de tantas pessoas?

Quero ver a valentia dessa gente para enfrentar uma parte da elite política, as empreiteiras e as multinacionais que pretendem transformar São Luís em uma cidade portuária e industrial sem dialogar com a população sobre os impactos ambientais e culturais no uso e na ocupação do solo urbano.

Vamos aguardar, observar e fiscalizar o desempenho dos valentes.

Felizmente, os protagonistas da briga de rua não traduzem o conjunto do poder Legislativo e do Parquet, onde há bons exemplos de políticos e fiscais da lei.

Por isso mesmo, o Ministério Público e a Assembleia Legislativa deveriam emitir uma nota pública com pedido de desculpas à sociedade.

São Luís, Patrimônio Cultural da Humanidade, com toda fama de cidade civilizada, afetiva e de alta voltagem intelectual, não merece ter a sua imagem manchada por um duelo de garimpo.

Afinal, aqui é a Ilha do Amor.

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Siga em paz, Mané!

Perdemos o líder camponês e fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), Manoel da Conceição, um lutador da democracia e referência política para várias gerações.

O querido Mané teve o devido reconhecimento em vida, laureado com títulos e acolhida pelo seu trabalho em prol da reforma agrária e da dignidade do povo do campo e da cidade.

Foi um exemplo de militante e deixa sua marca na História.

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Festival Guarnicê de Cinema estreia Seminário Ciência Cine Guarnicê com o tema “Imagem em Movimento: Intersecções da Linguagem Audiovisual”

Fonte: UFMA / Portal Padrão

Festival Guarnicê de Cinema 2021 – Edição 44 realizará, entre os dias 20 e 22 de setembro, o Seminário Ciência Cine Guarnicê com o tema ‘’Imagem em Movimento: Intersecções da Linguagem Audiovisual’’. As inscrições são feitas no SIGEventos.

O seminário aceita trabalhos que abordam as mais diversas pesquisas sobre a imagem em movimento, que vão desde o cinema, o vídeo, a animação, a série e demais formas audiovisuais. O evento visa, também, promover o encontro de pesquisadores que se debruçam sobre as diferentes teorias e metodologias da imagem em movimento, seus diálogos e interações com áreas correlatas, levando em consideração perspectivas e abordagens múltiplas em relação às demais obras artísticas.

Os resumos expandidos dos trabalhos devem ser enviados até o dia 27 de agosto com, no máximo, três páginas e conter título, nome dos autores, nome da instituição de ensino, cinco palavras-chave, desenvolvimento e referências. Os interessados devem obter o template disponível no SIGEventos. A divulgação dos trabalhos aprovados ocorre no dia 10 de setembro.

Podem participar pesquisadores de projetos de pesquisa, iniciação científica e especialização; mestrandos, mestres, doutorando e doutores, além de graduandos e graduados, desde que os textos tenham coautoria com docentes.

Os participantes precisam optar entre a linha “História e Linguagem do Audiovisual” ou “Crítica”. Todas as normas para o envio dos resumos e outras informações estão disponíveis na página do seminário no SIGEventos.

Saiba mais

Realizado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Universidade Federal do Maranhão, o Guarnicê 2021 ocorrerá entre os dias 17 e 24 de setembro, com os patrocínios do Instituto Cultural Vale; do Governo do Maranhão, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura; do Centro Elétrico; e da Equatorial, além de apoio da Fundação Sousândrade e da Fundação Josué Montello.

Por: Paulo Vinicius Coelho/Festival Guarnicê de Cinema

Revisão: Jáder Cavalcante

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Maranhão mobiliza prefeituras para vacinação de jovens de 12 a 17 anos contra a Covid-19

O Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), está realizando, em parceria com os municípios, a vacinação contra a Covid-19 do público de 12 a 17 anos. Uma das cidades que avança na imunização desse público-alvo é o município de Paço de Lumiar. 

“Agora estou bem mais tranquila, pois pude vacinar meus filhos; essa é uma medida muito importante”, afirma a dona de casa Linete Pereira da Silva, de 42 anos. A mãe de onze filhos conta que aproveitou o momento para garantir a primeira dose da imunização contra a Covid-19 dos filhos Vanessa Silva, de 13 anos, e Maycon Silva, de 12 anos.  

O secretário adjunto de Articulação Institucional da SES, Thiago Fernandes, destaca o avanço da vacinação contra a Covid-19 no Maranhão. “O Estado do Maranhão autorizou a aplicação da vacina Pfizer contra a Covid-19 na faixa-etária de 12 a 17 anos em todos os municípios maranhenses. E nesta semana, em articulação junto aos municípios, a SES estará auxiliando nessa aplicação, para que possamos garantir a vacinação efetiva de todos os maranhenses”, ressalta o secretário adjunto Thiago Fernandes.

