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Dia Estadual do Terço dos Homens será comemorado neste domingo

A comunidade católica do Maranhão irá comemorar o primeiro ano da Lei Estadual que inclui o Dia do Terço dos Homens no calendário de eventos do Maranhão, a ser comemorado, anualmente, no último domingo do mês de abril.

A celebração acontece neste domingo (24), às 7 horas, no Aterro do Bacanga (Memorial São João Paulo II).

A lei nº 11.497 foi sancionada no dia 17 de junho de 2021 pelo ex-governador do Maranhão, Flávio Dino, e é de autoria da deputada Helena Duailibe, que tem o objetivo de promover atividades com a finalidade de ampliar e estimular a prática da oração do terço.

“Estou muito feliz que neste domingo, iremos celebrar o Dia Estadual do Terço dos Homens. É uma homenagem e um reconhecimento a este movimento da igreja Católica que mais cresce no Brasil. No Maranhão, também não é diferente. São centenas de grupos do TH espalhados em todo o estado”, destacou a parlamentar.

Para comemorar este dia especial, acontecerá uma missa em Ação de Graças, às 7h, no Memorial São João Paulo II, local onde o  papa João Paulo II presidiu uma santa missa campal em terras ludovicenses há 30 anos.   

A celebração eucarística será presidida pelo diretor espiritual do Terço dos Homens e pároco da Igreja de Santo Antônio no Centro de São Luís, padre Clemilton.

“Esta lei é muito importante para todos nós que fazem parte do Terço dos Homens, pois nos apoia e fortalece o movimento, visto que o TH está crescendo não só no nosso estado, mas em todo Brasil. Ressalto que já tinha o Dia Nacional do Terço dos Homens, agora temos uma data para celebrarmos no Maranhão”, frisou o coordenador Arquidiocesano do Terço dos Homens de São Luís, Antônio Teles. 

Terço dos Homens

O primeiro grupo do Terço dos Homens surgiu em Itabi (Sergipe), em 1934, fundado pelo frei Pelegrino.

O grupo existe até hoje, mantendo com fidelidade o compromisso assumido há mais de 80 anos. O Terço dos Homens tem a missão de resgatar para o seio da igreja de Cristo, homens de todas as idades, pois a presença masculina na igreja é imprescindível para a formação da família e de uma sociedade cristã.

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Enme é finalista do prêmio “Sim à Igualdade Racial 2022”, ao lado de Iza e Mano Brown

O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) anunciou os finalistas do Prêmio “Sim à Igualdade Racial 2022” no último dia 20. A iniciativa que entra em sua quinta edição, visa mapear, reconhecer e premiar pessoas, empresas, iniciativas e organizações que atuam em prol da igualdade racial no Brasil. 

A artista maranhense Enme está entre os indicados ao lado de nomes como a cantora Iza e o rapper Mano Brown. Enme é finalista na categoria “Arte em Movimento”, uma categoria para cantores, produtores culturais/musicais e artistas negros e indígenas que tenham um portfólio com experiência consolidada. Estes profissionais devem gerar impacto social com o seu trabalho e relevância para o seu grupo racial. Os finalistas da categoria são: Dauá Puri, Enme, Iza e Jeferson De. 

No total, são 10 categorias divididas em três pilares: Cultura (arte em movimento, destaque publicitário, raça em pauta, influência e representatividade digital), Educação (educação e oportunidades, inspiração e intelectualidade), e Empregabilidade (comprometimento racial, liderança negra ou indígena, trajetória empreendedora), contando com indicações populares. Este ano foram mais de 18 mil indicações do público às categorias.

Os campeões levam para casa o troféu “Mad World”, do artista plástico Vik Muniz, além de serem contemplados com R$ 3 mil reais para fortalecer seus projetos, apoiar uma instituição ou, até mesmo, realizar algum objetivo pessoal. 

O Prêmio Sim à Igualdade Racial 2022 será exibido no dia 28 de maio, às 17h no Multishow e no canal do Youtube do ID_BR. 

Redes Sociais: @enmepaixao no Instagram, Facebook e Twitter. 

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Pedaladas de mulheres negras pelo direito à cidade

Os coletivos Mulheres Negras da Periferia e Pedal das Minas realizam o projeto ‘Caminhos das Pretas’ para tratar dos temas atuais de racismos e mobilidade urbana por bicicleta.

Através dos livros e da bicicleta, as mulheres do Coroadinho irão vivenciar o bairro e a cidade.

Com o objetivo de fortalecer mulheres, em especial as mulheres negras, no território do Coroadinho, por meio do acesso à leitura, informação, a cultura e do uso sustentável da bicicleta surgiu o projeto Caminhos das Pretas, fruto da parceria dos coletivos Mulheres Negras da Periferia e Pedal das Minas e que conta com o patrocínio do Edital Cidades Amazônicas: floresta viva em movimento do Fundo Dema. O lançamento do projeto acontece neste sábado, 23 de abril, às 15h, na Casa das Pretas, no Coroadinho, sede do Coletivo Mulheres Negras da Periferia.

Como um convite para vivenciar o bairro e a cidade por meio da bicicleta e dos livros, as atividades do projeto visam fortalecer a cultura da bicicleta na periferia e incentivar a participação de mulheres na transformação da cidade em espaços que possibilitem a priorização da vida das pessoas e a coexistência com a natureza, enquanto estratégias de combate às mudanças climáticas e ao racismo estrutural e ambiental.

Para o lançamento do projeto, será realizada uma edição da Escola Bike Anjo para Mulheres, para ensinar a pedalar do zero com o suporte das bike anjas voluntárias por meio da metodologia da rede Bike Anjo e também um Roda de Mediação de Leitura para criar um espaço de aprendizagem e socialização entre as participantes das atividades.

Atividades do projeto:Datas:
Montagem e organização do acervo sobre feminismos, racismo estrutural e ambiental, mobilidade por bicicleta e mudanças climáticas da PretotecaMaio/22
Escola Bike Anjo para Mulheres, atendimentos para aprender a pedalar do zero em parceria com a Bike Anjo São Luís23/04; 14/05 e 28/05
Rodas de Mediação de Leitura sobre os temas do projeto23/04; 14/05 e 28/05
Oficina Bike Anjas: pedalar com segurança no trânsito11/06
Pedalada Poética, pedalada de prática no trânsito e intervenções culturais no percurso18/06 e 02/07
Oficina Bike Anjas: mecânica básica de bicicleta16/07
Encerramento do projeto30/07

Vamos juntas, Minas e Pretas! Ocupar a cidade pedalando e exercendo o nosso direito de ir e vir da mulher, sobre duas rodas e como forma de empoderamento.

O que? “Caminhos das Pretas”, projeto de acesso à leitura e ao uso sustentável da bicicleta dos coletivos Mulheres Negras da Periferia e Pedal das Minas.

Público: Mulheres a partir de 15 anos do pólo Coroadinho.

Porque Mulheres?

As mulheres negras representam 25% da população brasileira, em um contexto de pluralidade e diversidade, mas, que ainda convivem diariamente com a herança de um modelo de desenvolvimento urbano racista e sexista e que impõe sobre as mesmas diferentes graus de dificuldades e obstáculos para viver na cidade, como aprender a pedalar e, consequentemente, não terem escolha sobre a forma de fazer seus deslocamentos.

Na periferia do Coroadinho, locus deste projeto, a realidade não é diferente. Mulheres vivem cercadas por um contexto de negação de direitos, dentre estes, o direito à cidade, onde as mudanças climáticas e o racismo ambiental as vulnerabiliza ainda mais.