A ação conjunta entre as secretarias da Saúde (SES) e Educação (Seduc), em parceria com a Prefeitura de Paço do Lumiar, visa imunizar os jovens com a vacina Pfizer/Wyeth/BioNTech, conforme medida aprovada na Comissão Intergestores Bipartite (CIB). 

“Hoje iniciamos aqui em Paço do Lumiar a vacinação dos novinhos e convidamos todos para virem tomar a primeira dose da sua vacina. Temos capacidade para vacinar até mil adolescentes por dia na sala de imunização do Erasmo Dias, e assim será feito em todo o estado do Maranhão. Nosso objetivo é retomar a normalidade, sobretudo na educação”, diz o superintendente de Participação Social da Seduc, Ismael Cardoso. 

Paço do Lumiar é o décimo município maranhense a iniciar a vacinação de adolescentes no estado. No município, a vacinação desse público acontece no Centro de Ensino Erasmo Dias, até a próxima sexta-feira (20); após essa data a vacina estará disponível nos postos de vacinação do município. 

“Essa parceria entre o Governo do Estado e Sesi tem impulsionado bastante a vacinação em Paço do Lumiar. Já avançamos muito na imunização com as campanhas realizadas nos arraiais, e vacinar os jovens hoje me deixa muito feliz, principalmente por garantir a volta às aulas”, afirma a prefeita de Paço do Lumiar, Paula Azevedo. 

O adolescente Francisco Gabriel Sousa, de 15 anos, é estudante do Centro de Ensino Erasmo Dias, e, acompanhado do pai Francisco Ideomar Sousa, aproveitou para tomar a primeira dose da vacina contra a Covid-19. “Convivo com muitas pessoas idosas na minha casa e como voltamos às aulas presenciais este mês, foi muito importante poder tomar a primeira dose da vacina hoje. Estou muito feliz”, conta o estudante Francisco Gabriel. 

Em Paço do Lumiar, os adolescentes devem comparecer ao local de vacinação acompanhados dos pais ou responsáveis, com documento oficial com foto, CPF, cartão do SUS, carteira de vacinação e comprovante de residência. No caso de acompanhamento do aluno por responsável, será necessário também a apresentação da Declaração de Responsabilidade, que deverá ser emitida pelos responsáveis legais (pais) e pode ser feita manualmente. A vacinação será das 8h às 15h. A vacinação no Centro de Ensino Erasmo Dias se estenderá até sexta-feira (20).  

Até o momento, pelo menos dez municípios maranhenses iniciaram a vacinação do público de 12 a 17 anos. Além de Paço do Lumiar, também já estão imunizando este público-alvo: Barra do Corda, Amarante do Maranhão, Pedreiras, Pindaré-Mirim, Pinheiro, Santa Inês, São José de Ribamar, São Luís e Zé Doca.

Vacinação Profissionais de Comunicação

Com o objetivo de acelerar a imunização contra a Covid-19, a SES antecipou em até duas semanas a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 para profissionais de empresas de comunicação residentes em São Luís, através do Mutirão da Segunda Dose. A ação acontece no Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), no Anil, o antigo Cintra, e foi aprovada pelos profissionais da área. 

Flávia Regina das Neves (Foto: Márcio Sampaio)

“Fiquei bem surpresa e satisfeita com a antecipação da segunda dose da vacina contra a Covid-19. Isso é muito bom porque sabemos a importância de estar 100% imunizados. Agora nós podemos trabalhar com um pouco mais de segurança e isso é muito gratificante”, comemora a radialista e assessora de comunicação, Flávia Regina das Neves, 38 anos. 

Outro profissional que aproveitou para concluir seu esquema vacinal foi o jornalista e social media, Mateus Silva de Oliveira, 23 anos. “Achei muito importante essa antecipação, por isso, aproveitei para garantir a conclusão do meu esquema vacinal logo no primeiro dia”, diz o profissional. 

A vacinação dos profissionais de empresas de comunicação residentes em São Luís ocorre de segunda a sexta, das 8h às 16h e aos sábados das 8h às 12h.