Onde e Quando? Lançamento dia 23 de abril (sábado), às 15 horas, na Casa das Pretas, sede do Coletivo Mulheres Negras da Periferia. Endereço: Av. Presidente José Sarney, Bom Jesus (https://maps.app.goo.gl/MMmcnXBcnnb1mtRWA). As atividades serão realizadas entre Abril e Julho de 2022 no Pólo Coroadinho.

Porque no Coroadinho?

O Coroadinho é um dos bairros mais populosos de São Luís e está situado na periferia, a 7 km do centro da cidade, na região da Bacia do Rio Bacanga próximo ao Parque Estadual do Bacanga, uma unidade de conservação que possui potente biodiversidade e construções antigas que datam do séc.XVIII.

É uma área carente de políticas públicas, de modo que no desenvolvimento urbano, há falta de saneamento básico, condições precárias de moradia, processos erosivos em encostas, poluição de canais e alagamentos em períodos chuvosos; e no transporte e mobilidade possui pouca integração com os bairros mais centrais e mesmo não possuindo estrutura cicloviária, é a 3º área da Grande Ilha de São Luís com maior fluxo de viagens diárias por bicicleta (1092), porém realizadas por homens em sua maioria (Rumbora Se Amostrar, 2019). Pode-se dizer que os ciclistas do território já deixam de emitir 0,203 tCO² por dia, caso fizessem as viagens de ônibus ou 1,586 tCO² por dia caso as fizessem de carro.

O bairro mesmo com essa realidade dispõe de fortes manifestações culturais populares, que também carecem de valorização: tambor de crioula, tambor de mina, festa do divino, reggae, dança de rua, grafiteiros, etc. E, em 2020, foi a 6ª comunidade que gerou mais empregos no Brasil, segundo a ONG Outdoor Social, revelando a potência econômica e de desenvolvimento local do território.

Por que pautar o projeto?

O projeto pauta temas presentes nas discussões atuais e de extrema relevância social e ambiental como os racismos ambiental e estrutural, a mobilidade por bicicleta e as mudanças climáticas por meio da perspectiva de gênero e raça.

Abordar o tema de se andar de bicicleta como o direito de ir e vir da mulher, sobre duas rodas e como forma de empoderamento é oportuno já que houve aumento de pessoas utilizando a bicicleta na Cidade de São Luís, não só como lazer mas como meio de transporte e que coincide com a retomada da revisão do Plano Diretor de São Luís, a crise do Transporte Público, com o compromisso da nova gestão municipal, por meio da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte em implantar o Plano de Mobilidade Urbana de São Luís de 2017, além das ações do Maio Amarelo e das datas (a) 02 de Maio no Dia municipal de ir ao trabalho de bicicleta, celebrado na 1ª segunda-feira do mês e instituída pela Lei municipal nº 6.516 de 21/03/2019 e (b) 13 de Maio no Dia Nacional de Bike ao Trabalho promovida na 2ª sexta-feira do mês pela rede Bike Anjo desde 2013 no Brasil

Um breve histórico sobre os coletivos:

O Coletivo Mulheres Negras da Periferia atua desde 2019, na periferia do Coroadinho, em São Luís-MA, com ações voltadas ao reconhecimento e empoderamento da mulher preta e periférica, por meio de ações como rodas de conversas, ações sociais comunitárias e festival. Com a pandemia tem prestado assistência às famílias em situação de vulnerabilidade social, à exemplo da doação de alimentos, em parceria com outras organizações.

Já a Pedal das Minas é um Coletivo de Mulheres Ciclistas que atua desde 2017 com Mobilidade Urbana por Bicicleta, único coletivo que atua com esta pauta no Maranhão. Realizamos ações e projetos de incidência política e com foco no empoderamento de mulheres, entre eles destacamos: (1) Projeto “Rumbora se Amostrar” de mapeamento do perfil/demanda potencial de mulheres em 2019 em colaboração com o Coletivo Reocupa; a Campanha “Bicicleta para Futuros Possíveis” em 2020, para dialogar com o poder público sobre demandas para a mobilidade por bicicleta no combate ao Covid-19; e em 2021 o Projeto “Mermã, bora pedalar!” para ensinar mulheres a pedalar com segurança no trânsito.

Sobre o Edital:

Foram 29 projetos aprovados no Edital Cidades Amazônicas: floresta viva em movimento realizado pelo Fundo Dema nos estados do Pará, Maranhão e Mato Grosso, com o objetivo de fortalecer a luta contra o avanço do desmatamento, o agravamento da crise climática e outros impactos socioambientais por meio da manutenção de florestas vivas e o fortalecimento das organizações populares em movimento nas cidades, aliadas aos povos do campo, das águas e das florestas. No Maranhão foram selecionados 4 projetos das organizações: Coletivo Mulheres Negras da Periferia e Pedal das Minas; MST Maranhão e Coletivo de Juventude Campo e Cidade; Instituto Maranhão Sustentável; e Coletivo Reocupa.

Mais informações: Instagram @pedaldasminasslz e @coletivo.mulheresnegras

Email: pedaldasminassl@gmail.com e coletivomulheresnegras10@gmail.com

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Verborragia de deputados não serve para nada!

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou esta semana o relatório sobre conflitos no campo, onde o Maranhão aparece entre os primeiros colocados no ranking dos estados onde mais se matam trabalhadores e trabalhadoras rurais.

O prefeito Eduardo Braide quer destruir o pouco que resta de civilização em São Luís, empurrando às pressas um “novo” Plano Diretor predatório para a cidade.

A capital do Maranhão vive a maior crise no sistema de transporte coletivo de todos os tempos.

O rio Itapecuru, a maior fonte de abastecimento d’água de São Luís, está prestes a virar uma enorme vala de agrotóxicos, além do assoreamento.

Tudo isso acontece e dois deputados, ex-candidatos a prefeito de São Luís, pagos com dinheiro público, dedicam tempo para trocarem xingamentos nas redes sociais.

Os nomes dos dois parlamentares não serão mencionados aqui para não valorizá-los.

Nesse momento, seres humanos agonizam em hospitais precários, famílias lamentam a perda dos seus parentes assassinados em diversos conflitos no campo, rodoviários estão com os salários atrasados, a cidade está ameaçada pelo caos e precisamos tratar de assuntos sérios.

Parlamentares trocando xingamentos são desprezíveis.

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Abraji repudia censura do Santos ao UOL

Após ficar contrariado com a coluna escrita pelo jornalista esportivo Juca Kfouri no UOL, em 9.abr.2022, intitulada Fluminense 0, Ninguém FC 0, o presidente do Santos, Andres Rueda, proibiu que a equipe de reportagem do portal se credenciasse para acompanhar a partida do time contra a Universidad Católica, do Equador, no dia 13.abr.2022, pela Copa Sul-Americana. 

O clube publicou nota oficial em seu site exigindo que o UOL se “retratasse”, caso contrário os profissionais do portal não seriam mais atendidos pelo clube. “Uma imprensa que se sujeita a fazer isso, não merece ser recebida pelo Santos FC”, dizia a nota. A retaliação se concretizou no dia do jogo do time santista contra a equipe equatoriana, quando foi negado credenciamento aos jornalistas do portal.

Não é natural que a direção de um clube ceda a esse tipo de impulso e proíba tanto o colunista como a empresa para a qual ele trabalha de fazer a cobertura jornalística de suas partidas. Usar de seu poder para censurar o jornalismo é uma afronta ao direito fundamental da liberdade de expressão e de imprensa, além de restringir o acesso à informação da população e dos próprios torcedores. 