Imagem destacada / Vacinação de jovens de 12 a 17 anos contra a Covid-19, em Paço do Lumiar / Foto: Márcio Sampaio

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Filme “Estômago” é uma aula de Brasil

Ed Wilson Araújo

Três obras clássicas – “Casa Grande & Senzala” (Gilberto Freyre), “Formação do Brasil Contemporâneo” (Caio Prado Jr.) e “Raízes do Brasil” (Sérgio Buarque de Holanda) – estão representados em carne viva no filme “Estômago” (2007), dirigido por Marcos Jorge.

A película revela as raízes profundas de um país marcado pela violência de cabo a rabo, espelhadas em três conceitos fundamentais para explicar o Brasil: patriarcado, coronelismo e corrupção na estrutura do Estado.

O migrante nordestino Raimundo Nonato (João Miguel Serrano Leoneli) chega à cidade grande e vai trabalhar precarizado em um restaurante popular, sem salário, apenas com um quartinho para dormir e alimentação.

Depois, recebe o convite para ser funcionário de um restaurante fino, onde aprende os segredos da culinária.

Seus dois patrões, apesar das diferenças econômicas e sociais, são brasileiros médios com todos os vícios da nossa formação cultural. O primeiro orienta apalpar a massa de pastel como se fosse a bunda de uma mulher. O outro, supostamente refinado, também desfere expressões grotescas típicas do patriarcado.

Enquanto aprende os segredos da cozinha, Raimundo Nonato desperta uma paixão pela prostituta Iria (Fabíula Nascimento), desembocando no pedido de casamento.

Uma das sacadas do filme é a narrativa paralela protagonizada pelo cozinheiro dentro e fora da cadeia, onde ele vai cumprir pena depois de cometer dois crimes pesados.

No presídio, Raimundo Nonato experimenta outro tipo de opressão. Como se já não bastasse a vida sofrida no interior da Paraíba, onde o coronelismo machuca e expulsa os mais fracos para a cidade grande, o cozinheiro passa por mais violência dentro da cela.

O espaço da cadeia tem uma série de coronéis hierarquizados pelo critério da força e da corrupção, inclusive dentro da estrutura do Estado.

Bujiú (Babu Santana) é o líder da cela que corrompe a administração penitenciária e recebe ordens superiores do chefe maior do crime, o exótico Etcetera, interpretado pelo cantor Paulo Miklos, ex-Titãs.

Raimundo Nonato só não é mais hostilizado no cárcere porque consegue “escapar” como cozinheiro de luxo da cela, caindo no agrado de Bujiú, seduzido pelos quitutes do cheff agora apenado.

Os dois mundos, dentro e fora da cadeia, encontram-se nas marcas de uma sociedade patriarcal, coronelista e corrupta.

Com um final surpreendente, “Estômago” é o Brasil em carne e osso; ou melhor, em vísceras. Os assassinatos e a ascensão de Raimundo Nonato na hierarquia da cela fazem lembrar a preciosa frase atribuída ao romano Terêncio:

“Nada de humano me é estranho”

Imagem destacada capturada aqui / Iria e Raimundo Nonato em cena da cozinha /

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Mural em homenagem a João Chiador é finalizado na sede do Boi de Ribamar

O ‘Mural da Memória’ em homenagem ao mestre João Chiador é finalizado no barracão sede do Bumba meu Boi de Ribamar, na Estrada de Panaquatira, zona rural do município de São José de Ribamar, na Ilha de São Luís. Um lindo show de toadas foi realizado, na noite desta sexta-feira, dia 13 de agosto, para comemorar a homenagem feita pelo projeto “Amo, Poeta e Cantador” ao compositor e cantador João Chiador.

Foram três dias de trabalho para concluir o grande mural em homenagem a essa personalidade que deixou um grande legado para a cultura e o Bumba meu Boi do estado do Maranhão. Chiador passou 32 anos como cantador do Bumba Boi da Maioba e outros 24 – de 1993 a 2017 – como cantador oficial do Boi de Ribamar; vindo a falecer no dia 06 de agosto de 2017, aos 78 anos de idade.

Os filhos e toda a família de João Chiador receberam com muito carinho e emoção a homenagem feita pelo projeto, conta a filha mais nova Anelice Pereira Reis, de 32 anos, que é Cirurgiã-Dentista. “Todos nós ficamos maravilhados. Eu nem tenho palavras para expresaar a minha gratidão por essa homenagem. Cheguei hoje à noite no barracão abraçando e beijando a imagem do meu pai no muro. Tô muito feliz”, disse Anelice Reis.

O Boi de Ribamar, conhecido como o “Pai da Malhada”, completou 45 anos no último mês de março. Seus cantadores oficiais hoje são Chagas, Honny e Cecel. Sendo Chagas o cantador principal.