Vale destacar ainda que a Lei Pelé (nº 9.615/98) garante o direito de credenciamento a equipes jornalísticas devidamente inscritas nas associações de cronistas esportivos, caso do UOL. Diz o artigo 90-F da lei: “Os profissionais credenciados pelas Associações de Cronistas Esportivos quando em serviço têm acesso a praças, estádios e ginásios desportivos em todo o território nacional, obrigando-se a ocupar locais a eles reservados pelas respectivas entidades de administração do desporto.”

À Abraji, Juca Kfouri contou lembrar-se apenas de uma vez na história recente em que houve ameaça de retaliação a seu trabalho. Foi no mesmo ano da promulgação da Lei Pelé, durante a Copa da França, em 1998, em que o então presidente da Fifa, João Havelange, negou a credencial de Kfouri para o evento. A censura, no entanto, durou dias, e a credencial foi concedida.

Abraji repudiou, em ofício enviado ao clube, o ato censório do presidente do Santos: “Com esta atitude, a diretoria do clube se soma aos mais de 453 ataques contra a imprensa ocorridos no ano de 2021, segundo levantamento da Abraji, e contribui para a deterioração da liberdade de imprensa no país, que já está em situação de risco.”

Diretoria da Abraji, 18 de abril de 2022.

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CPT apresenta dados sobre violência no campo em 2021

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançou ontem (18) a publicação anual Conflitos no Campo Brasil 2021. É a 36ª edição do relatório, que reúne dados sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro, bem como indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais do campo, das águas e das florestas.

Após dois anos, o lançamento voltou a ser feito de forma presencial, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília. A atividade foi transmitida pela página da CPT no Facebook e no canal do Youtube. O lançamento teve a participação do presidente da CPT, Dom José Ionilton; de Andréia Silvério, da Coordenação Executiva Nacional da CPT; de Guilherme Delgado, da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA); de Dom Joel Amado, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB; de Geovane da Silva Santos, pai do garoto Jonatas, morto a tiros em 10 de fevereiro na Zona da Mata de Pernambuco; e Jaque Kuñangue Aty, indígena Guarani-Kaiowá, do Mato Grosso do Sul.

Aumento de 75% nos assassinatos, mais de 1.000% nas mortes em consequência de conflitos, dois massacres e aumento de trabalho escravo no campo marcaram o ano de 2021

De acordo com os dados do Centro de Documentação da CPT – Dom Tomás Balduino (Cedoc-CPT), foram registrados 35 assassinatos em conflitos no campo no ano de 2021. Um aumento de 75% em relação a 2020, quando foram registrados 20* assassinatos. Desse total, 11 assassinatos, praticamente um terço, foram no estado de Rondônia, onde ocorreu, também, um massacre no mês de agosto, com três vítimas. Outro massacre foi registrado na região alta do rio Apiauí, em Mucajaí, sul de Roraima, com a morte de três indígenas Moxihatëtëa, que pertencem a um subgrupo Yanomami de denominação Yawaripë.

Conforme tendência demonstrada nos dados parciais divulgados em dezembro passado pela CPT, em 2021 houve um aumento de 1.100% nas mortes em consequência de conflitos no campo. Das 109 mortes registradas em 2021, contra 09 registradas em 2020, 101 ocorreram no território Yanomami, em Roraima, em decorrência da ação de garimpeiros. Além disso, outras violências como Trabalho Escravo tiveram aumento em 2021. O número de resgatados dessa prática mais que dobrou no campo no último ano. Os casos aumentaram 76%. 

Na publicação “Conflitos no Campo Brasil 2020”, lançada em maio de 2021, a tabela de assassinatos trouxe um total de 18 assassinatos. Após a publicação ser lançada, o Cedoc da CPT recebeu a informação de mais 2 assassinatos no estado do Amazonas, que foram atualizados no banco de dados e, por isso, aqui trazemos um total de 20 assassinatos em conflitos no campo no ano de 2020.

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Cantor Marconi Rezende lança “O bis”

Completando 30 anos de carreira artística, Marconi Rezende apresenta seu segundo álbum autoral, “O bis”, que chegará às plataformas digitais dia 25 de abril, com patrocínio do Grupo Potiguar via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

O nome “O Bis”, que dá título ao álbum, vem da música de Marconi Rezende e Fernando Japona, que revela a sutileza da arte em suas múltiplas formas e protagonistas, como as bailarinas.

Fernando fez a melodia e Marconi fez a letra. O álbum traz músicas autorais e parcerias com amigos especiais como Josias Sobrinho, Joãozinho Ribeiro e Zeca Baleiro, que compôs a letra e interpreta junto com Marconi a música “Se você fosse sincera”.

A canção “Azar do arlequim”, composta por Joãozinho Ribeiro, Marconi interpreta juntamente com a cantora Flávia Bittencourt.

São 11 músicas no total, sendo 4 composições exclusivas de Marconi Rezende: Carta na manga, Bem amada, Aquele beijo e Mana maria.

Imagem destacada / divulgação: Cantor e compositor Marconi Rezende

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O testamento do Judas 2022

Cesar Teixeira

Triste destino de Judas:
ser punido todo ano
por ter defendido a arte
do sagrado no profano.
Amarraram os meus pulsos
e, do Laborarte expulso,
fui linchado por engano.

Culpado é o Messias
que a Bíblia não fez registro,
só nos deixou fake News,
abacaxis e ministros.
Depois virou farmacêutico,
motoqueiro hermenêutico.
Foi ele quem matou Cristo.

Se eu for prefeito do Inferno
vou proibir desaforo.
Pastores do Capiroto
não vão tirar o meu couro.
Bem antes das eleições
pediram quinze milhões
e uma barra de ouro.

Entrego as trinta moedas
que me deram prejuízo
ao pastor Milton Ribeiro,
mesmo que eu fique liso.
Porém, vou mijar de rir
vendo um cabra do Jair
expulso do Paraíso.

Pra ministra Cármen Lúcia,
que sacou o bacanal,
já carimbei o inquérito
da Polícia Federal.
Gilmar Santos e Arilton,
porta-estandartes do Milton,
não vão brincar carnaval.

Vou deixar um dinheirinho
pro Jair Renan lavar,
e a chave de um carro elétrico
para com Allan brincar.
Zero Quatro, eu reitero,
vai virar Recruta Zero
da comédia militar.

Essas florestas peladas
me deixaram triste paca,
por isso levo pra Kátia
minha peruca eslovaca.
Só quero passar-lhe o grude
bem longe de Hollywood
pra não receber um tapa.

A vida na Praia Grande,
no Desterro e no Portinho
é uma festa de São Braz
pra curar o gurguminho.
No arrepio do epitélio
deixo pro artista Hélio
um barril do santo vinho.

Lá no oásis da Feira
distribuí o panfleto
pra quem foge do trabalho,
da escola e do boleto.
Tem sorteio de bandeco
na gafieira do Deco
e o disc-jóquei é Noleto,

Comprei na mão de Rosana
um biquíni de croché
para a amiga Patativa
desfilar no cabaré.
Ela sempre inventa moda,
foi pra cadeira de rodas
de tanto fuder em pé.

Deixo um milheiro de telhas
pra Iria do Alvará
não ficar exposta a chuva
e polícia no seu bar.
Aconselho, por prudência,
bater Tambor na Agência
de Emílio na Beira-mar.

Flávio Dino foi esperto
na hora de inaugurar
restaurantes populares
em todo canto e lugar
com cardápio de respeito.
pois, caso não seja eleito,
já tem onde merendar.

Deixo pro Augusto Aras
uma gaveta inocente
onde possa esconder
mentiras, facas, correntes.
O procurador-geral
finge que enxerga mal
os crimes do Presidente.

Os ônibus licitados
pelo MEC infeliz
deixarei na Prefeitura
que envergonha o País.
Passagem cara, buraco,
transporte virando caco.
Retrato de São Luís.