João Chiador foi o criador de toadas que ficaram eternizadas, como “Cidade dos Azulejos” e “Negras Profecias”. Esse é o sexto “Mural da Memória” feito pelo grafitteiro e artista plástico Gil Leros para homenagear personalidades que marcaram a história do Bumba meu Boi do Maranhão.

A construção de grandes ‘Murais da Memória’, e também de um documentário, em homenagem a personalidades que marcaram a história do Bumba meu Boi do Maranhão é uma idealização do artista Gil Leros em parceria com o Bumba Boi da Floresta de Apolônio Melônio, e conta com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Benfeitoria e do Sitawi Finanças do Bem.

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Faixa estendida ou escondida?

Ed Wilson Araújo, presidente da Abraço Maranhão

Em constante processo de mudança e adaptações às novas tecnologias, o rádio está diante de uma nova realidade: a criação da faixa estendida no FM, de 76.1 MHz até 87.5 MHz.

Atualmente, todas as emissoras FM estão posicionadas na faixa de 87.9 MHz até 107.9 MHz. O ouvinte, ao longo de décadas, está acostumado a sintonizar as emissoras nesse “território” do dial e todos os aparelhos de recepção, até mesmo nos carros, só disponibilizam esta faixa.

Pode até ser que a faixa estendida seja um bom negócio para as grandes emissoras porque elas têm potencial para se adaptarem a quaisquer situações: recursos financeiros e profissionais, estruturas de marketing, verbas publicitárias públicas e privadas etc.

Com esse poder, a mídia de mercado sobrevive em quaisquer circunstâncias.

O problema é quando se vislumbra o cenário de colocar as rádios comunitárias na faixa estendida. Hoje, essas emissoras em sua grande maioria estão posicionadas nas extremidades da faixa de FM, em frequências como 87,9 MHz até 106.3 MHz e 107.9 MHz

Visualizando o dial, as rádios comunitárias estão nas margens da faixa atual, que começa em 87,9 MHz, em posições pouco buscadas pelo ouvinte, que prefere as frequências centrais do dial.

Se as rádios comunitárias já estão na margem da margem, imagine o que pode acontecer caso elas sejam deslocadas para a faixa estendida?!

É como se uma pessoa estivesse na beira do precipício. Aí vem alguém e dá um empurrão para ela cair no abismo. Depois, joga uma caçamba de terra por cima.

É esse o sentido: o governo federal quer matar as rádios comunitárias com essa falácia chamada faixa estendida.

Faixa estendida para rádio comunitária é faixa escondida. Só vai servir para eliminar as pequenas emissoras do interesse da audiência; ou seja, esconder as rádios comunitárias.

O ouvinte já acostumado na faixa 87,9 MHz até 107,9 MHz pode até fazer a busca das grandes emissoras comerciais na faixa estendida porque ele será motivado em campanhas de marketing para conhecer a novidade.

As comunitárias, se forem jogadas no precipício da faixa estendida, terão mais dificuldade ainda de sobreviver na selva do mercado da mídia.

O caminho mais coerente e adequado para as rádios comunitárias é o que vem sendo defendido pela Abraço Brasil: ocupar, resistir e transmitir na faixa atual de 87,9 MHz até 107,9 MHz!

Sigamos lutando sem tréguas para mudar a Lei 9.612/98, assegurando mais canais e freqüências, aumento da potência, direito às verbas publicitárias públicas e abertura para a veiculação de publicidade comercial.

Não caia na falácia da faixa estendida. Essa palavra – estendida – só vai servir para esconder as rádios comunitárias. É escondida, isso sim.

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278 jornalistas já morreram vítimas da Covid-19 no país

Brasil segue como país com maior número de vítimas fatais, apesar da diminuição de casos a partir de maio

A categoria dos jornalistas seguiu sendo vítima fatal da Covid-19 no período de abril a julho deste ano. É o que mostra a terceira atualização do levantamento sobre as mortes por Covid-19 entre os profissionais, feita pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), por meio de seu Departamento de Saúde e Segurança. Na média, foram registradas 28,4 mortes por mês, número muito próximo à marca do primeiro trimestre (28,6 mortes/mês), o que representa quase uma morte de jornalistas a cada dia. Em 2020 (de abril a dezembro), a média mensal foi de 8,5 mortes.