Com a corda no pescoço
qualquer judas passa mal,
imagine os professores
da rede municipal.
Braide diz que dá aumento,
mas só de cinco por cento.
Tá escrito no jornal.

Deixo os meus pulmões furados
pra quem tem falta de ar,
o meu fígado talhado
pra quem quer se embriagar,
e também deixo, não nego,
meu culhão vasado a prego
pra quem for me torturar.

Eduardo Zero Três,
com três cus e sem culhão,
fez piada da tortura
que sofreu Míriam Leitão.
Com ele deixo a jiboia
pra curar a paranoia
desse malandro bundão.

A navalha da Ucrânia
com as mulheres deixei
pra cortar de vez a língua
desse tal “Mamãe Falei”.
– Tem cassação, lockdown,
deputado Arthur do Val,
no WhatsApp eu lhe avisei!

Sérgio Moro do Podemos
foi pro União Brasil,
mas sua candidatura
a presidente implodiu.
Deixei pra ele o Auxílio
do Eleitoral Domicílio
depois que a casa caiu.

Deixo pra Vladimir Putin
a máscara imperial.
Enterrou o velho Marx
e abraçou o capital.
Se invadir Cajapió
vai perder o mocotó
na porteira do curral.

Para Gabriel Monteiro,
o vereador tarado,
eu vou deixar lá na Câmara
um vídeo manipulado.
Processado por assédio,
na cadeia, sem remédio,
logo vai ser enrabado.

O nó da minha garganta
para a Funai eu envio.
A devastação e a morte
nas aldeias denuncio,
pois o garimpo ilegal
já está tornando banal
o sangue que desce o rio.

Pro Ibama deixo as cinzas
das árvores e dos bichos
que foram sacrificados
por ganância e capricho
de um nefasto ministério
que faz pasto e cemitério
nas matas botando lixo.

No município de Balsas,
onde a morte o fogo atiça,
vou colocar os grileiros
na balança da Justiça.
Dizem que o agro é pop
e a fome não dá Ibope
como a soja e a carniça.

A ex-ministra Damares
diz que um “capeta careca”
foi quem deixou o governo
todo levado da breca.
Subo a bandeira da paz,
caso Alexandre Moraes
raspe a sua perereca.

Deixo um milheiro de Bíblias
que o ministério faz
pra distribuir na igreja
com retratos de animais.
Bolsonaro é o jumento
do Mourão no casamento
com a burra do Satanás.

Petrobras, enfim, tirou
da cartola o seu Coelho
para abaixar o preço
do combustível no relho.
Bolsonaro só quer voto,
vou botar na sua moto
a água do meu joelho.

Deixo pro Maranhãozinho
emenda parlamentar
pra que os Fundos da Saúde
ele possa desviar.
Peculato é uma canja
que sai da mão do laranja
pro bolso do Josimar.

Liberal, Republicanos,
faces de um partido espelho,
agora querem tirar
o Maranhão do vermelho.
Parece piada pronta.
Como herança deixo a conta
de dois chatos no pentelho.

O vermelho com o verde
é uma singular mistura
para os confederados
de uma só candidatura
cuja textura não sei,
deixo ao neto de Sarney
o pincel da sepultura.

Deixo uma faca amolada
pra cada Federação
disputar sua fatia
no bolo dessa eleição.
Lá no Fundo Partidário
é o sangue do otário
eleitor que cai no chão.

“Cai partido e cai o voto,
cai o voto e cai partido,
cai meu verso quando eu boto
nos Dez de Queixo Caído”.
Disse um poeta arretado
do interior do Estado,
que passou despercebido.

Quero mandar um abraço
pra Tapera do Cordel,
que planeja salvaguardas
na terra, no mar e no céu.
Deixo ao compadre Gerô,
que a polícia matou,
estes versos no papel.

       FIM
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Jefferson Carvalho lança versão ao vivo do single ‘Uma Noite’

O multiartista Jefferson Carvalho apresenta o show que marca seu retorno aos palcos: Um Noite com Jefferson Carvalho. Depois do seu primeiro EP “Surreal” lançado em 2018, o single “Uma Noite” (2019) colocou o artista em transição para uma nova era.

Em 2022 Jefferson retorna com músicas e mostram seu amadurecimento artístico e diversidade de seu repertório musical dentro de seu trabalho – um dos projetos sendo o lançamento do novo EP que contará com faixas inéditas e remixes.

O show “Uma Noite com Jefferson Carvalho” atravessa o seu processo de autoconhecimento, mostrando musicalmente quem ele foi, quem ele é hoje e quem ele quer ser enquanto multiartista.

Dividido em 3 atos com músicas autorais e inéditas (Pra Não Te Perder e Apaixonado Por Você), os atos significam os gêneros por onde Jefferson transita musicalmente: Ato I – Reggaeton; Ato II – Brega; Ato III – Trap.

O show conta também com releituras de sucessos que representam referências na carreira do artista. Com uma estética própria, a apresentação conta com uma direção artística apurada que pensou, desde as luzes que representam o show (vermelho, azul, verde, rosa e amarelo), até o ballet que acompanha Jefferson Carvalho em diversas canções (dando movimento e detalhe para as performances).

“Uma Noite com Jefferson Carvalho” é uma produção Galeria do Mal e AQC Estúdio Criativo com direção do próprio Jefferson e direção criativa do diretor de arte Mateus Motta. A produção completa com os três atos estará disponível no canal do artista no YouTube e perfil no Spotify.

Serviço:

O quê: Versão ao vivo do single “Uma Noite” do cantor Jefferson Carvalho.

Link (Spotify): https://open.spotify.com/album/7hEGakK9UZ9Wbja2zVux7l?si=IDKhKEZLS62r700sM0kJWQ

Link (YouTube): https://www.youtube.com/watch?v=UjN1JiMcvAA

Fotos: Divulgação

Redes Sociais: @jeffersoncarvalhoworld

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Aliados de ontem começam a ver defeitos em Flávio Dino

Frutos do mesmo útero político, diversas personagens que até “ontem” usufruíram do poder e do dinheiro do governo Flávio Dino durante quase oito anos, começam agora a fazer críticas ao ex-governador.

O ex-secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, é um deles. Pré-candidato a governador, resolveu apontar defeitos na gestão do ex-chefe. Araújo chega a falar (pasmem!) na geração de empregos, crescimento econômico e justiça social…

Pré-candidato a governador, o senador Weverton Rocha, aliado e parceiro de Flavio Dino, também começa a ver falhas no ex-titular do Palácio dos Leões.

O pior de todos é o sem votos Roberto Rocha, eleito senador em 2014 nas costas de Flávio Dino e na onda de rejeição ao grupo liderado por José Sarney.

Filho do ex-governador Luiz Rocha, um dos mais perversos coronéis do Maranhão, Roberto Rocha vive a reclamar dos indicadores econômicos e sociais do estado.

Todos os agora críticos de Flavio Dino foram beneficiados por favores, cargos, dinheiro público e mandatos, mas resolveram encontrar defeitos no ex-governador.

Flávio Dino não é santo. Fez alianças heterogêneas para ganhar duas eleições e assegurar a governabilidade. Construiu um pacto com forças políticas de todos os naipes e optou pelo caminho conservador na sua sucessão, apoiando o vice-governador Carlos Brandão.

Mas, só agora, depois de quase oito anos, os aliados que o elogiavam e aproveitavam a fartura do poder resolvem condenar o ex-governador, outrora considerado um líder da mudança no Maranhão, eximindo-se de qualquer culpa ou responsabilidade pelos destinos do estado.

Isso é, no mínimo, hipocrisia.