Desde o início da pandemia, o Brasil somou 278 jornalistas mortos, sendo 199 nos sete primeiros meses deste ano. Este número mantém o Brasil como o país com o maior número de jornalistas vítimas da Covid-19 no mundo. Acompanhamento realizado pela ONG Press Emblem Campaign (PEC) aponta que, no mesmo período, a Índia registrou 267 vítimas fatais, apesar de a metodologia da PEC e da Fenaj serem diferentes. Nacionalmente, São Paulo lidera o macabro ranking com 38 mortes, seguido do Rio de Janeiro (29), Pará (23) e Paraná, com 21 casos.

O dado positivo é que o número de vítimas fatais da doença entre os jornalistas começou a cair a partir de maio e registrou queda significativa em julho, quando foram computados 17 casos (média de uma vítima a cada dois dias). “É necessário, entretanto, aguardar os próximos meses para verificarmos se essa tendência de queda se consolida”, afirma o diretor da Fenaj, Norian Segatto, responsável pelo Dossiê.

Para Segatto, a curva decrescente das mortes segue tendência nacional, efeito direto da vacinação da população. No caso dos jornalistas, houve campanhas da Fenaj e dos Sindicatos filiados pela inclusão da categoria entre os grupos prioritários para a vacinação. Alguns estados e município reconheceram que a categoria estava na linha de frente do combate à pandemia e atenderam à reivindicação.

A presidenta da Fenaj, Maria José Braga, ressalta a importância da imunização da categoria e da manutenção de medidas sanitárias, como o distanciamento social, para a proteção da saúde dos jornalistas e a consequente consolidação da tendência de queda no número de casos de contaminação e de mortes. Segundo ela, é com profundo pesar que a Fenaj cumpre a tarefa de divulgar o número de vítimas fatais. “Fazemos a divulgação como alerta e como homenagem aos jornalistas que perderam a vida porque estavam trabalhando, cumprindo seu importante papel social”, disse.

Metodologia

Não existe uma fonte centralizada para coleta de informações que compõem o Dossiê Jornalistas Vitimados pela Covid-19. Os dados são obtidos por meio de busca direta em jornais, sites e blogs de todo o país e também pelas informações fornecidas pelos Sindicatos dos Jornalistas nos estados ou diretamente por colegas de trabalho das vítimas. Como não há um registro oficial das mortes por categoria profissional, assim, é possível que os números possam estar subestimados e não retratem integralmente o tamanho da tragédia brasileira na categoria.

Veja o Dossiê completo

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Programa Adote um Casarão recebe propostas até terça-feira (17)

Está disponível até o dia 17 de agosto o edital do programa Adote um Casarão, do Governo do Maranhão, para reforma e concessão de imóvel da administração pública estadual localizado na Rua da Palma Nº 247, no Centro Histórico de São Luís. A iniciativa integra o programa Nosso Centro, no eixo coordenado pela Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid).

A ação tem por objetivo fomentar o empreendedorismo local e ocupar os imóveis públicos subocupados com atividades que promovam o desenvolvimento sustentável do Centro Histórico aliado à preservação do patrimônio histórico.

“O Adote um Casarão, no âmbito do programa Nosso Centro, é um ativo muito importante que o governador Flávio Dino oportuniza para revitalizar e valorizar nosso patrimônio histórico, gerando empregos e incentivando o empreendedorismo”, destacou o secretário de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano, Márcio Jerry.

As inscrições dos interessados podem ser feitas até o dia 17 de agosto com o envio da proposta de adoção. O edital está disponível no site da Secid (http://www.secid.ma.gov.br), na aba Nosso Centro. A documentação deverá ser entregue via postal (Sedex ou carta registrada com aviso de recebimento) ou pessoalmente, no Setor de Protocolo da Secid, na Avenida Getúlio Vargas, 1908, Monte Castelo, São Luís/MA, CEP: 65030-005, de segunda a sexta-feira, no horário das 13h às 18h30.

O casarão disponível para reforma e concessão possui área de 746, 28 metros quadrados e dois pavimentos. A última oportunidade de visita ao imóvel pode ser feita na segunda-feira (16), das 13h às 17h; o agendamento pode ser feito pelo e-mail: nossocentro@secid.ma.gov.br ou pelo formulário (https://abre.ai/cXpy).

Programa Adote um Casarão

Iniciativa executada pela Secid, dentro do conjunto de ações do Programa Nosso Centro, o Adote um Casarão funciona da seguinte forma: a Secid lança editais com a finalidade de identificar pessoas físicas ou jurídicas, de direito privado, com ou sem fins lucrativos, que tenham interesse em reformar e utilizar esses casarões para uso comercial e cultural por até 15 anos.

Imagem destacada / Casarão da Rua da Palma está disponível para visita, na segunda-feira (16) (Foto: Divulgação)